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Sociedade da Justiça – A Era de Ouro – Resenha

Sociedade da Justiça – A Era de Ouro é uma verdadeira história sobre heróis.

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Ano Publicação Original: 1993
Título Original: The Golden Age (1-4)
Roteiro: James Robinson
Desenho: Paul Smith
Selo: DC – (Editora – Panini)
Avaliação: ★★★★★ (Excelente)

Sociedade da Justiça – A Era de Ouro é uma pequena obra-prima. Sim, logo de cara pode-se afirmar isso. Mas por que tantos elogios assim? O roteirista James Robinson nos mostra um lado não tão bonito assim do universo dos Super-heróis.

A trama se passa nos anos 40 /50 mostrando uma América pós Segunda Guerra Mundial. Todo aquele medo, receio e sentimento de reconstrução permeando a sociedade. E no meio desse contexto todo existem os super-heróis. Sempre combatendo o crime, a corrupção, vilões e etc. E existia um grupo chamado A Sociedade da Justiça da América, que foi o grupo que antecedeu a Liga da Justiça. O grupo tinha nomes como Flash, Lanterna-Verde, Gavião Negro e Starman e outros mais.

Mas com o fim da Segunda Guerra Mundial, muitos desses heróis perderam seu espaço na Sociedade. O governo e a mídia aos poucos foram se esquecendo destes heróis e com o tempo muitos deles foram deixados de lado, caindo no esquecimento. Após uma vida toda de lutas e sacrifícios, como pode-se seguir em frente? Assim como soldados que voltam traumatizados da guerra e tem problemas de readaptação a uma vida comum. O mesmo acontece com muitos desses heróis.

James Robinson acerta em cheio ao fazer essa abordagem em Sociedade da Justiça – A Era de Ouro. Além da abordagem intimista e até muitas vezes visceral, existe uma outra trama de fundo que vai sendo costurada aos poucos e que serve como um grande catalisador em determinado ponto da história. E sério, essa reviravolta que acontece é daquelas que deixam o leitor abismado, de explodir a cabeça.

Sociedade da Justiça – A Era de Ouro tem a arte de Paul Smith, que está em total sintonia com o roteiro melancólico de James Robinson. Muitas das abordagens sobre estes heróis tentando se readaptar são tensas e tristes. Existem heróis que não sabem mais agir como pessoas comuns. Perderam o tato do convívio após tantos anos como super-heróis. Outros estão sequelados por conta de algum efeito colateral dos poderes. Então, temos casos onde temos alguns deles cedendo ao alcoolismo, drogas, surtos e por aí vai. E a arte de Smith consegue captar e passar muito bem todo esse sentimento de drama existencial. A expressões mostram essa dor e angústia em uma era onde os heróis e mitos nasciam e morriam.

O ritmo da história é muito bom e a maneira como ela é contada, melhor ainda. misturando fatos reais com ficção, Robinson entrega uma obra muito acima da média. seu tom poético e triste lembra em alguns momentos um clássico dos quadrinhos, Watchmen. Mas fique tranquilo, não é uma cópia nem nada do tipo, apenas uma referência. Acima de tudo, esse quadrinho é sobre a mudança dos tempos, sobre a passagem de bastão e como seguir adiante. Pessoas tentando simplesmente achar o seu lugar, pertencer à algo.

Sociedade da Justiça – A Era de Ouro é uma obra que vai além do quadrinho clássico de super-herói. Um quadrinho que se arrisca com propriedade para conta a história de pessoas que perderam seu reconhecimento e tentam retomar suas vidas da melhor maneira possível. Um belo e triste retrato do que foi a Era de Ouro. Mas com uma singela esperança de que os verdadeiros heróis sempre aparecem quando for necessário. E Sociedade da Justiça – A Era de Ouro é isso, uma história de verdadeiros heróis. E pode ter certeza que ao acabar de ler, você terá a sensação de estar com um clássico nas mãos.


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Análise Crítica
Data
Título Original
Sociedade da Justiça - A Era de Ouro
Nota do Autor
5

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