Lovesick (série original Netflix) – Resenha das temporadas 1 e 2
Título Original: Lovesick |
Ano: 2014/2016 |
Criação: Tom Edge | Nº de Episódios: 06 (1ª temporada)/08 (2ª temporada) |
Avaliação: ★★★★★ (Excelente) |
Entre as incontáveis séries originais Netflix que surgem a todo momento na plataforma, a britânica Lovesick pode passar despercebida pelo seu infindável catálogo de opções, mas certamente merece sua atenção.
Na verdade, a primeira temporada foi lançada em 2014 pelo famoso Channel 4 e somente dois anos depois a segunda temporada foi produzida, lançada em novembro de 2016, já sob a batuta da Netflix. Originalmente, a série havia recebido o bizarro nome de Scrotal Recall (ainda bem que mudaram).
A trama conta a história de Dylan (Johnny Flynn, ator e músico, líder da banda Johnny Flynn & The Sussex Wit), que descobre ter clamídia – doença sexualmente transmissível que, muitas vezes, é assintomática – e decide contar às suas ex-parceiras sexuais sobre a possibilidade de ter lhes transmitido a doença.
E é na busca por cada nome e a revisitação ao seu passado que Dylan acaba fazendo uma verdadeira viagem por seu histórico amoroso, deparando-se com a complexidade das relações humanas e a contínua busca pela felicidade em um relacionamento afetivo.
Ele conta com a ajuda de Luke (Daniel Ings), seu melhor amigo e um mulherengo irremediável, e Evie (Antonia Thomas), a melhor amiga com quem sempre teve uma relação sentimental conflituosa e cheia de relevos. Além dos três, a estória conta ainda com outros personagens excelentes como o cômico Angus (Joshua McGuire) e Abigail (Hannah Britland).
Em meio a jornada de contar às ex-namoradas sobre a clamídia, a doença se torna apenas algo em segundo plano na trama, que dá vasão às histórias intrínsecas do trio principal e se aprofunda cada vez mais em suas tramas pessoais.
Com uma ótima dosagem entre humor e drama, a narrativa de Lovesick alterna entre o momento atual dos personagens e flahsbacks, contando a história de cada um dos casos de Dylan e, ao mesmo tempo, apresentando ao espectador mais sobre as relações entre o trio e os fatos que culminaram na situação vivida por eles hoje, apresentando, inclusive, grandes mudanças de caráter devido às situações a que foram expostos.
A série possui uma evolução incrível e recebe profundidade ainda maior na segunda temporada. Os personagens se tornam cada vez mais palpáveis, e seus dramas podem ser sentidos de forma muito real para quem já passou por qualquer situação parecida, como o conflito entre amor e amizade ou a busca por relacionamentos descompromissados para preencher o vazio. É possível ama-los e odiá-los em um mesmo episódio e sentir isso como algo completamente compreensível, pois trata-se das nada simples relações humanas.
Mas não se preocupe: embora Lovesick aborde estas recorrentes e complicadas situações as quais invariavelmente costumamos nos submeter, ela o faz de forma leve e agradável, de modo que os episódios fluem naturalmente e cativam quem a assiste. Que venha a terceira temporada!
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