Fratura (Netflix) – Resenha, estreou em setembro de 2019 na gigante de streaming. Logo no início do filme, imaginei que não fosse ser coisa boa (trauma de ter assistido ao outro filme da Netflix chamado Eli). Mas estava 100% enganado.
Com direção de Brad Anderson e roteiro de Alan McElroy o filme começa meio devagar e sem muita visão do que ele vai te proporcionar, mas logo após 1/3 do tempo você começa a perceber que ele é muito inteligente e eleva uma premissa simples para um nível superior aos filmes que já tiveram essa mesma pegada.
Fratura conta a história de Ray Monroe (Sam Worthington de Avatar e Fúria de Titãs) que viajava com sua pequena filha e sua esposa para passar o feriado de ação de graças com os avós da menina. Eis que logo de início você já percebe que o relacionamento do casal não está indo bem e que Ray provavelmente tem algum problema com andar rápido na estrada e com bebidas.
Durante uma parada num posto no meio da estrada, Peri (interpretada por Lucy Capri de Tabula Rasa) filhinha de Ray sofre um acidente caindo em um buraco de um canteiro de obras: Ray tenta salvá-la e é aí que a trama começa.
Após salvar a menina, Ray e sua esposa Joanne (Lily Rabe), a levam para um hospital. Após alguns fatos estranhos, como perguntas da recepcionista, Peri passa pela triagem e finalmente elas são atendidas pelos médicos descendo para o subsolo para fazerem um tomografia, apenas para garantir que a saúde da garotinha está ok.
Nesse meio tempo o protagonista dorme na sala de espera do hospital e quando acorda, não consegue mais encontrar Peri e Joanne. Ele começa a perguntar todos no hospital, mas a recepcionista e o médico que o atendeu anteriormente trocaram de turno, e os novos não sabem do paradeiro de sua esposa e filha.
Eis que Raymond Monrou começa a surtar e a acusar o hospital de esconderem sua filha. Após claramente ser tomado como louco, eles acalmam Ray com um sedativo e o prendem em uma sala. Contudo, Ray consegue fugir e chama a polícia.
A partir desse ponto, Fratura (Netflix), começa com uma jogada de gato e rato, invertendo os papéis a todo momento hora fazendo você crer que Ray está certo e hora te convencendo de que o hospital está realmente escondendo sua esposa e filha. Ele acredita que os funcionários formam uma rede de sequestradores que vendem órgãos para o mercado negro.
As tomadas e as cenas são muito bem realizadas. Aliás, tem uma cena em que Ray é sedado e para cortar o efeito do sedativo injeta 3 ampolas de adrenalina em si mesmo. O efeito que a câmera faz e a edição da cena ficaram muito bem feitas, passando bem a sensação de adrenalina que o protagonista deve ter tido no momento em que a substância entrou em suas veias.
Os closes transmitem nos dá a oportunidade de tentar adivinhar o que está passando na cabeça de cada personagem. A estranhesa com as situações nos deixa intrigado, o filme consegue causar isso à quem assiste. As cores mais frias da fotografia, a música tensa e incessante criam uma boa atmosfera e são elementos essenciais para o sucesso dessa produção da Netflix.
Conclusão – Fratura (Netflix) – Resenha
MUITO RECOMENDADO. Fratura, da Netflix, é um filme de suspense que cumpre muito bem com a proposta. Com um início morno e muitas dicas, o filme se mostra aos poucos uma obra muito bem escrita e dirigida. Destaque para a grande interpretação de Sam Worthington. É um filme que vale muito a pena assistir.
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