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Fome de Poder – Resenha

fome de poder

Ano: 2016
Título Original: The Founder
Dirigido por: John Lee Hancock
Avaliação: ★★★★☆ (Ótimo)

Fome de Poder é a versão cinematográfica bastante fiel sobre a origem da maior rede de fast-food do mundo, o McDonalds, recheada de polêmicas e mitos ao longo dos quase 70 anos de existência da marca.

Quem dirige é John Lee Hancock (Desafio do Destino, Um Sonho Possível), que adora adaptar histórias reais e o faz muito bem. Não é diferente com Fome de Poder – uma história que por si só rende um roteiro fascinante, mas muito bem traduzida por Hancock para as telonas.

A trama gira em torno de Ray Kroc (Michael Keaton), um empresário que rodou os Estados Unidos com diversas empreitadas de pouco sucesso ao longo dos anos, tentando se manter sempre pela lábia. O futuro fracassado de Ray muda quando recebe um pedido incomum de máquinas de milk-shake na pequena cidade de San Bernardino: uma hamburgueria que funcionava em linha de produção, atraindo multidões ao seu balcão. Era o primeiro McDonalds.

Fascinado pelo sucesso e engenhosidade do restaurante, Ray convence os irmãos “Mac” e Dick McDonalds a formarem com ele uma sociedade e permitir a abertura de franquias Estados Unidos afora. Com a fórmula do sucesso dos irmãos McDonalds, Kroc inicia um verdadeiro império, que se expandiu sem parar até o nível que conhecemos hoje em escala mundial.

O grande conflito do filme são as diferenças ideológicas de Ray e os irmãos McDonalds, que viveram em constantes atritos enquanto foram sócios: enquanto Dick e Mac priorizavam a matriz e a cautela para que o padrão de qualidade fosse mantido em sua essência pelas lojas, Kroc, em sua ambição incessante, buscava mais e mais franqueados e trazer novidades para a rede, o que não era bem visto pelos fundadores da marca.

Sem entrar em méritos mais profundos da trama (por mais que seja baseada em fatos reais, não deixam de ser spoilers), Fome de Poder traz questionamentos diversos sobre ética e seu constante conflito com a ambição, que possui nuances diversificadas. O embate inevitável entre os irmãos McDonalds e Kroc apresentam pontos que são, especialmente hoje, cada vez mais evidentes quando falamos sobre o mercado, o capital e seu crescimento desordenado e, geralmente, pouco justo.

Fome de Poder não se trata de um filme com atuações exuberantes, uma fotografia fora de série ou plot twists que rendam comentários e mais comentários, mas de um longa muito competente em sua principal missão: contar a história de uma das maiores empresas do mundo e do contraditório sujeito que a levou a se tornar um símbolo global. E, neste papel, Michael Keaton mostra-se bastante convincente e o porquê é um dos atores mais subestimados de sua geração.

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https://www.youtube.com/watch?v=hpSRzLUFkN4

 

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