Segunda Temporada de La Casa de Papel – Resenha
Título Original: La Casa de Papel |
Ano: 2018 |
Criação: Álex Pina | Nº de Episódios: 09 |
Avaliação: ★★★★★ (Excelente) |
A tão aguardada segunda temporada de La Casa de Papel enfim estreou na Netflix e logo se tornou um dos assuntos mais comentados das redes, talvez com um buzz ainda maior que em relação à primeira temporada.
É fato que a primeira parte foi suficientemente competente para criar uma base de fãs tão forte que, talvez em maioria, tiveram a virtude da paciência em esperar pelos episódios restantes por meios legais – o que serviu para um ótimo vídeo de marketing da Netflix. E a espera, sem dúvidas, valeu a pena.
Confira a resenha da primeira temporada
Saiba mais sobre os personagens de La Casa de Papel
A segunda temporada de La Casa de Papel começa frenética, retomando o ponto em que o Professor (Álvaro Morte) está a ponto de ser descoberto após a chegada da Polícia no antigo esconderijo da quadrilha. Ao mesmo tempo, devido à sua ausência, as coisas dentro da Casa da Moeda começam a fugir do controle.
Após dezenas de horas de assalto, Tóquio, Berlim e os demais estão chegando ao seu limite, sendo testados física e psicologicamente, o que cria uma instabilidade nas relações entre o grupo e também com os reféns. E, diante de um cenário com clara evidência de ruína, o Professor precisa provar sua genialidade para que todo elaborado plano não caia por terra.
Pensada como uma minissérie, La Casa de Papel tem um roteiro bastante linear e objetivo, e a segunda temporada cumpre a rigor o que foi proposto na primeira. Todos os episódios são intensos e igualmente importantes para a trama. Simplesmente não há trégua; felizmente, a sensação que se tem é a de que “piscou, perdeu!”.
A segunda temporada de La Casa de Papel foca, essencialmente, na resolução de seus personagens, levados às últimas consequências e, ao menos num panorama geral, recebendo igual relevância para a estória e cada vez mais carisma para o espectador. Isto não se aplica somente à quadrilha, mas mesmo aos reféns e à inspetora Raquel.
La Casa de Papel não é uma série perfeita, e a segunda parte traz algumas soluções que, em determinados momentos, parecem apelativas ou mesmo novelescas. Embora possa causar estranhamento ou admiração, podemos entende-las como um recurso cinematográfico, puro entretenimento – nada suficiente para tirar o brilhantismo da obra e a incrível ideia por trás dela.
O principal destaque positivo segue sendo o alto nível de atuação. Álvaro Morte, Pedro Alonso (Berlim), Itziar Ituño (Raquel) e Alba Flores (Nairobi) se mostram atores de primeiríssimo escalão, entregando personagens memoráveis para a cultura pop. E, ainda melhores, as cenas de ação intensas (mais frequentes nesta segunda parte) e a trilha sonora feita na medida (como não se emocionar com “Bella Ciao” em uma das cenas finais?).
Com uma centena de acertos diante de poucas imperfeições, a segunda temporada de La Casa de Papel cumpre o objetivo de consagrar a série como uma das mais relevantes e adoradas da década – um feito considerável para uma série de língua não-inglesa e sem grandes estrelas internacionais (ainda) em seu elenco.
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