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Breve História do estúdio Madhouse

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Breve História do estúdio Madhouse

É muito provável que você tenha visto ou planeje ver um anime produzido pelo renomado estúdio Madhouse. Afinal, este estúdio é considerado um dos pioneiros da animação contemporânea e as suas origens confundem-se com a história da indústria de animação japonesa.

Os quatro animadores, Masao Maruyama, Osamu Dezaki, Yoshiaki Kawajiri e Rintaro se uniram para fundar a Madhouse em 17 de outubro de 1972. Na década de 1980, Rintaro ingressou na empresa. Durante seus anos iniciais, a Madhouse fez parceria com outros estúdios na criação de séries animadas. Colaborando com a Tokyo Movie (agora conhecida como TMS Entertainment), Madhouse contribuiu para a produção de Aim for the Ace (1973-1974) e Treasure Island (1978-1979).

A série inaugural produzida exclusivamente pela Madhouse foi Yawara! de Naoki Urasawa. O show segue a história de Yawara Inokuma, um jovem e talentoso judoca que desdenha o esporte. Apesar de sua relutância, seu avô a coage a praticar judô. Conforme ela avança para se tornar a melhor judoca, Yawara começa a apreciar o esporte. A série promoveu habilmente os Jogos Olímpicos de Verão de Barcelona em 1992 durante seu tempo de exibição, atraindo expectativa e entusiasmo de seus telespectadores. Yawara! foi a base para os futuros sucessos da série de anime Madhouse, tornando-se um nome familiar nas décadas de 1990 e 2000.

Estreato: De Cardcaptor Sakura a Death Note


A popularidade do estúdio Madhouse teve início nos anos 1990, impulsionada pelo êxito de Cardcaptor Sakura, a importante criação das Clamp. A trama de Cardcaptor Sakura gira em torno de Sakura Kinomoto, uma jovem que acidentalmente liberta um conjunto de cartas mágicas e precisa recolhê-las para evitar uma catástrofe no mundo real. Ao lado de Sailor Moon, a série foi uma das protagonistas do movimento das garotas mágicas naquela década. Além de entreter, Cardcaptor Sakura transmite mensagens de empoderamento feminino e autoaceitação juvenil. De forma otimista, também realça a importância das conexões humanas e os desafios do amor romântico, abordando questões que na época eram tabus, como relações entre pessoas do mesmo sexo. Com suas mensagens poderosas, a série quebrou estereótipos de gênero e normas heterossexuais.

O ápice da Madhouse ocorreu entre os anos 2000 e 2010. Durante esse período, o estúdio produziu séries icônicas, incluindo sucessos domésticos como Beyblade, Hunter x Hunter e Overlord. Além disso, a Madhouse brindou o público com narrativas adultas inovadoras e controversas, exemplificadas por obras como Black Lagoon. Com fortes influências da cultura americana, essa série certamente soube desafiar limites em seu conteúdo. Outra obra notável é Chobits, que aborda temas como objetificação de personagens femininas e fanservice.

Porém, foi com Death Note que o estúdio Madhouse deu passagem a outros thrillers psicológicos e conteúdo adulto. A trama se concentra em Light Yagami, que se depara com um “Death Note” (literalmente caderno da morte em português brasileiro), um caderno que concede poder de morte a quem escrever um nome nele. Light decide usar esse poder para criar uma sociedade livre de crimes, eliminando quem considera imoral. Death Note mergulha em temas maduros como moralidade e poder, estimulando discussões intensas entre os telespectadores.

Legado


Adicionalmente, a Madhouse desempenhou um papel fundamental no impulsionamento das carreiras de alguns diretores renomados, como Mamoru Hosoda e Morio Asaka. Contudo, um diretor de destaque na história da Madhouse foi Satoshi Kon (1963-2010). Ele colaborou com o estúdio em seu filme de estreia como diretor, Perfect Blue. Este filme concentra-se em Mima Kirigoe, uma ex-ídolo que se torna vítima de perseguição. A abordagem cinematográfica e os elementos da trama confundem os limites entre realidade e fantasia, dessa forma estabelecendo-se como uma marca distintiva do estilo de animação de Satoshi Kon. A trajetória de sucesso e o impacto de Perfect Blue permitiram que Satoshi Kon dirigisse outras obras pela Madhouse, incluindo “Millennium Actress” e “Paprika”.

Infelizmente, Satoshi Kon faleceu antes de concluir seu quinto filme, Dreaming Machine. O antigo produtor e animador da Madhouse, Masao Maruyama, nutre o desejo de ver o filme finalizado, porém, com a ressalva de que este filme deve manter o estilo característico de Satoshi Kon e preservar seu legado. O respeito de Masao Maruyama por Satoshi Kon ilustra claramente o valor que a Madhouse atribui ao talento do diretor.

A Madhouse detém uma vasta coleção de animes, abrangendo uma variedade de públicos. Aqueles interessados em narrativas que exploram jovens mulheres em busca de carreiras, amizades e relacionamentos românticos podem apreciar obras como Nana e Paradise Kiss, ambas criadas por Ai Yazawa. Por outro lado, os entusiastas de esportes que procuram por histórias centradas em um protagonista enfrentando desafios e competições podem se envolver com “Hajime no Ippo”, de autoria de George Morikawa. A habilidade da Madhouse em mesclar temas maduros com elementos de alegria faz com que o estúdio tenha algo a oferecer a todos os gostos.

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