Home Games Review – Vigil: The Longest Night

Review – Vigil: The Longest Night

Dos desenvolvedores da Glass Heart Studio, Vigil: The Longest Night traz as mecânicas de um souls-like com a cultura e folclore Taiwanes.

Review - Vigil: The Longest Night
Material promocional do jogo com a logo no canto inferior direito, protagonista a esquerda.

Confira a Review – Vigil: The Longest Night

Dos desenvolvedores taiwaneses da Glass Heart Studio, Vigil: The Longest Night traz as mecânicas de um souls-like com a cultura e folclore de Taiwan. Um jogo em plataforma 2.5D com um combate crocante e elementos de horror como tema visual central. A ambientação é tensa e pontuada com confrontos explosivos e sem perdão num mundo metroidvania.

JOGABILIDADE

Vigil consegue chegar em um equilíbrio entre a necessidade de se comprometer em ataques que te deixam exposto e a possibilidade de desviar em timings precisos e punir inimigos em seus próprios ataques. Fazendo com que assim exista a dança dos jogos souls-like, onde se cria um ciclo de ataques, defesas e esquivas que mantém o jogador pensando. Isso faz com que todo novo inimigo exija uma análise e uma nova estratégia

Outro ponto positivo para o design do gameplay é a relação consistente entre aparência, comportamento e poder dos inimigos. Os que parecem pequenos, magros e frágeis podem ser desequilibrados com ataques de forma fácil. Já inimigos maiores e que usam armaduras têm uma resistência grande a serem interrompidos, o que serve de punição ao jogador que os ataca sem parar. Também pode se estimar a velocidade de cada combate antes dele acontecer, pois o jogo raramente faz “pegadinhas” com as proporções entre tamanho, velocidade e dano. Aliás, todas as vezes que eu parei e analisei de antemão a situação, o resultado sempre foi bem mais favorável.

Por fim, o sistema de progressão do jogo por níveis é por onde novos ataques e maneiras de desviar são desbloqueados e mais uma vez, Vigil: The Longest Night acerta em cheio. Apresentados juntos aos ataques, períodos de invulnerabilidade dão dano extra quando utilizados corretamente. Além disso, o jogador é sempre incentivado a tentar desviar de golpes com tais períodos em vez de abrir uma distância maior.

VISUAIS E AMBIENTAÇÃO

Leila em uma ponte, a lua cheia ao fundo, exemplificando a arte do jogo

Apesar da engine gráfica ser bem simples, a arte do jogo compensa e muito. Nesse quesito, Vigil se destaca de outros metroidvanias recentes e dá uma aula de construção de level. É comum se questionar se aquela é a direção certa. Dessa forma, a exploração de diferentes lugares se torna intuitiva e dificilmente pesa como uma obrigação. Além disso, os cenários noturnos contrastam com o elemento do fogo, que possui um certo “bloom” em volta da origem do fogo bem reminiscente de Salt and Sanctuary, que é uma clara inspiração aos desenvolvedores, uma vez que até mesmo conteúdos dele foram adicionados ao game na semana anterior ao lançamento.

O jogo conta com uma interface bem simples e estilizada que serve seu propósito. No caso dos sons do menu, existe um feel de jogos retrô que foi uma das primeiras coisas que senti quando utilizei pela primeira vez. Aliás, isso acabou causando uma estranha familiaridade com o jogo. Já a trilha sonora tem a energia intensa e grandiosa já característica de jogos com combate complexo e orientados a grandes bossfights.

Por fim, vale ressaltar o quão único e diferenciado a maioria dos inimigos do jogo é em questão de seu design. Aliás, tirando os ratos e morcegos do inicio do game, cada inimigo se destaca muito com seu visual. Inclusive, o visual extremamente único de um inimigo em específico causou uma das minhas primeiras mortes de tão curiosa a escolha de design. Porém para não dar spoilers dessa experiência, só tenho a dizer para o leitor que tome cuidado com velas…

HISTÓRIA E CONCLUSÕES

Uma vez que a narrativa do jogo é um dos grandes pontos fortes e contada tão bem durante os diálogos do jogo, penso que me cabe somente estabelecer o plot central. Você joga como Leila e inicialmente volta para sua cidade natal, onde coisas estranhas estão acontecendo com as pessoas aos arredores da cidade, e sua irmã misteriosamente desapareceu, deixando para trás apenas um bilhete.

Um dos únicos pecados, que com toda certeza dá pra relevar é que o jogo carece de dublagem. Os diálogos se dão exclusivamente por texto, o que para alguém interessado na história é só um pequeno detalhe e para quem só quer saber do combate, talvez uma pequena vantagem.

Vigil: The Longest Night é definitivamente um jogo que consegue se sustentar com uma identidade visual e mecânica única. Justamente por causa de tais fatores, a comparação a ser feita aqui é Bloodborne. Uma história que se passa ao longo de uma noite, junto a elementos de horror e combate técnico e agressivo por parte do jogador. Disponível na Steam e para Nintendo Switch a partir de 14 de outubro de 2020 e confirmado para PS4 e Xbox One.

Sem comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Sair da versão mobile