Batman Ninja – Resenha da nova animação da DC Comics
Ano: 2018 |
Título Original: Batman Ninja |
Diretor: Junpei Mizusaki |
Avaliação: ★★★★☆ (Ótimo) |
Batman Ninja é mais um petardo da DC Comics e Warner Bros. no universo das animações e uma ótima releitura da vasta gama de personagens que compõem o universo do Homem-Morcego.
A produção nipoestadunidense contou com um time de peso para dar vida ao novo filme animado: Junpei Mizusaki, diretor de openings e endings de JoJo’s Bizarre Adventure; Kazuki Nakashima (roteiro, de Gurren Lagan) e a primorosa animação pelo traço de Takashi Okazaki, criador de Afro Samurai.
A trama de Batman Ninja tem início com o desenvolvimento de uma máquina temporal criada por Grodd, que acaba transportando Batman, a Mulher-Gato e outros vilões de Gotham para o Japão antigo, durante era dos feudos e dinastias.
No entanto, o deslocamento de tempo do vigilante acaba ocorrendo em um intervalo posterior ao dos demais envolvidos. Quando Batman se depara com o local e época em que está, seus maiores inimigos em Gotham tornaram-se líderes das dinastias locais e iniciaram uma guerra em busca pelo domínio total do Japão.
Batman Ninja faz essa releitura de forma bastante competente. Embora apele aos maiores clichês possíveis da cultura japonesa para isso (desde a mescla samurai-ninja a robôs gigantes), não há como negar que a roupagem nipônica caiu perfeitamente sobre os vigilantes e vilões de Gotham City.
O visual da animação é algo de extrema sutileza, fazendo com que o CGI – aqui com aspecto mais próximo de cel-shading – não soe lento ou desproporcional, combinando na medida com o traço fenomenal de Okazaki, que por vezes nos proporciona a experiência de estarmos jogando um game da série Arkham. Há, inclusive, uma sequência que remete à pintura manual, das mais belas já criadas para esse tipo de animação, embalando um dos momentos de maior teor emocional do longa.
Vale o destaque aos personagens. Embora Pinguim, Hera Venenosa e Exterminador tenham pouca relevância num contexto geral, Coringa e Grodd roubam a cena, numa de suas melhores versões já vistas em estórias alternativas da DC. O grupo composto por Asa Noturna, Robin, Capuz Vermelho e Robin Vermelho também está ótimo – sem mencionar Alfred e seu coque samurai.
A narrativa de Batman Ninja, entretanto, é bastante simples e sem muitos contornos, apesar de contar com bons diálogos. Não espere grandes reviravoltas ou um roteiro cativo que faça o queixo do espectador cair. O longa é o que aparenta ser: Batman no Japão enfrentando seus principais inimigos a caráter. E isso ainda é ótimo!
Divertido e de encher os olhos, Batman Ninja junta-se ao panteão de animações de DC de qualidade, destacando-se pelo aspecto rebuscado e empolgante. Uma boa aventura nipônica de um dos mais consagrados heróis dos quadrinhos ocidentais.
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