Star Wars: A Ascensão Skywalker – Resenha do episódio IX da saga Star Wars
Ano: 2019 |
Título Original: Star Wars: The Rise Of Skywalker |
Dirigido por: JJ Abrams |
Muita expectativa se criou para o derradeiro capítulo da saga. Star Wars: A Ascensão Skywalker não somente carrega o peso do encerramento da trilogia iniciada nesta década, mas também de toda narrativa iniciada em Star Wars IV: Uma Nova Esperança, em 1977. Assim sendo, um filme desta magnitude, invariavelmente, dividiria opiniões.
O capítulo IX se inicia com a chegada de Kylo Ren (Adam Driver) a Exegol, terra-mãe dos Sith – um lugar que não se localiza em mapa algum. Lá, Kylo descobre que o imperador Palpatine ainda está vivo e é o detentor de todo legado dos Sith, sendo responsável por um plano de completa aniquilação dos Jedi desde muito tempo. O Imperador incube o neto de Darth Vader de acabar com Rey (Daisy Ridley) e liderar o novo império.
Enquanto isso, Rey se aprimora na Força sob o treinamento de Leia (Carrie Fisher). Graças a um informante, a Resistência descobre sobre a volta do Imperador e seus planos de completa destruição. Logo, Rey, Poe (Oscar Isaac), Finn (John Boyega), Chewbacca, C3PO e BB-8 se colocam em busca de um artefato que os levará até Exegol; Rey, entretanto, descobrirá que sua história ainda não havia sido totalmente revelada.
Sem entrar em spoilers, Star Wars: A Ascensão Skywalker possui, inegavelmente, problemas narrativos, especialmente em relação à escolha de certas definições quanto aos seus personagens (como remexer novamente o passado de Rey após o que é mostrado assertivamente em Os Últimos Jedi) e também o uso constante de clichês para conduzir a estória, que é aqui mais rasa que seus antecessores. Se o capítulo VIII mostrou-se um filme com escolhas mais ousadas e inventivas, de certo o nono capítulo se apresenta mais conservador (talvez uma característica do diretor).
Entretanto, não se pode dizer que Star Wars: A Ascensão Skywalker erra em apelar legitimamente ao legado da saga e à nostalgia, que são elementos presentes fortemente em todos os capítulos. O filme todo faz uma grande homenagem aos seus episódios anteriores, sendo repleto de referências, e conta ainda com duelos épicos, a exploração de novos planetas, uma batalha espacial marcante e um final que apela ao mais íntimo do fã de Star Wars.
No capítulo IX, Rey e Kylo assumem de vez o protagonismo, com interpretações marcantes de Daisy Ridley e Adam Driver. O desenvolvimento da dupla é o ponto alto do filme; ambos são contrastes na Força e, ao mesmo tempo, se convertem em opostos àquilo que deveriam ser por nascimento. Esta ideia, em especial, é muito bem trabalhada no filme.
Poe e Finn, embora apareçam menos, também se destacam em determinado momento da trama, e concluem seu arco de desenvolvimento aqui: surgiram como renegados e passam a ser os comandantes das forças da Resistência, ocupando um lugar que até então lhes era inimaginável no capítulo VII. C3PO, por sua vez, é quem rouba a cena, honrando seu papel como melhor coadjuvante em toda saga; Chewie também recebe sua devida homenagem neste episódio. É fato, entretanto, que outros personagens acabaram escanteados.
Apesar de suas contradições, o episódio IX conta com todos os elementos que o fazem um filme digno da saga. Embora opte por caminhos mais fáceis e resoluções simplistas, não deixa de fazer uma grande ode aos personagens que marcaram suas três trilogias e de cativar o espectador com a releitura de diversos momentos épicos da obra.
Sem agradar gregos e troianos, Star Wars: A Ascensão Skywalker sente o peso da demasiada expectativa dos fãs; mas fato é que não há, em todos os nove capítulos da saga, consenso entre os melhores e piores filmes. Com erros e acertos, o capítulo IX entrega um fim nostálgico e emocionante ao arco principal da obra criada por George Lucas há mais de quarenta anos.
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