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Análise de The Legend of Zelda: Breath of the Wild: Realmente compensa jogar?

Analisamos o novo jogo da franquia The Legend of Zelda, lançado para Nintendo Switch e Wii U e eleito o jogo do ano!

Análise de The Legend of Zelda: Breath of the Wild: Realmente compensa jogar?

The Legend of Zelda: Breath of the Wild, carinhosamente chamado de BotW, é o novo jogo da (talvez) maior e mais aclamada franquia de todos os tempos da Big N. Lançado em março do ano passado, tanto para o Switch quanto para o Wii U (sendo o último grande lançamento do antigo console), o jogo chegou com uma grande responsabilidade nas costas: atualizar uma franquia consolidada, trazendo mundo aberto e gráficos em HD, ambos nunca antes vistos nos jogos da série. Dito isso, vamos com a Análise de The Legend of Zelda: Breath of the Wild?

E talvez você esteja se perguntando por que diabos essa review está saindo após quase um ano do lançamento do jogo. E respondemos a vocês: talvez esse tempo seja o mais honesto para que possamos transmitir toda a experiência que este mundo gigantesco proporciona.

Então relaxe, pegue sua Ocarina, sua Master Sword e seu Hylian Shield, uma pipoca, e entenda por que esse é, sem dúvida alguma, um dos maiores jogos de todos os tempos – e para muitos o maior.

Ficha técnica de The Legend of Zelda: Breath of the Wild

Título Original: The Legend of Zelda: Breath of The Wild
Ano: 2017
Plataforma: Wii U e Nintendo Switch
Avaliação: ★★★★★ (Excelente)
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O legado de Ocarina

É consenso entre os gamers que sempre há grande expectativa de revolução da indústria em torno dos títulos de Zelda. Isso porque há um histórico de inovações pesado da turma de Hyrule. O maior exemplo disso vem de Ocarina of Time. O jogo ditou o tom para mais de uma década de títulos de aventura e mundo aberto, sendo até hoje considerado por muitos como o maior de todos os tempos.

Contudo, convenhamos: por mais que todos os jogos da franquia sejam extremamente divertidos, desde Ocarina, nenhum inovou sobremaneira no que já havia sido feito. O que víamos eram repetecos (e não entendam isso de maneira pejorativa, pois eram repetecos muito competentes) de “faça determinadas tarefas com determinado povo, e enfrente uma dungeon e um boss fodão por lá. Parta para outra área e faça a mesma coisa”. Isso funcionou por muito tempo, mas os jogos evoluíram com o passar dos anos, e esse estilo de jogo deixou de ser atrativo por si só. Com Breath of the Wild, a Nintendo mostrou que está atenta ao mercado, e entendeu o recado.

E, bem…

O peso da Big N

Uma frase que já ficou batida de tanto ser repetida à exaustão ultimamente é a seguinte: “A Nintendo não quer competir com Sony e Microsoft. Ela tem seu próprio nicho de mercado.”

De fato, a Nintendo faz seu próprio negócio. Mas quando ela o faz da maneira correta, ela é absolutamente imbatível.

Depois de quase 20 anos do lançamento de seu grande título, Ocarina of Time, Breath of the Wild vem para provar que, por mais que esteja adormecida, a Nintendo nunca perde a majestade.

Ainda que existam centenas de jogos de mundo aberto, Breath of the Wild é uma lufada de inovação no gênero.

O mundo de Hyrule continua lindo

Após o início do jogo, em que Link acorda sem memória em uma caverna, e deve ir a recuperando aos poucos ao longo da trama, o jogador é incumbido de realizar tarefas lineares para um senhor misterioso, que promete presenteá-lo com algo útil ao final das experiências. Isso consome por volta de duas horas do jogo, e podemos dizer que após a finalização deste tutorial, quando o real mundo de Hyrule se apresenta ao jogador, nada mais é linear. Isso porque uma vez munido de seu parapente, o jogador terá literalmente um mundo à sua disposição para explorar da maneira que melhor lhe aprouver.

Esqueça a necessidade de primeiro resgatar todas as memórias de Link para após partir para a libertação das Divine Beasts. Ou a necessidade de primeiro ajudar o povo de Zora, para então partir para Gerudo. A ideia aqui é que você possa fazer tudo o que quiser, ou nada. Inclusive, é possível que você enfrente Ganon antes de fazer quaisquer dessas coisas, por mais que não seja aconselhável.

Aventure-se!

