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Batman – Cavaleiro Branco

Batman – Cavaleiro Branco

O Coringa é lembrado como um dos grandes vilões dos quadrinhos. Inteligente,  sádico, capaz de manipular qualquer um por causa do Batman e Gotham. Mas sempre que pensamos nele, o que vem em nossa cabeça é ele sendo o arqui-inimigo do Cavaleiro das Trevas. Não que não existem boas histórias dele como sendo o protagonista – a minissérie Coringa, de Brian Azzarello e Lee Bermejo, está aí para mostrar que uma história focada no Coringa dá certo. Mas são poucos os materiais no qual ele é o protagonista – e nenhum como ele sendo apresentado como “herói”. Até recentemente, com a minissérie Batman – Cavaleiro Branco.
Chegou as bancas no final de Março a última parte desta minissérie, dividida em 8 edições (ao custo de R$ 7,50 cada) com roteiro e arte de Sean Murphy e cores de Matt Hollingsworth, que mostra o Coringa indo para o lado dos mocinhos. A história começa com uma perseguição do Batman contra o Coringa – que acaba causando destruição em várias propriedades de Gotham, além de colocar a vida de alguns cidadãos em risco. A perseguição acaba dentro de uma fábrica onde, após ser rendido por Batman (e os policiais do DPGC somente olhando sem fazer nada), o Coringa mostra um remédio que, segundo ele, pode cura-lo e fazer dele uma ferramenta para ajudar Gotham.
Batman, então, força o Coringa a tomar o remédio – de uma forma bem agressiva. Uma figura misteriosa filma a atitude violenta do Homem-Morcego e o vídeo acaba sendo publicado na Internet. Tal atitude acaba mexendo com a opinião pública, já que o remédio acaba surtindo efeito. O reformado Coringa – agora, Jack Napier – começa a mostrar como a polícia é conivente com as ações violentas do Batman. O que coloca todos os personagens em dúvida sobre as atitudes do Cavaleiro das Trevas.
Batman – Cavaleiro Branco acerta ao mostrar uma outra faceta do Coringa, principalmente ao deixar o leitor na dúvida se ele realmente se curou ou se é só uma jogada. É interessante ver como o próprio Batman se comporta, de uma forma que o próprio leitor coloca em xeque se as ações dele são totalmente justificáveis. O maior acerto, no meu ponto de vista, é dar uma visão mais humana ao Coringa. Mostrar que o amor que ele tem por Gotham muitas vezes é maior que a sanidade (ou insanidade) dele. De uma certa forma, o Coringa de Cavaleiro Branco me lembrou a abordagem do Coringa do Joaquin Phoenix.
E, para quem gosta de referências, os quadrinhos estão cheias delas. Principalmente as fases clássicas do Homem Morcego, seja nos quadrinhos, na TV e no cinema. Vale a pena dar uma conferida neste material. Além de uma história envolvente, a Panini trouxe em um ótimo acabamento. E, se quiser conferir mais matérias sobre quadrinhos, clique aqui.

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