Resenha do filme Shaft, com Samuel L. Jackson, Jessie T. Usher e Richard Roundtree.
Ano: 2019 |
Título Original: Shaft |
Dirigido por: Tim Story |
Disponível recentemente pela Netflix, o novo filme “Shaft” é uma comédia de ação dirigido por Tim Story. A obra já é o quinto longa da sequência de próprio nome, sendo o último exibido em 2000.
A trama conta a de John Shaft II (Samuel L. Jackson) e sua família, que passam por uma tentativa de assassinato pelo traficante Pierro “Gordito” (Isaach dee Bankolé). Preocupada com o estilo de vida dos Shafts, Maya Babanikos (Regina Hall) decide então se mudar com seu filho pequeno John Shaft Jr, o JJ (Jessie Usher).
Sendo criado de forma completamente diferente de um Shaft padrão, JJ agora volta para Nova York como um analista de dados do FBI e acaba perdendo seu melhor amigo, Karim (Avan Jogia), assassinado misteriosamente. JJ resolve então descobrir o que ronda esse mistério de um de seus melhores amigos, e logo após algumas experiências não tão agradáveis com gangues do Harlem, ele chama seu pai John Shaft (agora investigador particular) para o ajuda-lo no caso.
John resolve ajudar seu filho JJ muito mais por desconfiar que o caso envolve seu carrasco, Gordito. Mais a frente, outra melhor amiga de JJ acaba se envolvendo junto a eles no caso, a enfermeira Sasha Arias (Alexandra Shipp). Além disso, John pede ajuda também a seu pai, o lendário e primeiro John Shaft (Richard Roundtree, interpretou o primeiro John Shaft nas antigas produções).
Além de ser uma comédia de ação, o filme também trás uma comparação de gerações, demonstrando seus conflitos. Enquanto John é muito mais incisivo, bruto e com a maneira de viver dos guetos do Harlem, JJ faz parte dos millenials que possuem muito mais familiaridade com as tecnologias e repensa muito mais suas atitudes perante a sociedade (um exemplo disso são as diversas respostas aos comentários machistas que JJ dá a seu pai). E ainda mais a fundo, o primeiro Shaft também mostra uma diferença geracional quando ele fala da forma muito diferente com que “resolvia seus problemas”, comparado ao seu filho e neto.
Além disso, o filme faz vários paralelos de como as novas tecnologias estão presentes no cotidiano, principalmente do trabalho e junto a isso, novamente, o conflito geracional que ela ocasiona. JJ é praticamente um hacker, o que acaba impressionando seu pai. Mesmo com alguns comentários mais pesados de John Shaft, o filme aparenta muito mais trazer uma crítica a essa geração mais antiga e aos seus modos de pensar, do que realmente enaltecer isso. Outra comparação geracional também exibida é a musical. Há desde a apresentação de nomes mais novos da música negra americana, quanto R&B’s mais antigos. Veja um exemplo aqui com a trilha presente no filme.
A comédia, mesmo com diversas cenas de ação e tiroteio para todo lado, torna o filme uma forma mais leve de tratar as coisas. Além também das cenas de investigação e todo pensamento trazerem um lado mais interessante para acompanhar a trama.
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