Review Spidersaurs (PS4) – Uma mistura inusitada e divertida

Spidersaurs é facilmente um dos jogos mais excêntricos que já vi. Você já deve estar se perguntando: dinossauros-aranhas? Bem… sim, existe essa combinação aqui, mas as estranhezas não param no nome. Trazendo o velho e nostálgico run ‘n’ gun, inspirado principalmente pelo desafiador Contra, Spidersaurs é uma aventura divertida e desafiadora, mas que… dá fome.

Jurassic Park aracnídeo

A estranhíssima combinação entre dinossauros e aranhas não era o suficiente. InGest Corp, empresa criadora dos Spidersaurs, tinha como planos para essa mistura a produção de carne suficiente para acabar com a fome no mundo. Pode até ser uma causa bem nobre, mas os bichos escapam e são terríveis predadores com dentes enormes e oito patas.

Por sorte – e ainda mais loucura – dois personagens autênticos estavam na reunião quando os dinossauros aranhas escaparam. Victória, uma rockeira punk, e Adrian, um cadente em treinamento, são os novos estagiários contratados para lidar com essa ameaça à la Jurassic Park. Enquanto ele tem como arma um arremessador de bolas de Beisebol, ela ataca com acordes pesados de sua guitarra – baita poder de fogo.

Esse é o pontapé inicial para que toda bizarrice de Spidersaurs ocorra. Como não é o bastante, conforme vamos avançando nas seis fases bem diversificadas, descobrimos mais coisas estranhas. Portanto, tenha em mente que tudo a partir disso é recomendado para quem nunca sonhou em comer aranhas ou tenha aracnofobia, porque só piora.

Comer para virar o Homem Aranha

Spidersaurs tem como referência os clássicos run ‘n’ gun, aqueles joguinhos que você precisa atirar, correr e desviar de um milhão de projéteis dos inimigos. No geral, muita da inspiração vem da franquia Contra, contudo, não joguei muito deles, logo, utilizarei o Metal Slug como referência. 

Uma das mecânicas existentes em Spidersaurs que tenho conhecimento que vem do Contra é a capacidade de se pendurar em tetos para atirar. Além disso, também podemos segurar o L2 para ficar parado e mirar em oito direções, do contrário, você irá atirar e andar junto, o que não é bom sempre.

Por outro lado, o que mais chama atenção em Spidersaurs era algo que eu amava no Metal Slug de PS1: diferentes armas que caem do céu. Não me leve a mal, mas você não iria conseguir matar dinossauros-aranha apenas com notas musicais e bolas de Beisebol. Às vezes, melhorias – é bota melhor nisso – aparecem voando pelo céu, sendo preciso atirar nelas para conseguir pegar.

Os upgrades são grandes e é possível carregar até dois deles. Lança chamas, granadas, escopeta, metralhadora e escudo são um resumo simples das melhorias, entretanto, caso pegue esse power up mais de uma vez, aí as coisas ficam mais monstruosas. Desta forma, isso te faz pensar duas vezes antes de pegar um upgrade e melhorar sua luta contra os dinossauros. Em contrapartida, caso você morra, aí tudo é perdido ou apenas uma parte, depende do nível da dificuldade que se divide em: Bem Passado, Ao Ponto e Malpassado.

A maior inovação em Spidersaurs, que é realmente algo bem divertido e diferente, é capacidade de conseguir poderes de aranha e, não, você não vai poder atirar teias e ter sentido-aranha. Ao contrário disso, pulo duplo e andar pelas paredes são exemplos de habilidades aracnídeas. Esses poderes são muito necessários em missões avançadas, mas, não são o diferencial que irá te salvar, Spídersaurs é difícil até na dificuldade Bem Passado, pois os perigos são sempre assustadores.

Arte assustadora

Serei muito honesto aqui. O mais honesto que já fui em toda minha vida. Eu não tenho medo ou nojo de aranhas! Mas, isso foi por água abaixo quando resolveram misturar com dinossauros. Reforço essa excêntrica mistura o tempo todo porque é pura loucura. Consequentemente, você vê um Triceratops com oito olhos e que outras quatro patas rasgam o corpo. É bizarro demais.

A arte visual reforça essa mutação biológica com um traço que lembra muito desenho animado. Durante as fases que são bem diversificadas e expõem múltiplos habitats, é perceptível o cuidado da transição de cenários. Há paisagens no fundo de cada missão mudando conforme avançamos nela. Temos 6 missões que vão desde um laboratório até um vulcão, tornando tudo mais perigoso e desafiador com o passar do tempo.

Expandido a bizarrice animal e o desafio extremo, a trilha sonora é um complemento necessário na jornada de degustaç… quero dizer, salvação contra os Spidersaurs. Meu único problema total foi com alguns designs de áudio, principalmente das armas. Sei que é uma guitarra atirando notas musicais ou um lançador de bolas de Beisebol, mas, as melhorias não passam um ar de máquinas de destruição aracnídea. É uma coisa muito específica minha, fora isso, os inimigos são assustadores com seus sons que misturam o veneno de uma aranha e a ferocidade de um dinossauro.

Boa inspiração e diversão

Spidersaurs é um estilo de game que não tenho muito apelo, mas que diverte demais. Com inspirações nos títulos clássicos de run ‘n’ gun, o desafio é grande mesmo no menor nível, o que pode afastar aqueles que querem algo mais casual. Acredito que para aqueles que já conhecem franquias como Contra, Spidersaurs é extremamente recomendado na dificuldade Malpassado, que limita o número de vidas e traz a experiência para o nível clássico. Do contrário, tente o game com alguém no modo cooperativo online ou local que a diversão é garantida.

Antes de finalizar, gostaria de agradecer a WayFoward Technologies por nos garantir uma chave de Spidersaurs!

Trailer:

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