PGB 2023 destaca engajamento dos brasileiros com jogos eletrônicos
A nova edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), levantamento anual abrangente sobre o consumo de videogames no país, completa 10 anos. Nesta década de pesquisa, a edição de 2023 da Pesquisa Game Brasil (PGB) destaca a participação dos brasileiros em games: 82,1% consideram o videogame uma de suas principais formas de entretenimento.
Em janeiro deste ano, o PGB 2023 entrevistou 14.825 pessoas em 26 estados e no Distrito Federal do Brasil. A pesquisa foi desenvolvida pelo SX Group e Go Gamers em colaboração com Blend New Research e ESPM. Segundo a recém lançada 10ª edição, 70,1% da população brasileira afirma jogar algum tipo de jogo. Em relação a 2022, os números mostram uma queda de 4,4 pontos percentuais.
Público gamer brasileiro é diverso
Nos últimos anos, as mulheres dominaram o consumo de jogos eletrônicos, principalmente por conta da sua forte presença nos smartphones e preferência por jogos casuais. De acordo com a 10ª edição, agora os homens assumem a liderança, representando 53,8% frente a 46,2% de mulheres.
No que diz respeito às faixas etárias, os dados destacam que não existe uma faixa etária adequada e que a atividade já está disponível para quase todas as faixas etárias. A maior audiência foi entre 25 e 29 anos, representando 16,2%. Os jovens de 20 a 24 anos representavam 15,1%; os adultos de 30 a 34 anos representavam 16,1% dos jogadores brasileiros e os de 35 a 39 anos representavam 15,5%. Os brasileiros com 45 anos ou mais também têm o hábito de jogar de acordo com o volume do jogo, com um total de 15,8%.
Em relação à raça dos jogadores brasileiros, conforme mostrado em edições anteriores, mais os que se autodenominam negros (12,7%) ou pardos (41,4%), a maioria é negra (54,1%), enquanto os que se autodenominam brancos perfazem 42,2% Jogadores de videogame do Brasil.
Em termos de classe social, o PGB 2023 mostra que a maioria dos gamers brasileiros ainda pertence à classe média (B2, C1 e C2), representando 65,7%. A classe média alta (B1) representava 11,7% do público, a categoria A representava 12,3% e a base da pirâmide (categoria D e E) representava 10,4%.
Celular dispara como plataforma favorita
Seja pela mobilidade, facilidade de acesso ou pela oferta cada vez maior de jogos na plataforma, o mobile é a plataforma preferida dos gamers no Brasil. De acordo com a 10ª edição do PGB, 51,7% dos brasileiros preferem usar seus smartphones para jogar videogames de todos os tipos. Isso representa um aumento de 3,4 pontos percentuais em relação à versão 2022 do estudo (48,3%).
A principal diferença é que os consoles domésticos são agora a segunda plataforma mais popular, com 20,5% das preferências do público. Os computadores, que ocupavam essa posição na edição anterior, foram os terceiros preferidos da comunidade, com uma combinação de 19,4% entre desktops e laptops.
Os dispositivos móveis também são a plataforma mais frequente para gamers no Brasil: 30,5% dos gamers jogam diariamente em seus celulares – 12,2% em consoles e 14,1% em PC, respectivamente. Ainda assim, as horas mais longas de jogo são jogadas em consoles e computadores: 38% dos jogadores de console e 32,9% dos jogadores de computador normalmente jogam entre 1 e 3 horas, enquanto 31,1% dos jogadores de smartphone jogam a mesma quantidade de tempo.
Independentemente da plataforma, a PGB 2023 indica um equilíbrio entre quem joga de maneira mais casual e mais compromissada. Segundo a pesquisa, 19,9% dos jogadores jogam de 2 a 4 horas na semana, seguidos por 18,8% que investem de 8 a 20 horas de seu tempo com games ao longo de 7 dias. Entre ambos os recortes, há 16,1% que dedicam de 6 a 8 horas e 15,9% que jogam de 4 a 6 horas por semana, e também 15,9% que jogam por menos de 2 horas na semana.
A evolução no modelo de negócios
Conforme a 10ª edição do PGB, 29% dos gamers brasileiros têm renda familiar média de até R$ 2.424,00; 29,3% dos entrevistados informaram receber de R$ 2.424,01 a R$ 4.848,00, e 26,1% da amostra afirmou receber R$ R$ 4.848,01 a R$ 12.120,00. Esses números de renda ajudam a decifrar os diferentes padrões de consumo desse bairro do país, pois também variam de forma semelhante.
