Brightburn: Filho das Trevas – Resenha
Ano: 2019 |
Título Original: Brightburn |
Dirigido por: David Yarovesky | Produzido por: James Gunn |
Pouco falado em meio a avalanche de blockbusters lançados em 2019, Brightburn é um interessante longa que conta com a produção de James Gunn, diretor de Guardiões da Galáxia. Sua premissa é, no mínimo, curiosa.
O longa é, sem qualquer disfarce, baseado na estória de Superman, podendo, de certa forma, ser considerado uma releitura do Homem de Aço, mas às avessas. A trama apresenta um jovem casal, Tori (Elisabeth Banks) e Kyle (David Denman) que habita a zona rural do Kansas, na cidadezinha de Brightburn (mera semelhança com Smallville).
O casal, que sonhava em ter um filho, é surpreendido quando uma misteriosa espaçonave cai em sua propriedade, trazendo consigo um recém-nascido. A criança – batizada de Brandon (Jackson A. Dunn) – acaba sendo adotada por eles e criado sem saber a verdade sobre sua origem.
No entanto, ao completar doze anos, Brandon começa a ouvir vozes e receber contato de forças alienígenas ligadas a sua origem; acaba, também, descobrindo que possui poderes como super-força, resistência sobre-humana e capacidade de voar. Mas, ao invés de usá-los de forma benéfica, o garoto começa a utilizá-los para infligir medo a todos que o confrontam, considerando-se alguém a ser temido pela humanidade.
Embora seja claramente uma produção de baixo orçamento, Brightburn: Filho das Trevas surpreende por entregar um ótimo filme de terror, que traz diversos momentos de aflição e impacta pelas cenas viscerais. A atuação de Jackson A. Dunn é o ponto alto do filme – o garoto convence o espectador de que seu personagem é a própria encarnação do mal. Gunn ainda faz referência à Berserk (o diretor e produtor já admitiu ser fã do mangá).
Ademais da violência e perturbação, Brightburn deixa de apresentar um drama convincente, com atuações pouco comoventes do restante do elenco – embora seus personagens tenham papéis bem definidos -, sendo difícil ter empatia com a maioria deles. A maior parte dos incidentes são previsíveis, ainda que as cenas sejam bem executadas.
Salvo este problema, que é recorrente em produções do gênero, Brightburn merece atenção e faz bom uso de uma premissa que desperta a curiosidade de fãs de super-heróis: o Superman maligno que pode conquistar ou destruir a Terra sem remorso algum. E utiliza de seu protagonista para criar um filme de terror diferenciado, com todo potencial para ganhar sequências – quem sabe com maior orçamento?
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