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Resident Evil 1 (1996 – PS1) – Análise

O início de uma era para a sobrevivência!

Capa de Resident Evil 1
Ficha Técnica
Nome: Resident Evil 1Gênero: Survival Horror
Data de lançamento: 1996Diretor: Shinji Mikami
Plataforma original: Playstation 1Modo: Single Player

Resident Evil 1 revolucionou o mercado de games no seu lançamento. Ao misturar diferentes elementos de maneira coesa e até criativa, a Capcom trouxe ao mundo uma das mais famosas e bem sucedidas franquias de games. Porém, apesar do sucesso do primeiro jogo, foi Resident Evil 2 quem elevou o nome da franquia, isso graças ao fato de pegar o que já havia dado certo neste game e corrigir os defeitos. O que havia dado certo e o que era defeito, é o que veremos agora.

História de Resident Evil 1

A história envolve muitos elementos que pouco influenciam na jogatina, sendo, na maior parte das cutscenes, sobre a as relações entre os protagonistas e sua busca em fugir da mansão. Esta que eles usam como esconderijo após irem investigar o sumiço da equipe Beta do esquadrão S.T.A.R.S da cidade de Raccon City e se depararem com estranhas criaturas. Depois de a equipe Alpha ser abandonada pelo seu piloto do helicóptero, Brad, a mansão parecia o único lugar seguro. Mas nem tanto.

A maioria dos elementos da história são abordados nos Files (arquivos encontrados em forma de texto pelo jogador nos cenários), evitando exagerados diálogos, o que é um ponto para o game, já que ele não permite o salto de diálogos ingame. Aliás, a abertura em live action é um terror e felizmente foram removidas no remake do jogo. Toda a história criada por trás da mansão e que busca justificar suas peculiaridades, aliados a traição de Wesker que é descoberta no final do jogo, serviram no futuro para o estendimento da franquia. Todavia neste primeiro game não funcionam tão bem. A maioria dos elementos é clichê, mas considerando que são usados somente como premissa para a jogabilidade, não chega a incomodar. Até pela questão dos files que, como eu disse antes, evitam o excesso de diálogos e explicam as coisas somente para quem se interessa em ler.

Gráficos

Por se tratar de um jogo de 1996, não há muito o que se esperar. Mesmo quando falamos dos remasters lançados posteriormente, que, por mais que ajudem a dar uma polida no jogo, não podem fazer milagre. Com toda certeza, RE envelheceu mal, principalmente no que tange aos personagens e zumbis (os cenários, pré-renderizados, continuam belos). Mas, para a época, era algo bem aceitável, ainda mais se considerarmos que o game não deve ter tido o mesmo investimento de Resident Evil 2. Já que seu sucessor não era mais uma aposta e mostrou uma bela evolução gráfica.

A variedade de cenários, a bem trabalhada mansão e os laboratórios são todos bem feitos. Mas, como disse anteriormente, o jogo peca na movimentação de alguns personagens e inimigos, que chegam até mesmo a prejudicar a campanha em alguns momentos.

Som

A trilha sonora do game, os sons dos zumbis, janelas quebrando, além das tipicas salas de save e até os passos dos personagens…Todos elementos formam uma sequência de sensações incríveis que são passadas para o jogador perfeitamente. Aliado à câmera fixa, o som dos zumbis ganha um ar de parte da jogabilidade, assim como os passos dos cães e até o som de morte deles. Por exemplo, muitas vezes estamos em um ângulo que sequer enxergamos os animais, mas ao ouvirmos seus passos, sabemos que podemos atirar e também quando eles morreram. Isso compensa a obvia desvantagem da câmera fixa, que é tirar a visão que o personagem normalmente teria de ângulos frontais, o que chega até a ser meio bizarro se parar pra pensar.

Porém, diferente da ambientação e da trilha sonora, a dublagem sofre bastante. Os diálogos, obvio, não colaboram muito para elevar a qualidade, mas o defeito não está só no texto, mas sim nos efeitos de som que envelheceram um pouco mal também.

Jogabilidade

Obviamente o jogo original não era em português, mas você encontra algumas versões na nossa língua por aí!

Principal fator de qualquer jogo, a jogabilidade de Resident Evil é o que o tornou mais famoso. Como mencionado anteriormente, um dos méritos do game é exatamente tornar os demais elementos como parte de sua jogabilidade. Como gráficos (o sangue dos zumbis indicando sua morte, por exemplo) e o som. Porém, o game em si tem seus problemas, como a movimentação extremamente travada de Jill e Chris. Além disso, há diversos erros como zumbis conseguindo agarrar a distâncias impossíveis, um certo atraso na resposta dos comandos de tiro e etc.

Os defeitos descritos no paragrafo anterior, são o que de mais diferente RE2 fez em relação a este game. Porém, há grandes qualidades na jogabilidade de RE1 e uma delas é o equilíbrio da dificuldade. Contando com o diferencial de não ter fácil ou difícil e sim duas campanhas que representam dificuldades diferentes: Jill (normal) e Chris (Hard), o jogo encontra uma maneira de se reinventar dentro dele mesmo. Este elemento torna o fator replay extremamente mais agradável ao trazer elementos totalmente diferentes em seu nível mais elevado. Ao invés de simplesmente aumentar a dificuldade e continuar com o mesmo jogo que era no normal, só que mais difícil.

Idas e vindas…muitas idas e vindas..

Além disso, os puzzles acabam se tomando boa parte do jogo e as constantes idas e vindas se tornam um inimigo dentro do labirinto que é a mansão de Spenser. Idas e vindas que acabam se tornando infinitas devido as necessidades de se utilizar os baús. Aliás neste primeiro game são incrivelmente poucos, necessitando uma boa dose de reflexão antes de decidir ir para sua próxima aventura. Quais itens levar? Quais armas levar? Tudo tem que ser pensado e RE vira mais do que só um jogo de tiro em zumbis.

Conclusão sobre Resident Evil 1

Servindo muito mais de introdução para uma grande franquia e sofrendo com problemas técnicos advindos da época em que o game foi lançado, Resident Evil 1 é um marco para a industria, mas infelizmente envelheceu mal. Ainda assim, é um grande jogo e que merece receber sua chance, mesmo se você tiver acesso ao remake.

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