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Setor cultural impulsiona crescimento e geração de empregos no Brasil

Pesquisas do Observatório da Fundação Itaú e FGV revelam expansão recorde e impacto econômico significativo das políticas de fomento

Setor cultural impulsiona crescimento e geração de empregos no Brasil
Setor cultural impulsiona crescimento e geração de empregos no Brasil. Foto: Filipe Araújo/MinC

Setor cultural impulsiona crescimento e geração de empregos no Brasil

A importância das políticas de fomento para o setor cultural vai muito além da simples promoção artística; elas são essenciais para o desenvolvimento econômico e social do país. De acordo com uma pesquisa do Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural, a economia criativa no Brasil registrou um crescimento significativo em 2023. O setor experimentou uma expansão de 4% na oferta de empregos, comparado aos 2% observados na economia geral, resultando em 7,8 milhões de novos postos de trabalho ao longo do ano.

Os segmentos que mais contribuíram para este crescimento incluem moda, atividades artesanais, indústria editorial, produção audiovisual, música, desenvolvimento de software, jogos digitais e serviços de tecnologia. Cada um desses segmentos desempenhou um papel crucial na expansão da economia criativa, demonstrando a diversidade e a vitalidade deste setor.

De acordo com o painel de dados, de abril a dezembro de 2023, foram geradas 577 mil novas vagas, um aumento significativo em relação às 287 mil registradas no mesmo período do ano anterior. Este aumento expressivo reflete o impacto positivo das políticas de fomento no setor cultural, destacando a sua importância para a geração de empregos e para o fortalecimento da economia nacional. Com 7,8 milhões de novos trabalhadores, 2023 marcou o maior número de cargos gerados desde 2012, sublinhando o papel fundamental da economia criativa no desenvolvimento econômico e social do Brasil.

A taxa de formalidade no segmento cultural também registrou um aumento significativo de 3%, alcançando 4,9 milhões de ocupados e representando 63% do total de trabalhadores no setor. Além disso, os profissionais desse segmento obtiveram uma remuneração média de aproximadamente R$ 4,5 mil, valor substancialmente superior à média nacional de R$ 3 mil. Esse dado sublinha a capacidade do setor cultural não apenas de gerar empregos formais, mas também de proporcionar melhores condições de trabalho e salários mais competitivos.

Ao incentivar a produção cultural, o governo não só enriquece o patrimônio imaterial da nação, mas também impulsiona a economia criativa, gerando empregos e promovendo o desenvolvimento econômico. A valorização da cultura contribui para a diversidade cultural e fortalece a identidade nacional, ao mesmo tempo em que estimula a inovação e a competitividade econômica.

O Observatório da Fundação Itaú, que utiliza como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc) do IBGE, tem como objetivo produzir e disseminar conhecimento e pesquisas nos campos da educação, da cultura e dos contextos socioeconômicos. Criada em 2023, essa iniciativa busca identificar tendências, fomentar o debate e sensibilizar tanto a sociedade civil quanto o poder público sobre a importância da economia criativa para o desenvolvimento sustentável do país. Por meio de suas pesquisas e análises, o observatório oferece percepções valiosas que podem orientar políticas públicas e iniciativas privadas, promovendo um ambiente propício para o crescimento contínuo do setor cultural.

Lei Paulo Gustavo

Paralelamente, a pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre a Lei Paulo Gustavo (LPG) revela o impacto significativo desta política no setor cultural. Para cada R$ 1 investido pela Lei, o retorno é de R$ 6,51, demonstrando a capacidade do setor cultural e da economia criativa de impulsionar a atividade econômica local. A LPG viabiliza o maior investimento direto no setor cultural da história do Brasil, com R$ 3,9 bilhões destinados a ações e projetos em todo o território nacional.

A pesquisa da FGV destaca ainda que a maior parte dos serviços prestados ao setor de cultura e economia criativa são realizados por micro e pequenas empresas (MPEs), fortalecendo a inclusão de diversos setores da sociedade na realização dos projetos. A região metropolitana do Rio de Janeiro foi uma das mais beneficiadas, recebendo 73,2% dos projetos selecionados, com uma expectativa de atrair 2,1 milhões de pessoas durante sua execução. Este dado evidencia a importância da LPG não só para o fortalecimento da economia cultural, mas também para a dinamização das economias locais.

A Lei Paulo Gustavo, portanto, não só fomenta a cultura e a economia criativa, mas também se destaca como um símbolo de resistência da classe artística e uma homenagem ao artista Paulo Gustavo, vitimado pela Covid-19. Este quadro positivo ressalta a importância de continuar investindo em políticas culturais que gerem impactos econômicos e sociais duradouros. Além disso, a LPG reforça a ideia de que a cultura é um elemento essencial para o desenvolvimento sustentável do país, promovendo a diversidade cultural e a inclusão social.

Assim, as políticas de fomento cultural, como a Lei Paulo Gustavo, demonstram ser fundamentais não apenas para o enriquecimento cultural, mas também para o crescimento econômico, a geração de empregos e a promoção de uma sociedade mais justa e equitativa.

Fonte: Correspondência por e-mail

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