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The Good Place (4ª Temporada) – Resenha

Desfecho perfeito presenteia os fãs da série criada por Michael Schur

The Good Place – Resenha da quarta e última temporada

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Título Original: The Good Place
Ano: 2019-2020
Criação:  Michael Schur | Nº de Episódios: 13

Surpreendente e emocionante. Após uma terceira temporada que oscilou entre bons momentos e a falta de recursos ou inventividade em certos episódios, a quarta temporada de The Good Place – e última, infelizmente – retoma os rumos da série e a consolida como uma das mais criativas e cativantes dos últimos tempos.

ATENÇÃO: ESTE TEXTO CONTÉM BREVES SPOILERS DAS TEMPORADAS ANTERIORES]

Dividida em duas partes, a primeira fase da temporada derradeira mostra Michael abdicando de suas funções e incumbindo Eleanor de liderar o novo experimento de pós-vida para tentar salvar a humanidade. Com o auxílio de Jason, Tahani, Janet e Chidi – que sacrificou suas memórias -, Eleanor é responsável pela avaliação de novos quatro humanos que, na realidade, deveriam pertencer ao Bad Place.

O grupo logo identifica que a missão é quase impossível, uma vez que cada um dos humanos selecionados correspondem exatamente às fraquezas que eles possuem em si, tornando o desafio de redimi-los, na verdade, uma verdadeira jornada de autoconhecimento inesperada. Isto, porém, é apenas o começo de uma série de eventos que se desencadearão pela redenção dos humanos e a tentativa de evitar o fim da Terra.

A quarta temporada de The Good Place é um desenho perfeito do que é chamado de escalada narrativa. Embora pertencente a um contexto maior, no qual se enquadram as três temporadas anteriores, esta última pode muito bem ser analisada de forma isolada: seus episódios se dão em uma ascensão dramática, que se intensifica de forma mais despassada na primeira etapa e ganha o clímax na reta final.

A segunda parte, lançada em 2020, fecha The Good Place com chave de ouro, apresentando uma série de reviravoltas, amarrando pontas soltas e, especialmente, dando um desfecho digno a cada personagem e à trama como um todo. A quarta temporada é ainda uma ode à série, repleta de referências próprias e homenagens à primeira temporada, completando o ciclo de sua estória de forma perfeita.

Não é exagero dizer que, por trás de uma série de drama humorístico aparentemente banal, The Good Place é um dos melhores e mais precisos trabalhos filosóficos contemporâneos. Michael Schur nos presenteou com um universo repleto de personagens carismáticos e sacadas geniais, que nos colocam para refletir diante da principal questão existencial: qual o sentido da vida?

Se o seriado por si só não é uma resposta absoluta à pergunta, ao menos nos faz refletir que, como muito bem colocado em palavras precisas em um dos melhores diálogos da série, é a morte que dá sentido à vida, uma vez que o fim eminente da existência como a conhecemos é o que nos faz buscar por um significado em tudo que fazemos. Esta foi a premissa base que conduziu a série nestes quatro anos e que, de uma forma única, a faz uma grande sátira sobre vida, morte e a mediocridade humana.

É tocante e contagiante, também, a entrega dos atores com seus personagens e a nitidez com que isso é passado ao espectador com o desfecho da série. Ted Danson, Kristen Bell, William Jackson Harper, Jameela Jamil, Manny Jacinto e D’arcy Carden já estão eternizados como Michael, Eleanor, Chidi, Tahani, Jason e Janet, um grupo incrivelmente cativante de personagens. É notório, em especial, a emoção de todos eles no episódio final.

Dizem que tudo que é bom dura pouco. The Good Place infelizmente acabou, mas pode-se dizer que durou o suficiente, com um encerramento muito fortuito e assertivo. Um final digno de uma das séries mais interessantes da última década, e que deve deixar uma legião de fãs saudosos.

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