PS5 branco e o mistério do amarelado nos consoles

Se você já teve um videogame de cores claras, deve ter se perguntado: “de onde é que vem essa desgraça de amarelado?!”. E com o anúncio do PS5 branco, essa questão voltou (com memes de toda espécie) a rondar a mente de quem teme a maldição do amarelão. Vamos entender se a indústria de eletrônicos finalmente conseguiu extinguir essa praga.

O PS5 branco vai amarelar?

Assim como no XBOX One, celulares e outros aparelhos, o plástico utilizado no PS5 branco não é o mesmo poliuretano dos antigos eletrônicos. Nos anos 80 e 90 havia um composto químico de segurança na fabricação deste polímero para evitar chamas em casos de superaquecimento (como o que há na fita isolante/fita elétrica). Entretanto, esse composto se tornava um pesadelo quando exposto (direta ou indiretamente) aos raios UV, adquirindo um nojento tom amarelado.

A culpa não foi (só) sua

“Mas meu SNES ficou na caixa e amarelou”. Na indústria plástica isso se chama ‘scorching’, pode ser causado por erro técnico na manufatura do produto. Se um lote de peças saísse com dosagem errada de um composto químico (como o TDI), essas carenagens estavam propensas a deterioração da pigmentação.
Com campanhas de lançamento frenéticas, videogames eram produzidos no ‘esquema pastel’: tinha que ficar pronto rápido, em muita quantidade e, às vezes, em mais de dois lugares no mundo ao mesmo tempo, prejudicando o controle de qualidade. Assim, quem foi pra cima das primeiras unidades sem revisão de projeto tinha mais chances de ficar com um console de cor adulterada poucos anos depois. Por isso seu Super Nintendo, que nunca fez um topless na vida, amarelou. Mas o do seu amigo, que tinha o mesmo tempo de vida na labuta, não.
Todavia, basta não deixar o PS5 branco debaixo do proativo sol tropical e limpá-lo regularmente sem uso de abrasivos. Ele continuará branquinho por tempo indeterminado.