Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível – Resenha
Ano: 2018 |
Título Original: Christopher Robin |
Dirigido por: Marc Foster |
Avaliação: ★★★★☆ (Ótimo) |
Christopher Robin é mais uma das empreitadas da Disney que visam adaptar suas obras mais famosas de animação para o live-action. Neste caso, trata-se da primeira adaptação do universo do Ursinho Puff para as telonas com atores reais e ambientação realista (sem contar o filme biográfico Adeus, Christopher Robin, de 2017). E o resultado é, certamente, dos melhores.
O filme baseia-se no personagem homônimo, inspirado no próprio filho do criador A.A. Milne, que é também a única figura humana integrante do núcleo principal das estórias do Ursinho Puff e seus amigos. Nos livros e animações, Christopher Robin – por vezes traduzido como Cristóvão – é uma figura recorrente que sempre aparece para brincar com a turma e ajudá-los em suas aventuras.
No filme, temos uma breve introdução ao protagonista, que precisa se despedir do Bosque dos Cem Acres porque será enviado a um colégio interno, o que lhe gera um grande sofrimento, assim como aos seus amigos do bosque. Christopher (Ewan McGregor) se despede de todos e, por muitos anos, nunca mais se ouve falar dele.
Christopher cresce e passa por diversas fases – da adolescência ao serviço militar na guerra, o casamento, nascimento da filha e o trabalho. Este último, por fim, é o que começa a consumir a maior parte de seu tempo, tornando-o um adulto frio e distante não só de sua família, mas de seu lado lúdico, cada vez mais enterrado na infância.
É sua filha, entretanto, que acaba o colocando diante das doces memórias do passado no Bosque dos Cem Acres ao encontrar seus tesouros de infância. E, quando Christopher começa a entrar em seu conflito pessoal, Puff acaba surgindo em Londres e reencontrando seu amigo de longa data, causando um misto de sentimentos e confusões no protagonista.
Christopher Robin é uma incrível adaptação cinematográfica de um dos universos mais queridos dos personagens Disney, uma verdadeira homenagem ao legado de Puff. E isto se dá em diversos aspectos ao imaginá-los no mundo real: na concepção dos personagens, que possuem aparência de pelúcias; na reação das pessoas diante da aparição deles; e também em todo ambiente, especialmente no que diz respeito ao Bosque dos Cem Acres, que está fantástico.
Toda a turma está mantida em sua essência: os trejeitos e bordões de Puff, Leitão, Tigrão, Ió e cia. estão todos lá, nos arrancando boas risadas e também lágrimas de emoção nos momentos certos. Vale ressaltar o trabalho da dublagem brasileira, que manteve as vozes pelos quais os personagens são conhecidos há anos em nosso país.
Ewan McGregor também se mostra novamente um ator versátil,, capaz de viver os mais diferentes personagens e aqui, como um “simples adulto frustrado”, expressa os conflitos ainda atuais de uma geração que deixou de lado seus sonhos e pessoas amadas pela obsessão do trabalho, muitas vezes sem se dar conta (ou o fazendo tarde demais).
Christopher Robin é um filme belo e apaixonante, que cativa em seu roteiro – que, por mais clichê que seja, envolve do começo ao fim – e emociona o espectador. Uma produção que dialoga com todas as idades, falando sobre amizade, infância e família, fazendo crianças e adultos rirem e chorarem.
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