Tokyo Ghoul: Quantas versões do Ken Kaneki existem?

É difícil acompanhar as muitas versões diferentes de Ken Kaneki em Tokyo Ghoul. Quantas personalidades o herói trágico tem?

Tokyo Ghoul - Ken Kaneki

Tokyo Ghoul: Quantas versões do Ken Kaneki existem?


Comparado ao início de Tokyo Ghoul, Ken Kaneki passou por uma transformação drástica. A maioria dos fãs se lembra vividamente de sua primeira grande metamorfose, quando seu cabelo ficou branco e sua personalidade sofreu uma mudança radical após ser submetido a torturas. Entretanto, essa transformação inicial estava longe de ser a única que ele experimentou. Cada evento significativo na vida desse herói trágico resultou em uma nova perspectiva e uma aparência completamente diferente para Kaneki, adaptando-se ao seu “novo normal”.

Embora seja teoricamente possível categorizar ainda mais essas mudanças, os fãs geralmente concordam que o atormentado Kaneki desenvolveu seis personalidades distintas ao longo da série. Essas variações vão desde o tranquilo e doce até o selvagem e perturbado. De fato, não seria exagero considerar esses diferentes Kanekis como personagens completamente únicos, e, de fato, um deles é. Aqui, apresentamos um guia abrangente de todas as formas de Kaneki, descrevendo como são e como se encaixam na série.

Atualmente, a série em anime está disponível via Crunchyroll. Você é fã de Tokyo Ghoul, a obra de sucesso de Sui Ishida? Se sim, então vai gostar de ler em nosso portal:

Kaneki 1

Kaneki 1
  • Meio Ghoul, Tímido e Estudioso


No início de Tokyo Ghoul, o primeiro Kaneki é um estudante universitário tímido e dedicado, cuja vida sofre uma transformação terrível após um encontro que dá completamente errado, deixando-o meio-Ghoul. Por sorte, ele encontra refúgio na cafeteria Anteiku, onde começa a trabalhar como garçom e a aprender sobre a comunidade Ghoul. Sendo um idealista, este Kaneki fica profundamente perturbado com a injustiça do mundo e luta para compreender a razão da existência dos Ghouls.

Mais adiante na série, os espectadores descobrem que esse Kaneki estava escondendo traumas pré-Ghoul. Após a perda de seu pai, ele foi submetido a abusos constantes por parte de sua mãe, o que resultou em uma baixa autoestima. Como mecanismo de sobrevivência, o Kaneki de cabelos pretos adotou a mentalidade de que é preferível se machucar do que correr o risco de machucar os outros, embora essa abordagem tenha deixado cicatrizes emocionais que ele mal podia suportar. No entanto, ele nunca mais retorna a essa versão de si mesmo, para o melhor ou para o pior.

Kaneki 2

Kaneki 2
  • O Ghoul

Em Tokyo Ghoul, a mudança mais icônica de Kaneki ocorre após ser submetido à tortura, levando-o a aceitar sua identidade como Ghoul, ao mesmo tempo em que seu cabelo se torna branco. Existem várias teorias sobre a repentina mudança de cor de seu cabelo. Uma teoria popular é a possível conexão com a Síndrome de Maria Antonieta, uma condição médica não comprovada que associa cabelos brancos a traumas. Outra teoria sugere que isso está relacionado ao despertar de seus poderes de Ghoul, resultando em um aumento fictício em suas “células RC”.

Independente da causa, essa mudança simboliza a transformação radical na personalidade de Kaneki. O Kaneki de Cabelos Brancos renega seu eu passado, abraçando a crença de que a força é essencial, e que todo sofrimento é causado pela falta de habilidade. Embora tenha se transformado em alguém frio, determinado e extremamente poderoso, Kaneki mantém o desejo de proteger as pessoas próximas a ele, mesmo que, infelizmente, suas ações frequentemente as afastem. Eventualmente, essa filosofia o leva à sua queda final, com a destruição do Anteiku Cafe e o confronto fatal com Kishou Arima.

Kaneki 3

Kaneki 3
  • A Centopeia Traumatizada


Centopeia Kaneki faz sua primeira aparição por meio da forma Half-Kakuja de Kaneki, uma poderosa transformação Ghoul desencadeada pela canibalização. Nesta forma, Centopeia Kaneki perde completamente o controle sobre si mesmo, manifestando-se através de murmúrios incoerentes, movimentos delirantes pelas paredes e o uso de tentáculos de centopeia para empalar seus inimigos. Essa forma é uma representação da tortura que Kaneki sofreu, fazendo referência às centopéias que Jason havia inserido em seu canal auditivo durante o período de cativeiro.

