Ano: 1986 |
Título Original: The Fly |
Dirigido por: David Cronenberg |
Avaliação: ★★★★☆ (Ótimo) |
Em A Mosca, Seth é um cientista que está prestes a concluir uma grande invenção: o teleporte. Esse seu trabalho segue em total segredo, pelo menos até conhecer Veronica, uma jornalista com quem ele sente um pouco de atração. Tudo parece ir muito bem (romance, trabalho, futuro) até o momento em que por acidente, ele entra em sua máquina de teleporte junto com uma mosca. O resultado é uma fusão entre um humano e um inseto, uma criatura que tem dias contados para a morte.
A Mosca é definitivamente um filme impactante.
O primeiro motivo é o seu enredo aterrorizante. A transformação de um humano em um inseto a cada minuto do filme é com certeza bastante angustiante. Como toda obra cinematográfica, esperamos que algum milagre possa acontecer e que Seth possa voltar a ser humano, mas a cada minuto que passa, sua salvação parece estar cada vez mais distante e isso faz com que o telespectador seja jogado em uma verdadeira roleta russa de emoções.
É difícil não se apegar ao personagem de Seth. Tímido, trabalhador, ele é aquele típico cientista que se apaixona pela primeira vez, e ver ele perdendo sua condição humana e suas tentativas serem cada vez mais frustradas é realmente muito triste.
O segundo motivo de impacto do longa são as surpresas no decorrer do filme. A cada cena ou momento, o longa se transforma, tanto nos sentimentos de cada personagem, assim como foca na transformação de Seth, que embora grotesca (e às vezes trash), é horripilante.
O terceiro e último motivo pelo qual A Mosca é impactante é seu fim. Cada minuto do longa encaminha para o fim da vida de Seth e o final (caso você não tenha visto, não irei estragar a surpresa) é, novamente, impactante. A decisão tomada por Veronica é uma das mais difíceis de todos os tempos (queria ver cada um de nós ter essa coragem).
E ao ritmo de Raul: “Eu sou a mosca que pousou na sua sopa… esse é um filme que você não pode deixar de ver…”