Segundo o estudo, 24,8% declararam ter gasto até R$ 100,00 em jogos no último ano, 29,2% gastaram entre R$ 101,00 e R$ 500,00 em jogos; 12,7% gastaram entre R$ 501,00 Entre R$ e R$ 1.000,00, 12,9% dos gastos passou de R$ 1.000,00. 20,4% do corte não foi gasto em jogos. Mas isso não significa que a última parcela não irá ao ar. Com a grande variedade de jogos gratuitos disponíveis no mercado, o PGB 2023 constatou que 39% dos gamers preferem baixar apenas esses jogos.
Os jogadores brasileiros também gastam parte de seus gastos em outras formas de conteúdo de jogos pagos, como por exemplo a moeda virtual (31,2%). Além disso, gastam com expansões de jogos (29,6%) e aprimoramentos (27,5%). Contudo, 31,8% disseram que não gastariam em nenhuma das opções. Por exemplo, a grande maioria (42,8%) também não paga por serviços online, em comparação ao público assinante do Xbox Game Pass (21,2%) e PlayStation Plus (20,6%).
Em relação ao consumo de equipamentos de jogos, 20,9% das pessoas afirmaram ter gasto menos de R$ 500,00 no ano passado; 18,4% das pessoas gastaram de R$ 500,00 a R$ 1.250 em equipamentos, e a grande maioria (27,4%) afirma não ter gasto. Por fim, em relação aos produtos relacionados a esse segmento, 37,6% gastaram dinheiro com camisetas/confecções; 28,4% compraram artigos para casa, 20,5% compraram acessórios de moda e 35,2% disseram que não custa nada.
Do entretenimento à carreira no mundo dos games
Novidade em sua 10ª edição, o PGB inclui um painel de discussão sobre o mercado de trabalho. Conforme a pesquisa, 58,3% dos jogadores acreditam que a indústria de jogos no Brasil oferece boas oportunidades de carreira nessa área. Contudo, 15,5% discordam e 17,5% não ligam.
A criação de conteúdo de jogos se destaca entre as áreas de trabalho em que os jogadores mais veem oportunidades de trabalho (68,3%); por meio de publicação ou marketing de jogos (68%); programação de jogos (66%); efeitos visuais de jogos (65,7%); arte de jogos, ilustração ou Animação (65%).
Um ecossistema em crescimento constante
Os eSports se tornaram um dos ecossistemas mais relevantes para o consumidor de jogos eletrônicos no Brasil. Atualmente, apresenta um conhecimento expressivo de 82,9% entre os jogadores no país. A prática dos esportes eletrônicos é, ainda, exercida por 48,8% deles, segundo a PGB 2023.
Dentro dos eSports, existe a arrecadação de dinheiro relacionado a jogos eletrônicos, como premiações de competições. Embora 72,1% do público praticante afirmar não receber dinheiro nesta modalidade, 14,2% arrecadaram em apostas com amigos. Enquanto isso, há 13,6% em plataformas de apostas e 8,6% participando de competições amadoras.
Saúde e bem-estar dos gamers
Não é só de jogos eletrônicos que vivem os gamers brasileiros. Segundo a 10ª edição da PGB, 67,1% da comunidade de jogadores no país tem o hábito de se exercitar. Destes, 38,9% fazem exercícios físicos quatro vezes por semana e 24% cinco ou mais vezes por semana.
Além disso, 36,1% da comunidade tem o hábito de ir a academias ou parques para realizar atividades físicas quatro vezes ou mais por semana. Outra novidade da nova edição do estudo é o mapeamento de plano de saúde: 56,1% dos jogadores possuem um convênio contratado. Já 37,7% têm acesso a seguro de vida.
Entre outros hábitos, 26,2% dos jogadores brasileiros gostam de ir ao cinema uma vez por mês. 15,2% frequentam museus ou exposições uma vez por mês e 20,6% vão a casas de amigos duas vezes por mês. Nestes momentos de socialização, 36,1% preferem estar com a família; 31,1% com namorado(a) e 22,3% com amigos. Acesse o site oficial da Pesquisa Game Brasil para baixar a versão gratuita do estudo.
Fonte: correspondência por e-mail
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