Quando as várias personalidades de Kaneki convergem no Capítulo 141 de Tokyo Ghoul: re, intitulado “Uma Mancha Suficiente”, Centopeia Kaneki não está presente, sugerindo que ele pode ser mais uma extensão do Kaneki de Cabelos Brancos do que uma personalidade independente. O Prisioneiro nº 240, que está presente, é uma identidade instável e murmurante que se formou como resultado das experiências traumáticas de Kaneki, sendo mais ou menos semelhante a Centopeia Kaneki.

Kaneki 4

Kaneki 4
  • Haise Sasaki, Prisoner #240


Haise Sasaki não é, de fato, Kaneki. Após sua “morte” nas mãos de Arima, ele é reduzido ao Prisioneiro sem Nome #240 e renasce como um indivíduo amnésico. Submetido a torturas e envergonhado por seu passado, ele anseia por apagar todas as lembranças do que aconteceu com ele. Liderando o Esquadrão Quinx do CCG, Sasaki consegue alcançar exatamente esse objetivo. Por um curto período, ele vive uma vida feliz como a figura gentil, atenciosa e um tanto peculiar que o Quinx carinhosamente chama de “mãe da toca”.

Além disso, Sasaki demonstra um gosto pela colaboração com os outros, o que contrasta fortemente com o autoexílio emocional de Kaneki. No entanto, a história de Kaneki ressurge de maneira alucinatória, na forma de uma criança implorando a Sasaki para não apagar o passado. Quando as memórias de Kaneki finalmente retornam de forma definitiva, ele pronuncia uma das citações mais marcantes da série: “Boa noite, Haise. Estou cansado de sonhar.”

Kaneki 5

Kaneki 5
  • The Black Reaper

O Black Reaper representa a faceta mais sombria de Kaneki em Tokyo Ghoul. Similar ao Kaneki de Cabelos Brancos, ele é cruel, frio e implacável, relembrando intensamente todos os tormentos que sofreu e se recusando a permitir qualquer traço de felicidade em sua versão como Sasaki. Suas lembranças são vívidas – desde a tortura agonizante até os inúmeros fracassos e até mesmo os abusos de sua infância. Assim como White Kaneki deixou Anteiku, o Black Reaper abandona impiedosamente o Esquadrão Quinx.

Ele até repreende Urie por não ter conseguido evitar a morte de Shirazu. O Black Reaper é, sem dúvida, ainda mais sombrio em comparação com o Kaneki de Cabelos Brancos, já que aparentemente não vê valor em sua própria vida. Quando confronta novamente o “White Reaper” Arima, o Black Reaper Kaneki está completamente preparado para enfrentar a morte, destacando ainda mais sua falta de vontade de sobreviver.

Kaneki 6

Kaneki 6
  • The One-Eyed King


The One-Eyed King emerge como uma das personalidades mais complexas de Kaneki. Após sua intensa batalha contra Arima, ele recupera a vontade de viver e assume a persona do Rei Caolho. Todas as facetas de Kaneki convergem para formar uma versão renovada e completa, alguém que compreende o que é verdadeiramente importante e está disposto a cumprir a vontade de Arima. Seu cabelo, mais uma vez, adquire sua característica coloração branca, sinalizando uma mudança que parece ser positiva em sua jornada. Sem dúvida, é um aprimoramento, mas as fragilidades antigas ainda assombram o herói trágico.

Mesmo o Rei Caolho assume uma carga excessiva de responsabilidades, perdendo o controle à medida que o estresse o faz envelhecer prematuramente. Eventualmente, ele enfrenta outra derrota, sendo derrotado por Juuzou Suzuya e se transformando no temível monstro conhecido como “Dragão” Kagune. Em uma mudança mais sutil, as visões de Kaneki enquanto está dentro do Dragão o auxiliam a compreender a si mesmo e a aceitar o mundo à sua volta. Ele aprende a depositar sua confiança nos outros e percebe que o mundo não pode ser definido como certo ou errado; é simplesmente como é. É essa realização, embora existencialista, que encerra a saga de Tokyo Ghoul.

Austra Caroline
Come to the Dark Side. We have coffee with cookies! ☕ Sou Arqueóloga e estudante de História, com atuação como Educadora Patrimonial, onde busco preservar e compartilhar o valor do nosso patrimônio cultural. Além disso, sou redatora em sites voltados para conteúdo nerd, Geek e cultura pop, sempre explorando o universo da cultura geek com entusiasmo. Sou apaixonada por jogos de Hack & Slash, com destaque especial para a série Devil May Cry, que alimenta minha paixão pelo gênero. Nas horas vagas, também me dedico à escrita, onde expresso minha criatividade e amor pela narrativa.

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