A Mulher Rei – Resenha

Ano: 2022
Título Original: The Woman King
Direção: Gina Prince-Bythewood
Roteiro: Maria Bello

O longa “A Mulher Rei” trouxe com ele um hype muito grande em torno do primeiro trailer apresentado. Utilizando “My Power” da Beyoncé e muitas cenas de ação, envolvendo principalmente Viola Davis, a direção de Gina Prince-Bythewood (Além dos Limites e The OId Guard) carregou uma grande expectativa.

RESUMO

A história em si de A Mulher Rei acompanha Nanisca (Viola Davis) e as guerreiras Agojie (ou Ahosi ou Mino), um exército de guerreiras que existiu no Reino do Daomé (Dahomey) nos séculos XVIII e XIX. O filme não só acompanha a preparação delas, mas também o que acompanha como plano de fundo para a existência das mesmas: os conflitos entre tribos e influência política. Neste período do longa, o Reino do Daomé conta com o governo do rei Ghezo (John Boyega), que precisa ponderar sua influência com problemas internos, seus inimigos e a investida brasileira para o contínuo tráfico de pessoas.

TRAMA

O filme cumpriu com seu papel principal: falar sobre as agojie, desde sua força, disciplina e papel dentro do reino. Contanto com uma produção hollywoodiana, A Mulher Rei fecha em todos esses pontos, até mesmo quando se pôs uma carga de drama em meio a um cenário de guerra e regulamento.


Não só a atuação/presença das personagens principais de Nanisca e Nawi (Thuso Mbedu), como as das secundárias deram mais brilho para a A Mulher Rei. A disciplina e toda a conduta e cultura mostrada pelas personagens Izogie (Lashana Lynch) e Amenza (Sheila Atim) contribuiram ainda mais para que, não só as cenas de luta, mas também para as de introdução fossem bem orquestradas.


Uma das coisas que A Mulher Rei trouxe e pode ter causado algo a mais foi menos sobre a produção (podendo ser comparado com vários outros longas de batalhas/guerra) e mais sobre o fator histórico. Um dos pontos principais foi por conta do rei Ghezo, no filme ele se prestou muito solicito a vontade de Nanisca ao parar com o tráfico de escravos, porém na história ele manteve o sistema que beneficiava o reino e sua influência até onde conseguiu. As agojie atendiam as vontades do rei, então chegaram a fazer parte desse sistema, mas sim, foram contra e propuseram a troca da economia como a que está evidente no filme.


Outro ponto menos é a quase inversão dos papéis de Oyo com o Daomé. Esses reinos realmente brigavam entre si por anos, porém era este último que mantinha o tráfico de pessoas adventos dessas lutas muito mais forte. A maior parte do povo de Oyo também aparece utilizando roupas fulanis e haussas, povo que ainda tinha algumas rivalidades com Oyo também.

TRILHA

Como já dito, a divulgação com My Power de Beyoncé hypou ainda mais o filme. Durante o longa quem ficou responsável por emergir ainda mais a experiência no cenário foi o compositor e trompetista Terence Blanchard. Utilizando muito da musicalidade beninense, ele orquestrou cenas dramáticas e principalmente de rituais e guerra muito bem. Confira a trilha sonora do filme aqui.

CONSIDERAÇÕES

Apesar desses conflitos de produção ficcional com dados históricos, A Mulher Rei trouxe um ótimo filme que pode bater de frente com qualquer outro que ousou fazer a mesma coisa. Como já dito, seu papel foi cumprido. O longa mostrou e emergiu o expectador a um tempo longínquo e a uma realidade de um povo já citado até mesmo em outras formas de arte. Como toda produção grande, o drama teve que estar no meio de tudo isso. ótimas coreografias de luta também foram exibidas. Obviamente, também mostrou alguns pontos culturais e importante de um grupo, até então citado pouca e friamente no entretenimento.

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ANÁLISE CRÍTICA - NOTA
A Mulher Rei
a-mulher-rei-resenhaA Mulher Rei cumpre com um papel muito interessante: nos apresentar e mostrar um pouco mais das agojie. Entre muitas lutas e drama, o longa equilibra muito toda a trama.

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