Home Games Metaverso e o mundo dos games

Metaverso e o mundo dos games

Conheça mais sobre o conceito apresentado por Mark Zuckerberg e como a indústria dos games já lidava com a ideia há anos.

Metaverso e os Games

Desde o anúncio de Mark Zuckerberg em Outubro de 2021, o termo Metaverso disparou em pesquisas no Google. Muito além da realidade virtual, o conceito de Metaverso já existe há anos no mundo dos games e promete ser cada vez mais explorado no futuro pelas empresas e marcas. 

O que é o Metaverso?

Começando com uma definição de professor de filosofia, Meta – palavra grega que significa “além da realidade” e verso – sentido de universo, obviamente. O Metaverso pregado por Mark Zuckerberg é simplesmente a integração do físico com o virtual, conectar usuários do mundo inteiro com uma plataforma digital de interação social. 

Assim, muitas empresas hoje correm para alcançar esse conceito em um futuro próximo. A ideia é cada vez mais mesclar a realidade com o virtual, ou seja, investir no Metaverso, comprar terrenos, participar de reuniões, palestras, eventos, shows e muito mais. 

Presenciamos hoje os primeiros passos do Metaverso, ainda em seu estágio inicial. Com isso, os investimentos nas áreas de tecnologia devem aumentar e muito nos próximos anos, inclusive novas vagas de empregos relacionados ao Metaverso irão sem dúvidas entrar em demanda no futuro (fiquem atentos jovens padawans que estão pensando em que curso fazer após o ensino médio). 

Existem 3 tipos de tecnologia mais comuns dentro desse Metaverso: Blockchain, Inteligências Artificiais e Realidade Aumentada. A primeira é muito associada com as criptomoedas, como uma maneira de maior controle da experiência online. Alguns tokens já são associados à Blockchain para enviar a artistas, contratos e finanças, por exemplo. 

As inteligências artificiais já fazem parte do nosso dia a dia, com as assistentes virtuais, por exemplo. Serão essenciais para o Metaverso como: aprendizado das máquinas, linguagens, entendimento dos arredores do mundo físico e muito mais. 

Por fim, a realidade aumentada e virtual, promete nos aprofundar no mundo digital e mesclar com o físico. Seja por VR ‘s ou até mesmo lojas virtuais, muitas empresas já se preparam para oferecer serviços dentro do Metaverso.  

Metaverso e os Games

O Metaverso é bem mais antigo do que o estranho e assustador avatar de Mark Zuckerberg participando de uma reunião no Meta. O conceito e o termo foi primeiramente introduzido nos anos 90, na obra de Neal Stephenson, “Snow Crash”. Além de posteriormente ter inspirado inúmeros filmes, como Matrix e outros. 

A ideia de compartilhar um local virtual com inúmeras outras pessoas ao mesmo tempo, utilizando um avatar virtual, soa familiar aos gamers, não? Jogos como Roblox, Tibia, World of Warcraft, Second Life, em que empresas até atendiam seus clientes virtualmente, exploram esse conceito há anos. 

Os jogos já tratavam de moedas, transações e economias virtuais também, Eve Online, lançado em 2003, possui um desenvolvido “mercado” de naves espaciais que podem chegar a mais de US $30.000 e é tão complexo a economia do jogo, que existem até economistas para analisar as tendências. Além disso, algumas batalhas no jogo já custaram mais de US $400.000.Entropia Universe, também de 2003, assistiu seus jogadores em 2010, investindo milhares de dólares em propriedades virtuais dentro do jogo. 

Por conta de tudo isso, além de movimentar bilhões de dólares  e ser um mercado cada vez mais em ascensão, a indústria dos games é considerada por muitos o pontapé inicial perfeito para expandir o Metaverso, principalmente por possuir a característica mais importante para isso, mundos que cada vez mais convidam a nos aprofundar neles. 

Um fenômeno nos streamings e Youtube hoje em dia, GTA RP, é um espaço em que os jogadores criam seus próprios personagens e vivem suas vidas dentro dos servidores, a partir do Role Play.

Empresas como o Ifood, até fizeram parceria com o Cidade Alta, principal servidor do GTA RP, para que as entregas dentro do jogo gerassem cupons de verdade aos jogadores. O Submarino também celebrou o aniversário da marca dentro do servidor, com outdoors e anúncios. 

A Epic Games é uma das empresas investindo pesado no Metaverso. Acompanhamos como o Fortnite já transmite shows, eventos, trailers e cada vez mais quer trazer o conceito para dentro do jogo. 

Roblox, desde 2004, também trabalha com as características do Metaverso. Os jogadores constroem suas casas, possuem suas vidas e interagem entre si. O CEO da empresa, David Baszucki já demonstrou seu interesse em aderir ao Metaverso, inclusive criando parcerias com a Gucci.  

A Nvidia como uma das líderes na indústria de computação gráfica, está se aventurando no Metaverso, com a ferramenta Omniverse. Esta promete facilitar a criação de mundos, avatares, assistentes virtuais e se tornar a mais acessível para os usuários. 

Travis Scott no Fortnite

Por fim, não há uma definição de Metaverso “oficial”. O que vemos hoje são os primeiros passos de expandir o que os games já fazem há anos. A ideia é de o Metaverso não ter fim, no sentido de não simplesmente terminar após o Battle Royale no Fortnite, mas sim, ter uma conectividade com as outras mídias. 

Podemos participar de um show dentro do CS talvez, com milhares de pessoas online, não limitados ao servidor. Quem sabe comprar uma skin de Valorant e usá-la no PUGB enquanto assistimos uma partida da Copa do Mundo com o VR. 

As possibilidades são muitas e já exploradas pelos jogos, pode-se ter a certeza que cada vez mais esse universo será explorado e, sem dúvidas, a indústria dos games liderará essa trajetória.     

Sem comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Sair da versão mobile