Nome: Ghost Hunt | Data: 2006 |
Estúdio: J.C Staff | Gênero: Anime; Comédia; Drama; Mistério; Suspense; Terror; |
Diretor: Rei Mano | Episódios: 25 (~20 minutos cada) |
Sinopse de Ghost Hunt
Em Ghost Hunt, o Instituto de Pesquisa Psíquica Shibuya é um escritório dirigido por Shibuya Kazuya, ou Naru, e estuda casos paranormais. Seu trabalho é investigar, cientifica e minuciosamente, fenômenos psíquicos a pedido de clientes. Um dia, Taniyama Mai, aluna do ensino médio, causa um acidente e Lin, assistente de Naru, se machuca. A partir daí, Mai começa a trabalhar no escritório como a nova assistente de Naru; apesar de não se entender nem um pouco com ele. Fantasmas, espíritos, maldições e exorcismos em massa… Nesse misto autêntico de horror e mistério, os membros do Instituto e seus mais novos ajudantes: a sacerdotisa Matsuzaki Ayako, a médium Hara Masako, o padre John Brown e o monge Takigawa Houshou, irão resolver inúmeros casos incrivelmente bizarros com muita reza e muito bom humor.
Particularmente, está cada dia mais complicado encontrar terror em qualquer mídia. A maioria das novas produções costumam basear-se mais em mistério do que o terror propriamente dito. O famoso medo do desconhecido, que, dizem, ser o maior medo do ser humano. Ghost Hunt aposta bastante no mistério, mas sem ter medo do clichê fantasmagórico, o que dá uma boa alternativa para aqueles que só querem uma clássica história de fantasma.
Variedade
Sem dúvidas, um grande acerto da história é em seu sistema de capítulos, onde temos diferentes casos, apesar da maioria se tratar de fantasmas mesmo. As diferentes causas para os acontecimentos, as várias abordagens e, principalmente, a equipe de protagonistas mais eclética que eu já vi dão uma segurada boa na história. Porém, a história comete um erro clássico dos japoneses de focar muito no protagonistas que é o tipico protagonista de Seinen, sério, frio e calculista (só faltou a boina). Naru é excessivamente clichê e chato, assim como Mai é a constante mocinha em perigo esperando pelo Peak Blinders ir salvá-la.
Apesar de tudo, os demais protagonistas, de diferentes religiões e propostas, dão uma dinâmica mais variada do que o casal principal. Os casos trazem muito da cultura do Japão e até de outros países, com abordagens de mitos e toda a supertição comum dos japoneses e demais povos da Ásia. Com isso, temos uma história que não foge muito ao padrão, não conta com um grande enredo nem nada super elaborado – inclusive, alguns casos ficam um pouco arrastados pelos personagens não verem o obvio -, mas que devem agradar aos fãs de terror que buscam algo mais pé no chão no quesito roteiro e que foque mais nas ameaças.
Outros aspectos
Saindo um pouco do roteiro, a animação, feita pelo estúdia J.C Staff – estúdio de Bakuman e One Punch Man 2 – não foge muito ao padrão. Até mesmo para uma série de 2006 a animação é bastante inconstante, sendo alguns episódios mais exigentes bastante detalhados e outros cenários mais simples deixados de lado. É como se a produção tivesse trabalhado demais em certas cenas e não sobrou tempo para outras, restando fazer de qualquer jeito.
Já a trilha sonora se destaca em comparação com a animação. Capaz de ditar a sensação que você deve sentir e o ritmo dos acontecimentos. As músicas de abertura e encerramento são ótimas – Apesar da primeira abertura ser bem preguiçosa no quesito animação. A dublagem de Ghost Hunt é eficiente e não foge muito disso, o personagem de John, por exemplo, agia de uma forma no começo e esqueceu o sotaque com o passar dos episódios.