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Beastars (Mangá) – Volume 1 – Resenha

 

Ano: 2019
Título Original: Beastars | Peridiocidade: Bimestral
Mangaká: Paru Itagaki | Editora: Panini Comics (Planet Mangá)
Nº de Páginas: 208 páginas | Preço: R$ 26,90

“Vamos! Venham conhecer o mundo dos animais!!

Este é o mundo compartilhado por animais carnívoros e herbívoros., repleto de esperanças, paixões e receios. Legoshi, integrante do clube de teatro da escola Cherryton, é um lobo sensível e delicado. Neste drama antropomórfico, ele e seus colegas do mundo animal vão compartilhar os altos e baixos da juventude!”

Com a premissa acima, Beastars sem sombra de dúvida alguma é um grande acerto da editora Panini. O título chegou as bancas e lojas especializadas sem muito alarde, mas com certeza vale a sua atenção.Beastars (Mangá) - Volume 1 - Resenha-03.png

Como vimos pelas sinopse, a trama de Beastars utiliza seres antropomórficos para contar a sua história. E que acerto esse da mangaká Paru Itagaki. A história de passa em uma escola de teatro, onde temos os animais bem divididos entre carnívoros e herbívoros. Existem regras muito bem impostas para que o convívio entre os animais seja sadio, como por exemplo os carnívoros não podem comer carne, mas eles recebem uma alimentação que nutre o equivalente ao que eles precisam para sobre viver. E o mesmo se dá aos herbívoros.  Certa noite, acontece um assassinato de um herbívoro, o que acaba desencadeando um clima de medo e tensão na escola. Começa uma investigação acerca disso, e no meio disso tudo somos apresentados ao nosso protagonista: O lobo cinzento de 17 anos, Legoshi.

Por meio dos seus olhos, vamos acompanhando um pouco do dia a dia da escola Cherryton, e assim percebendo as diferenças entre as classes sociais por meio da utilização das espécies de animais. A grande sacada de Beastars, é conseguir fazer essa analogia das espécies com a nossa sociedade, de uma maneira tão interessante que prende o leitor nas páginas. Existem várias questões de hierarquia dentro da escola, onde fica bem evidente quem faz parte da elite e quem apenas obedece. E no meio disso tudo, vamos conhecendo outros personagens além de Legoshi, que são tão interessantes quanto.

Diversas questões são levantadas no decorrer deste primeiro volume. Por exemplo, o próprio Legoshi. Por ser um lobo, carnívoro, alto e tudo mais que o torna “ameaçador”, grande parte dos herbívoros o temem. Quando na verdade, Legoshi é um ser sensível e até mesmo um pouco triste, e que desempenha um papel de coadjuvante na escola. Ele sabe que talvez seus sonhos nunca irão se concretizar. Ele não tem otimismo, ele apenas segue o ritmo do dia a dia, sempre procurando ficar na sua. Porém, ao mesmo tempo ele luta uma grande batalha interior contra seus próprios instintos. Afinal de contas, ele é um lobo e seu desejo por carne surge de maneira natural, assim deixando protagonista de Beastars em constante conflito consigo mesmo. Seria Legoshi definido por todos devido a sua aparência, raça ou pelo o que ele realmente é e faz? Um lobo pode ser sensível e ter sentimentos? Ainda nesse mesmo volume um certo acontecimento faz Legoshi aflorar sentimentos que ele talvez nem soubesse que existiam.

Como dissemos, outros personagens vão ganhando espaço durante a trama e que são bem interessantes, mostrando assim diversos pontos de vista sobre a sociedade em que vivem. Alguém que quer pegar o papel principal de uma peça, alguém que descobre o amor e não sabe como falar, outra que só quer ser aceita pelo grupo de sua espécie, assim procurando o seu lugar no mundo e etc. Paru Itagaki faz um trabalho sensacional nessa narrativa, trazendo diversos temas a serem discutidos em um tom de narrativa meio poética mas contando também com momentos de tensão. A arte dela conta com um traço fino que em alguns momentos parecem até esboços, porém casa muito bem com o clima da obra, pois quando necessário o traço fica mais forte, assim transmitindo a intensidade da cena. A edição da Panini é bem bonita, com um ótimo acabamento e trabalho editorial. E apesar do preço um pouco elevado, a obra vale a pena sim.

Em suma, Beastars é um mangá que promete ser interessantíssimo pelo o que mostrou em seu primeiro volume. A publicação da obra no Japão ainda continua e ainda este ano a obra vai ganhar adaptação para anime, o que deve dar uma impulsionada na popularidade da série. Beastars é uma obra que foge um pouco do padrão que estamos mais acostumados e que a vale muito a pena a leitura, pois realmente é um material diferenciado. Ansioso pelo volume 2.

Link da loja da Panini: Beastars Volme 1.

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