Senhor dos Anéis: Por que Gimli não sabia sobre o destino dos anões em Moria?
Gimli, o filho de Glóin, recebe pouca atenção nos filmes da trilogia O Senhor dos Anéis. Embora suas brincadeiras amigáveis com Legolas sejam lembradas com afeto como um momento memorável da saga, a narrativa que envolve Gimli é quase negligenciada. Apenas um momento significativo em A Sociedade do Anel lança luz sobre o passado de Gimli: quando ele adentra as Minas de Moria na esperança de reencontrar seu primo, Balin, outrora Senhor de Moria.
Infelizmente, esse momento é rapidamente obscurecido quando Gimli percebe que o próspero reino dos anões, que já existiu ali, foi invadido e destruído por Orcs. No entanto, é curioso que Gimli não tivesse conhecimento do destino sombrio que se abateu sobre Balin e Moria. Apenas quando a Sociedade do Anel entra nas minas é que Gimli toma ciência do trágico desfecho, ao deparar-se com a tumba de Balin. Dessa forma, surge a dúvida: por que Gimli estava alheio à situação em Moria e desconhecia o que havia acontecido com seu próprio primo?
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Como Balin se tornou Lorde de Moria?
Balin foi um dos Anões que se uniu a Thorin Oakenshield em sua busca pela recuperação da Montanha Solitária, Erebor, como narrado em O Hobbit. Gimli e Balin compartilham um vínculo de parentesco como primos, ambos descendentes de Durin, o Imortal, que liderou a mais nobre das linhagens anãs. Balin era profundamente apreciado por seus companheiros, que o consideravam sábio, amável e sempre portador de conselhos valiosos.
Após o sucesso na missão de retomar Erebor, Balin partiu em sua própria expedição com o intuito de recuperar o perdido Reino Anão de Moria. Esse reino havia sido perdido pela primeira vez no ano de 1981 da Terceira Era. A ambição era reestabelecer a glória anã no reino subterrâneo outrora grandioso e também recuperar um dos anéis de poder dos anões, que havia se perdido.
Assim que chegou a Moria, Balin prontamente descobriu o Machado de Durin e, posteriormente, um elmo feito de Mithril. Com esses objetos em mãos, ele proclamou a si mesmo como Senhor de Moria. Contudo, essa ação pode ter inadvertidamente afetado o desenrolar da sua empreitada. Cerca de cinco anos depois, em TA 2994, Balin e toda a sua colônia foram surpreendidos por uma invasão de Orcs, encontrando a morte nos mesmos salões que haviam tentado revitalizar. O único registro que sobreviveu desse tempo foi o Livro de Mazarbul, que continha relatos do ataque orc e os últimos momentos do Lorde Anão. Por meio desse registro, Gimli finalmente descobriu o destino de seu há muito perdido primo.
Como Gimli não sabia sobre Moria?
Poderia ser esperado que um desastre de tal magnitude fosse amplamente conhecido entre os anões, especialmente dada a natureza da missão de recuperar um antigo reino anão. No entanto, de forma surpreendente, Gimli não tinha conhecimento da queda de Moria até o momento em que ele descobriu a tumba de Balin. Tudo o que lhe era sabido era que a empreitada de Balin havia obtido êxito em sua fase inicial, o que influenciou sua sugestão de passar pelas Minas de Moria com a Irmandade – ele ansiava por um encontro com seus parentes. Naturalmente, existem potenciais explicações para a lacuna no conhecimento de Gimli – uma delas poderia ser que um mensageiro enviado para divulgar as informações talvez tenha sido vitimado por Orcs.
Na visão apresentada nos filmes O Senhor dos Anéis, dirigidos por Peter Jackson, é a falta de conhecimento de Gimli a respeito dos acontecimentos em Moria que o instiga a visitar o domínio de Balin. Se Gimli estivesse ciente da fatalidade que acometeu os anões, sua sugestão de trilhar o atalho pelas minas não teria sido feita, e a trama teria tomado um rumo notavelmente diverso. Mesmo com a compreensão dos perigos associados a Moria, Gimli estava decidido a enfrentar todos os riscos, movido pelo desejo de reencontrar seus primos, mesmo que isso implicasse a possibilidade de perder o Um Anel de Sauron.