Resenha de Gyo: Horror em Convulsão, mangá de Junji Ito e publicado no Brasil pela Editora Devir

Resenha de Gyo: Horror em Convulsão, mangá de Junji Ito e publicado no Brasil pela Editora Devir

Você já conhece a obra Gyo: Horror em Convulsão? Essa é mais uma obra-prima do mestre do horror, Junji Ito, que chega ao Brasil pelo já consagrado selo Tsuru da Devir e também inclui duas pequenas pérolas do mangaká:´A trágica história do pilar principal´ e ´O mistério da falha de Amigara´. Como eu sou uma grande fã de terror, claro que considero as obras do autor como obrigatórias e, justamente por isso, decidi ler e trazer a resenha de Gyo: Horror em Convulsão de Junji Ito! Compensou ler?

Evitarei spoilers, sendo o único que posso entregar a vocês é: sim, compensou ler Gyo: Horror em Convulsão. Isso além do fato de eu ter gostado muito do estilo de arte do autor – e pensar que até poucos meses atrás, eu sequer conhecia o autor, e agora estou lendo o máximo possível de obras dele!

Sinopse oficial:

Tadashi e Kaori vão passar férias em Okinawa, uma ilha ao sul do Japão. Depois de um mergulho no mar, eles começam a sentir um cheiro estranho. O forte cheiro de morte vai aos poucos tomando conta da ilha e antes que o casal possa identificar sua origem eles avistam um peixe em terra firme… um peixe apodrecido com pernas mecânicas. Segure a respiração até que tudo seja revelado.

Enredo de Gyo: Horror em Convulsão

A trama principal é dividida em um total de 19 capítulos, possuindo como capítulos extras as narrativas ´A trágica história do pilar principal´ e ´O mistério da falha de Amigara´. Aqui, trarei a resenha especificamente da trama principal de Gyo: Horror em Convulsão de Junji Ito.

Tudo começa quando Tadashi e Kaori vão passar férias na ilha de Okinawa, passeando de boa de barco como um casal apaixonado normal passando o tempo juntos. Contudo, os problemas apareceram rápido. Em primeiro lugar, Tadashi estava mergulhando quando tubarões o perseguiram. Kaori precisou ajudá-lo a subir rápido no barco para que não fosse devorado. Não passou muito tempo quando Kaori começou a reclamar que estava tudo com um cheiro estranho. Do barco até o alojamento em que estavam: tudo parecia extremamente fedido.

Estressados, então! Tadashi estava estressado depois de quase ter sido devorado, enquanto Kaori estava se estressando com o cheiro que só aumentava. Lhe parecia que até Tadashi estava fedendo, o que desencadeou uma briga no meio da noite, onde Kaori reclamava do cheiro ruim e Tadashi ficou reclamando que “bancou toda a viagem para eles, então ela sequer poderia reclamar”. Estressando com isso, a garota quis ir embora dali e sequer pegou as malas. Só saiu andando…

… mas tudo piora, né?

De certa forma, acabaram descobrindo o que fazia aquela fedentina toda. Falar do fedor aqui na resenha está sendo bastante repetitivo, não é? Entretanto, é o que marcou o início da obra, além do ser esquisito que apareceu. Era um ser igual a um peixe, mas possuía algo parecendo pernas, ao mesmo tempo que parecia flutuar. Tadashi parecia não sentir aquela fedentina toda antes, mas agora até ele próprio ficou com o odor impregnado no nariz enquanto tentava sumir com a criatura. Como se isso tudo não bastasse, uma hora a criatura sumiu, mas deixou uma Kaori doente para trás. Na manhã seguinte, ele até tentou contar o que aconteceu para a polícia, mas não viram porque acreditar nele.

Será que a polícia acreditará no que aconteceu, após tantas pessoas terem problemas com outros peixes macabros com pernas? Será que a polícia acreditará no que aconteceu, após a quantidade de ataques de tubarões aumentar consideravelmente nas praias? Afinal, não demora muito para as notícias chegarem até a TV…

Como será que Tadashi e Kaori se livrarão dos problemas futuros relacionados às criaturas que deveriam ficar apenas na água? Se eu trouxer algo a mais nessa resenha do mangá Gyo: Horror em Convulsão de Junji Ito, corro o risco de acabar entregando spoilers do mangá, mas certamente posso dizer que é uma leitura sensacional e que poderá amedrontar a qualquer um que tenha medo de tubarões e outras criaturas marinhas. O medo que os personagens sentem são tão bem expressados que todo leitor poderá sentir algum arrepio enquanto aprecia a leitura!

Sobre o autor

Nascido em 31 de julho de 1963 em Gifu, Japão, Junji Ito foi influenciado por suas irmãs que também eram designers desde cedo. Em seu trabalho, Ito faz referência a mestres do terror, incluindo Kazuo Umezu, Hideshi Hino, Yasutaka Tsutsui e o autor americano HP Lovecraft.

Em 1987, Junji Ito trabalhava como técnico em prótese dentária quando inscreveu uma história, “Tomie”, para o prêmio Kazuo Umezu. Umezu, um dos autores de mangá de terror mais proeminentes do Japão, estava no júri. Apesar de ser um novato, Ito recebeu uma menção honrosa, o que o inspirou a se tornar um mangaká. Iniciou sua carreira profissional especializando-se em contos com temática de terror. Muitas vezes, suas histórias começam com eventos aparentemente mundanos ou vidas comuns, como um casal se mudando para uma nova casa com seus gatos ou a rotina diária de uma charmosa vila localizada nas montanhas.

No universo de Junji Ito, há enredos frequentemente recorrentes que são comuns ao gênero de terror. Estes incluem compulsões irracionais que levam a comportamentos bizarros e incomuns, mutilação de seres humanos, bem como o aparecimento de seres das profundezas ou entidades demoníacas. No entanto, o mundo criado por Ito é cruel, onde os personagens muitas vezes se encontram como vítimas das circunstâncias e são punidos desproporcionalmente por pequenas infrações. Essa punição é imposta por uma ordem natural incompreensível e desconhecida.

Fã de Junji Ito? Se sim, então confira também em nosso portal: Guia: Todas as Obras de Junji Ito e Resenha de Vênus Invisível: Coleção de Histórias Curtas, com o Melhor de Junji Ito!

Nossos agradecimentos para a Editora Devir, que frequentemente nos encaminham conteúdo para publicarmos notícias e novas resenhas! Estamos amando essa parceria!