Wo Long Fallen: Fallen Dynasty é a terceira aventura do estúdio Team Ninja em um soulsike, vale lembrar que este estudio criou também a franquia Nioh, que teve uma boa aceitação em seus dois jogos no Playstation 4, mas em comparação a seu irmão mais velho que foi lançado lá em 2017, Wo long é mais ambicioso, mais autêntico e certamente deixará sua marca não só como um dos melhores jogos que tivemos em 2023, como será um dos melhores jogos de seu genêro.
Talvez a grande sacada na concepção de Wo Long seja a inteligência que o Team Ninja teve ao juntar seu conhecimento em fazer um Soulslike com o conhecimento absurdo que a Koei Tecmo tem da época dos 3 reinos chineses da Dinastia Han, por terem lançado inumeros jogos da franquia Dynasty Warriors, juntando estes dois bons backgrounds, Wo Long trouxe o que Nioh tinha de melhor em questão game, e aliou com um pouco do que a Koei tinha de contexto histórico para oferecer.
Wo Long: A história é quase um detalhe
Normalmente nas minhas reviews de games eu colocaria um aviso de spoilers acerca da história que o game nos traz, porém em Wo Long a história é tão irrelevante que eu não tenho essa preocupação, se você for jogar Wo Long, saiba que não vai ser pelo enredo ou nada disso.
Como disse antes realmente os criadores tinham a disposição uma grande biblioteca de conteúdo para criar uma história de “dark fantasy” no tempo dos 3 reinos chineses, porém a grande verdade é que no jogo nos somos um personagem que simplesmente nos encontramos no meio de uma guerra de bem contra o mal, onde os NPC’s, ai sim personagens históricos desta época da China, como Cao Cao, Zhang Fei, Lu Bu, Liu Bei entre outros, nos guiam entre os campos de guerra em que temos que lutar para livrar o mundo do Elixir Negro, que é o mal que vem desequilibrando os campos de batalha e trazendo os monstros e mortos vivos para esta guerra, e muito basicamente o enredo é isso ai, alguns personagens tem personalidades mais enérgicas outros tem o esperado estoicismo dos grandes generais.
Para jogar um pouco mais de água neste chopp, o nosso heroí nem mesmo fala, o único som que emite são grunhidos em cutscenes ou em batalha mesmo, com isso nosso personagem por mais estilizado que ele possa ser, não tem carisma e nem impacto na história, somos apenas o escudo e a espada dessa guerra de NPC’s.
Wo Long tem uma boa estrutura, mas tinha espaço para melhora
O jogo apresentou algo muito bem estruturado e alguns detalhes dentro da sua própria jogabilidade, no que diz respeito ao combate, merece até um tópico a parte, de tão bom que é; Wo long tem um sistema de Build, tanto em relação a criação do personagem em si, quanto a própria build de combate muito bons, aonde o jogo peca um pouco e no Level Design, na estrutura das telas em si, lá pelo 4° ou 5° campo de batalha, você acaba percebendo que eles são muito semelhantes, um pode ser uma cidade pegando fogo e o outro um pântano, porém serão bem parecidos.
No mais o jogo te faz seguir bandeiras de batalha, que funcionam como checkpoints, que normalmente vão de 4 a 6 por campo de batalha, e é claro a última delas sempre é aquela que te dá uma última chance de se preprarar para o boss final do level.
Na parte de criação de personagem, Wo Long aprendeu e reproduziu o que já fazem e fizeram os melhores jogos Soulslike e RPG, tem muita opção para você criar o seu herói da maneira que você preferir, da cor do cabelo aos acessórios você pode customizar tudo, e pode seguir alterando o seu personagem ao longo da sua jornada, isso vale tanto para o cosmético quanto para a sua “build” no jogo, muitas vezes mesmo você vai se sentir seduzido a alterar todo o seu set de armadura, armas (que vão desde tonfas de madeira à machados gigantescos, passando por lanças, espadas, espadas duplas, e a minha arma de escolha os sabres), magias e fera espiritual para lidar com um trecho da fase ou um mestre específico, o que realmente é um ponto a prestar muita atenção se você quiser zerar Wo Long com menos problemas.
Jogabilidade é a jóia da coroa
A jogabilidade de Wo Long que culmina é claro no seu combate frenético e punitivo é o toque que apesar de alguns deslizes vai deixar Wo Long nas conversas de melhores lançamentos do ano, e merecidamente, o jogo não exige que você o domine por completo, ou tenha uma atenção exagerada no balanceamento da sua arvore de habilidades de seu personagem, que pe distribuiuda entre 5 elementos, dependendo do que você decidir aqui, seu personagem pode ser mais forte no combate físico, na habilidade com magias ou ser mais “imune” ao peso das armaduras, algo que não faz tanta diferença assim aqui, já que não temos uma barra de stamina, o que propicia um estilo mais acelerrado no combate.
Parry e o sistema de Moral
O que é sim determinante na sua capacidade de assimilar o jogo e de conseguir fecha-lo ao fim de mais ou menos 30 horas da história principal, é dominar o parry, o timing ao defender aqui é essencial, até dominar o conceito do parry, que te permite “defender” os golpes e aumentar a barra de “cansaço” dos inimigos, que vai permitir que você execute seus golples críticos, você não vai passar do boss do tutorial, até porque ele é dos mais díficeis do game, e ao longo da sua jornada com o conceito já dominado, você vai se deparar com timings diferentes entre mestres e monstros padrão, mas aqui e tudo sobre o parry, assim que você entender quais golpes você tem que defender, esquivar e quais você tem que fazer o parry, o desafio de Wo Long será possível de dominar, mas atenção no combate é essencial, quando lutando contra uma horda, mesmo o mais fraco deles pode dar trabalho.
Outro ponto que eu não tinha visto antes em qualquer jogo que eu tenha jogado é o sistema de Moral, ele funciona de maneira um pouco diferente de um level normal . Ao iniciar cada missão, o jogador terá um nível de moral predeterminado, normalmente é 0, mas que você vai aumentando conforme avançar na missão. Quanto maior for seu ranking de moral, maior será seu dano causado aos inimigos. O mesmo vale para o caso de possuir um nível de moral baixo, onde as batalhas contra os inimigos serão muito mais desafiadoras.
Na carona do Ranking de Moral temos também em Wo Long o Destemos, o que temos que entender é que a cada vez que morremos no jogo o nosso nível de moral cai para o destemor corresponde ao ranking mínimo de moral que você poderá ficar naquela missão, por exemplo se eu estava no level 17 e morri, caio para o 12 que é o meu level atual de destemor, a não ser que eu me vingue do ser que me matou, onde ai eu recupero a moral perdida, mas se eu morrer novamente antes de me vingar, ai eu só posso voltar a meu nível de destemor, mas como aumentar meu destemor? ele também aumenta a medida que avançamos na tela, porém contamos também com as bandeiras de Marcação de batalha, que servem somente para aumentnar o destemor em cada fase, essas variam também de 4 a 7 por tela.
Mas Vale a Pena?
No geral Wo Long: Fallen Dynasty, vale sim muito a pena, se você é fã do genêro soulslike e de um desafio moderado para díficil, este jogo vai te oferecer de 30 a 50 horas se você for alguém dedicado a completar tudo que o jogo tem a te oferecer, e pelo valor de R$ 299,90, que é claro que não é um valor convidativo embora a piores por ai, mas se você for um fã hardcore e com as condições financeiras adequadas, este jogo é sim “obrigatório”, se não vale a pena aguardar uma boa promoção.
*O jogo foi analisado em um Playstation 5, agradecemos o código cedido pela Koei Tecmo.
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