The Good Place (1ª Temporada) Netflix – Resenha

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Resenha da primeira temporada de The Good Place, da Netflix

Título Original: The Good Place
Ano: 2016
Criação: Michael Schur | Nº de Episódios: 13
Avaliação: ★★★★☆ (Ótimo)

The Good Place é o tipo de série que você pode assistir a qualquer momento e que, provavelmente, te fisgará quando menos estiver esperando. Com a segunda temporada ainda em andamento, a produção originalmente exibida pela NBC nos Estados Unidos chegou ao Brasil e Portugal pela Netflix, que detém os direitos de exibição com exclusividade nos dois países.

Criada por Michael Schur (The Office, Parks And Recreation) e estrelada por Kristen Bell (Veronica Mars) e Ted Danson (CSI, Fargo, O Resgate do Soldado Ryan), The Good Place é uma sitcom com características bastante peculiares, incorporando o humor non sense a situações do cotidiano a um tom semelhante a séries como The Office, no entanto, sem recorrer ao formato “documentário”, possuindo uma narrativa contínua.

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A série apresenta um universo onde somos introduzidos ao Good Place, o paraíso para onde somente um seleto grupo de pessoas são capazes de ingressar. Para chegar até lá, as pessoas precisam atingir uma pontuação superior a 1 milhão de pontos positivos por suas ações em vida, que seriam resultado de ações grandiosas de altruísmo e benevolência.

Eleanor Shellstrop (Kristen Bell) morre e é recebida por Michael (Danson), o arquiteto da vizinhança do “Lugar Bom” para onde ela foi enviada. Michael lhes dá as boas-vindas e faz um resumo de todas as boas ações que a levaram ao paraíso, o que causa estranhamento em Eleanor, que descobre ter parado lá por engano. Ela, na verdade, é uma mulher mesquinha e egoísta, que jamais fizera qualquer boa ação em vida.

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Logo, Eleanor se dá conta de que provavelmente assumiu o lugar de outra pessoa e que, se for descoberta, será enviada ao Bad Place – ou seja, o inferno. Ela decide esconder a verdade de Michael e tentar permanecer no paraíso, mas, para isso, precisará se tornar uma boa pessoa de fato. Para conseguir este milagre, passa a contar com a ajuda de sua suposta alma gêmea, Chidi (William Jackson Harper) – um confuso professor de ética que é oposto a tudo que Eleanor representa.

Completam o círculo de personagens principais Tahani (Jameela Jamil), uma riquíssima e sofisticada humanitária que fala pelos cotovelos e tenta agradar a todos o tempo todo; Jyaniu (Manny Jacinto), um monge budista taiwanês que cumpre voto de silêncio; e Janet (D’Arcy Carden), a assistente de Michael, uma inteligência artificial que possui todo o conhecimento do universo e é onipresente.

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Há dois pontos que são a grande-chave para fazer de The Good Place uma ótima série de comédia: o desenvolvimento de seus personagens e a dinâmica que passa a se desenrolar entre eles, o que leva alguns episódios para que se tome forma. Portanto, é possível que os primeiros episódios não empolguem de cara, mas a trama ganha uma crescente muito positiva ao decorrer da temporada.

A abordagem da série sobre os conceitos de paraíso e inferno são muito interessantes e até mesmo desconstrutivas, trazendo, de forma leve, breves questionamentos sobre nossas ações do dia a dia. Outro aspecto importante abordado é a relação inter-racial dos personagens que compõem o núcleo principal – o que em nenhum momento é usado como subterfúgio para a trama, mas que, perfeitamente, é tratado de modo natural, reforçando a ideia de que diferenças étnicas e culturais devem ser respeitadas e recebidas com naturalidade em qualquer sociedade.

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Além disso, a exploração de diversas situações bizarras são hilárias, especialmente quando Michael tenta experimentar e entender modos humanos, ou como Janet tenta obter comportamentos baseados nas nossas emoções. A visão de “humanidade” apresentada em The Good Place é incrivelmente cômica e real, debochando, de forma inteligente, de como agimos muitas vezes de forma patética sem ao menos nos darmos conta.

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Fugindo do lugar comum (e nos levando a um bom lugar!), The Good Place surge descompromissada e cheia de boas ideias, sendo uma ótima pedida para aquela maratona de fim de semana. E deixa uma boa premissa para a segunda temporada.

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ASSINATURA

 

Escritor, publicitário, louco por esportes e entretenimento. Autor de A Última Estação (junto com Rodolfo Bezerra) e CEP e um dos fundadores do Meta Galáxia.

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