O mundo é tão grande e vivo, que por vezes o jogador irá se aventurar por áreas que ele sentirá que são muito perigosas para ele. Mas ao mesmo tempo, a Nintendo respeitou tanto a inteligência de seus jogadores, que com um pouco de astúcia, algumas escaladas e algumas estratégias de batalha bem encaixadas (jogar bombas e se esgueirar para não ser visto), será possível “sair” da área ou concluí-la sem que necessariamente se tenha o melhor equipamento disponível. E aí a sensação de recompensa é absurda.

Não temos uma imensidão de dungeons no jogo. Em verdade, são apenas quatro as principais. O nível de dificuldade delas não é tão absurdo, exceção feita à de Gerudo (Divine Beast Vah Naboris). Essa, meus amigos, é o novo Water Temple de Ocarina! Se preparem.

No mais, tanto os puzzles como os chefes de cada uma das dungeons é difícil em uma medida aceitável. Tanto é assim que eu achei Lynel (um mini boss que tem versões diferentes de si espalhadas por Hyrule) mais difícil do que todos os chefes dedungeons.

De qualquer maneira, o jogo não é fácil e você provavelmente vai morrer e muito ao longo da experiência! Por isso, é sempre bom cozinhar suas comidinhas e elixires, pois do contrário o jogador se verá em apuros com monstros que com apenas um hitpodem praticamente matar Link.

Por falar em cozinhar…

Por falar em cozinhar, o jogo permite misturar ingredientes para formar pratos demasiado variados, que ajudarão o jogador a recuperar vigor, vida, a sobreviver ao calor, ao frio, a aumentar sua velocidade, etc. Também as roupas possuem papel fundamental no jogo, pois além de oferecerem maior resistência a golpes, também fornecem atributos como aumentar a furtividade, a resistência a locais frios, a locais quentes, a escaladas, e a possibilidade de se passar por mulher para entrar em Gerudo.

O jogo também brinca com Epona. Ao chegar em um estábulo para registrar um cavalo que o jogador capturou pelos campos de Hyrule ou pelos desertos de Gerudo, o dono do estabelecimento alerta: “você deve estar perto ao chamá-lo, do contrário ele não virá. Não estamos falando de cavalos mágicos, que aparecem em qualquer lugar do mapa após um assobio.”

Outro pró incrível é a habilidade de escalada. Isso amplia as possibilidades de exploração e não linearidade do jogo absurdamente, e faz com que jogadores possam seguir seu próprio caminho, com atalhos nunca feitos antes por outros jogadores.

Contras

Mesmo beirando a perfeição, BotW possui alguns defeitos.

Podemos começar com a questão do vigor. Por mais que tente se aproximar da realidade ao impor uma quantidade de stamina para Link, e que esta stamina possa ser aumentada através de spirit orbs adquiridos nos shrines (mini dungeons com desafios variados), Hyrule é imensa demais para termos de correr três segundos e descansar um. Isso torna a exploração um pouco enfadonha quando não se tem um cavalo, ou um penhasco para pular de parapente. Imagine andar pelo deserto de Gerudo, sem uma montaria e sem pontos de viagem rápidos de um lugar para o outro. É realmente frustrante.

Outro ponto negativo é que algumas coisas são bastante genéricas em BotW. Por exemplo, há diversos shrines em que a única missão do jogador é “matar um guardião” ou “mexer o controle para que a bolinha caia no lugar correto”. A sensação ao termina-los é mais de alívio que de recompensa. Também o design das torres que liberam acesso ao mapa de determinadas áreas, dos guardiões e dos próprios inimigos é pouco variado.

Por último, as vozes (quando presentes) são bem fracas, com uma dublagem para o inglês nada competente, e com o nosso querido Link permanecendo mudo o tempo todo, mesmo que a princesa esteja prestes a morrer diante de seus olhos.

Conclusão de análise: o que achamos de The Legend of Zelda: Breath of the Wild?

Breath of The Wild é, sem dúvida, o maior lançamento da franquia desde Ocarina of Time. Não é à toa que ganhou diversos prêmios, dentre eles de jogo do ano, desbancando concorrentes de peso como Super Mario Odyssey e Horizon Zero Dawn.

Os jogadores passarão dezenas e dezenas de horas jogando, e terão a sensação de que exploraram apenas a superfície da aventura de Link e companhia.

Se você ainda não comprou um Nintendo Switch e está se perguntando se este jogo vale o investimento, a única resposta possível é: claro que vale, você está perdendo tempo! Ajude Link a recuperar sua memória, liberte as Divine Beasts, salve Zelda e Hyrule! Daruk, Mipha, Revali e Urbosa esperam por você.

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