Home Games Dragon Quest O início da Jornada – Retro Review

Dragon Quest [NES] O início da Jornada – Retro Review

Dragon Quest é uma das franquias mais populares e marcantes de J-RPGs, talvez não seja tão popular no Brasil o quanto deveria ser, por causa de sua ex-rival e atual colega de empresa, a série Final Fantasy. A franquia é responsável por criar vários dos conceitos usados até os dias de hoje em séries de RPG japonesas. Devido a essa fama e uma vontade de me aventurar um pouco mais em jogos de Nintendinho, resolvi mergulhar na primeira versão desse jogo. Aqui está o que tenho pra vocês.

Alert: A versão que eu joguei foi a versão japonesa, por tanto alguns nomes pode ser levemente diferentes de como você os conhece na versão americana.

Um pouco de história…

Dragon Quest começa com um guerreiro desconhecido que aparece no castelo de Radatōmu e é informado que a princesa Rūra foi sequestrada por um Dragão e que ele é descendente de um herói do passado chamado Roto. Esse herói a muito tempo atrás derrotou o mal com a Hikari no Tama (Lit. esfera de luz) e que atualmente foi roubada pelo Ryūou (Lit. rei dragão). Sabendo disso é dada a missão ao guerreiro de resgatar a princesa e acabar com o mal mais uma vez.

Mecânicas

A versão original do jogo não conta com melhorias que sua contra parte americana Dragon Warrior*, lançada anos depois, recebeu. A movimentação do personagem na versão japonesa é um pouco limitada pois o personagem é animado em apenas uma direção, sendo assim para interagir com os NPCs é preciso apertar o botão Hanasu (lit. falar) e escolher uma das quatro direções:Norte, Sul, Leste e Oeste.

A barra de opção apareceu ao apertar o botão de interação. No menu existem 8 botões com diferentes ações, da direita pra esquerda de cima pra baixo: Hanasu (lit. falar), Jumon (lit. encanto)Tsuyosa (lit. força), Dougu (lit. ferramentas), Kaidan (lit. escada), Shiraberu (lit. conferir), Tobira (lit. porta), Toru (lit. pegar). Cada botão é auto explicativo quanto a sua função. Ao lado aparece a clássica caixa** de status informando o nível, quantidade de exp e ouro.

Batalha

As batalhas são com apenas um inimigo por vez, cada um deles devidamente desenhado pelas mãos de Akira Toriyama***.  Durante a batalha o botões que aparecem para ser selecionados são Tatakau (lit. lutar), Jumon (lit. encanto), Nigeru (lit. fugir), Dougu (lit. ferramentas).

Ao final das batalhas se recebe uma certa quantidade de experiencia e até atingir um novo nível, e, dependendo de qual for um novo encanto pode ser aprendido. Contudo, ao chegar em um novo nível a meta para alcançar do próximo o número necessário parece ir se multiplicando de 1000, 2000, 4000.

A junção dos fatores citados a cima torna o jogo lento, pois o personagem upa de uma forma muito lenta. O jogo é bastante curto, em relação a missões para se fazer, muito do tempo do jogador é perdido pela necessidade de upar. Algo que acredito não ter mudado nem nas versões mais recentes.

Registro/Save

Uma outra coisa bastante especifica da versão de famicom é o um código para continuar o jogo, visto que na época o uso de baterias para registrar suas jogadas ainda estavam chegando no Famicon Disk System, por meio do primeiro jogo de Zelda. Sendo assim, os saves no ano de 1986 ainda estavam restritos aos disquetes e demorou alguns anos para chegar nos cartuchos.

Uma sacada que eu achei interessante é chamar esse código de Fukkatsu no Jumon (lit. encanto de ressurreição), porém apesar de eu gostar de códigos esse é um pouco chatinho. No primeiro jogo, é preciso sempre voltar ao castelo de Radatomu, pois o único que pode lhe ensinar o código é o Rei. O que torna um pouco chato caso esteja longe. Algo que já não existe no segundo jogo da série, já que é possível salvar em qualquer castelo. Outra crítica que eu tenho é relativo a quantidade de letras, são cerca de 20 caracteres para adicionar.

Considerações Final:

A versão que eu escolhi jogar, dentre todas as existentes foi a mais antiga e acabou sendo a japonesa, que apesar de ser mais limitada eu julguei como mais interessante. De fato, para um jogo que saiu nos anos iniciais do console ele apresenta uma boa qualidade gráfica, mas nada comparado ao que console mostra nos anos seguintes. Infelizmente, essa versão envelheceu mal, contudo o jogo pode ser aproveitado melhor em revisitas.

A história apesar de simples, é o suficiente, pois o que mais importa aqui é a aventura e certamente com um pouco de paciência é uma aventura divertida. Graças a muitas dessas ideias criadas no primeiro Dragon Quest, que foram consagradas na terceira aventura da serie e daí em diante foram evoluindo que temos muitas das principais mecânicas que perduram os RPG’s até os dias de hoje. O original pode ter envelhecido um pouco mal, porém renasceu várias vezes e merece ser jogado.

Nota: Não importa.

* Devido a problemas com direitos autorais envolvendo o nome Dragon Quest nos Estados Unidos, o nome precisou ser alterado.
** Existe um pequeno easter egg no Instagram que é possível usar essa caixa de status em posts do stories, mas seu celular deve estar configurado em japonês.
*** Trouxemos recentemente alguns dos principais trabalhos na vida de Akira Toriyama, confira aqui!


Caso tenha gostado e queira receber mais conteúdo, acompanhe nosso perfil no Instagram, sempre tem alguma coisa por lá. Se tiver interesse em conhecer o autor do texto, siga no Twitter. Espero os encontrar novamente, em alguma parte da galáxia.

Sem comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Sair da versão mobile