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Arco Yorkishin – Hunter x Hunter | Análise

Hunter x Hunter preparou desde sua primeira temporada o plot envolvendo Kurapika e a Genei Ryodan. Após três sagas, finalmente o anime entra a fundo no seu universo com nossos protagonistas reunidos novamente no Arco Yorkishin.

Afirmação de conceitos

Mais importante do que o desenvolvimento do arco em si, Togashi passou a ter o desafio de fixar alguns elementos introduzidos anteriormente. Aqui, temos diversos pontos se tornando bem relevantes, como a licença Hunter de Gon continuando sendo útil, o leilão de Yorkishin não sendo só um pano de fundo, mas, principalmente, a afirmação do nen como o conceito que move todos os confrontos do anime.

É um grande problema que vemos em outros shounens, onde muitos conceitos são introduzidos e as vezes perdem a importância ou são banalizados logo na sequência.

Protagonismo de Kurapika

Uma coisa que pode causar estranheza e até surpresa, é a ausência de Kurapika e Leorio no arco anterior. Mas, sem dúvidas, isso é um elemento utilizado para evitar de forçar a barra ao ter que colocar sempre os 4 protagonistas – mais Hisoka – no foco dos eventos.

Aqui, desde o princípio, temos Kurapika protagonizando o Arco Yorkishin e sendo o ponto de partida para muitos dos eventos. Assim, Gon e Killua jamais saem do papel de coadjuvantes, por mais que tenham sua participação.

Me incomoda só o quanto Leorio soa deslocado nisso tudo, ainda que em alguns momentos tenha sua utilidade. Todavia, no contexto geral, o personagem não justifica sua presença, principalmente ao não mostrar nenhuma mudança ou evolução.

A Aranha e suas patas

Finalmente, após muito ouvirmos falar, conhecemos a Genei Ryodan. Pra quem assistiu Naruto, rapidamente a Akatsuki vem a mente, todavia, o grupo de bandidos é só isso mesmo: um grupo de bandidos. Um grande merito de Togashi, não só neste arco, é o de criar personagens relevantes e interessantes sem a necessidade de dar a eles objetivos grandiosos. Nós somos capazes de entender o funcionamento da Genei Ryodan e até criar certa empatia à dinâmica do grupo, ainda que o grupo nunca deixe de ser o lado ruim da história.

Em meio a tudo isso, temos o ótimo personagem de Chrollo, que naturalmente não é totalmente abordado, mas não deixa grandes mistérios. Togashi revela e esconde na mesma proporção, satisfazendo a curiosidade ao mesmo tempo que é capaz de deixar um gosto de quero mais.

Conclusão

De resto, ficam as mesma qualidades que já mencionei na análise do arco anterior, onde, desta vez, o problema do excesso de didatismo não incomoda tanto. Um arco que tem muito mais a nos oferecer do que a Torre Celestial, mas não ignora em nada seu antecessor e, o melhor de tudo, também não ignora seu sucessor.

O Arco Yorkishin evolui os conceitos anteriores e corrigi rumos, um arco mais pesado e que fecha uma espécie de ciclo iniciado no Exame Hunter. Agora, a história volta a entrar em algo mais leve com Greed Island. Mas antes, temos um filme que dá sequência ao arco e traremos sua análise aqui no Meta Galáxia!

ANÁLISE CRÍTICA - NOTA
Nota do Arco
9.5
Quem quiser saber quem sou, olha para o céu azul...Amante de infinitas coisas, desde animes, games, filmes, séries, música, futebol, literatura...Toda e qualquer uma dessas artes, mas, principalmente, a escrita, que torna minhas palavras imortais igual ao meu tricolor!
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