Resenha de Rain, HQ por Joe Hill, David M. Booher e Zoe Thorogood
Rain, a emocionante graphic novel criada por Joe Hill, David M. Booher e Zoe Thorogood, mergulha os leitores em um cenário apocalíptico singular, onde um dilúvio de agulhas se torna a força implacável que desencadeia a narrativa. Nesta obra intensa, testemunhamos o agravamento vertiginoso de um evento catastrófico que se propaga por todo o mundo, ameaçando desestabilizar a ordem conhecida e submergir a humanidade em um oceano de desespero. No epicentro dessa tempestade caótica estão as jovens Honeysuckle e Yolanda, cujas vidas são irrevogavelmente entrelaçadas com os desdobramentos sombrios desse fenômeno desconcertante. Essa HQ promete uma experiência visual e emocional única. Contudo, será que consegue cumprir? Realmente compensa ler Rain? Confira tudo em nossa resenha!
A consagrada narrativa “Chuva”, concebida por Joe Hill e originalmente apresentada no livro “Tempo Estranho”, ganha vida em sua adaptação para as páginas de uma história em quadrinhos. Joe Hill, laureado com o Prêmio Eisner de Melhor Escritor em 2011 por sua notável contribuição em “Lock and Key”, também foi agraciado com o Prêmio Bram Stoker na categoria Melhor Coletânea de Ficção em 2017, honraria concedida em virtude de sua obra magistral, “Tempo Estranho”.
Ficha técnica
Título Original: Rain
Editora original: Image Comics
Editora Brasileira: Devir
Roteiro: Joe Hill e David M. Booher
Desenhos: Zoe Thorogood
Tradução: Giovana Bomentre
Área de interesse: romance, fim do mundo
Público: adulto
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Enredo de Rain
Era um dia comum de agosto em Boulder, Colorado. Sob um céu límpido, Honeysuckle Speck experimenta uma felicidade inigualável. O motivo? Ela está prestes a se mudar para viver com sua namorada, Yolanda. A trama é narrada sob a perspectiva de Honeysuckle Speck, inclusive, uma jovem cujos pais não aceitam que ela tenha um relacionamento homoafetivo. Ela não conversa mais com o próprio pai. A mãe finge que Yolanda, sua namorada, não existe. Por sorte, a mãe de Yolanda parece legal.
Contudo, a normalidade de sua vida cotidiana é abruptamente rompida quando nuvens obscuras emergem, desencadeando uma chuva de agulhas: fragmentos de cristal translúcido capazes de rasgar a carne e causar ferimentos fatais àqueles desprotegidos. Os jornais dizem que é uma chuva de fulgurito, um tipo de cristal quando relâmpagos fazem minerais do solo se fundirem e movimentarem. Dessa forma, nós vemos um evento apocalíptico que se agrava, à medida que o dilúvio de agulhas se propaga pelo globo, ameaçando tudo o que a jovem Honeysuckle mais ama.
A jovem protagonista viu que Waldman, um amigo da vizinhança, foi o primeiro a morrer. Em seguida, a vizinha russa Martina. Um dos únicos sobreviventes da vizinhança foi Templeton Blake, um garoto conhecido como Pequeno Drácula, que tinha pele sensível à luz solar. A morte que mais doeu foi a de sua amada, Yolanda, com o corpo coberto com centenas de agulhas. Com extrema dificuldade, ela precisou continuar a sua própria vida, mas completamente diferente de como imaginava.
Rain revela-se não apenas como uma história de sobrevivência, mas como uma reflexão penetrante sobre os laços que podem ou não unir as pessoas diante da iminência da destruição. Mesmo em um momento pós-apocaliptico, nunca deixa de ter bandidos e fanáticos por aí, muitas vezes com a protagonista Honeysuckle Speck precisando de ajuda…
Realmente compensa ler?
E aí? Realmente compensa ler? Seim, compensa bastante! Embora não tenha se firmado como uma das minhas obras favoritas, Rain conseguiu cativar minha atenção com sua trama única e emocionalmente intensa. A narrativa insana e melancólica apresenta uma originalidade que merece reconhecimento, mantendo-me envolvido ao longo da leitura. A abordagem triste da história adiciona uma camada de profundidade, criando uma experiência que, mesmo não sendo totalmente satisfatória para meus gostos pessoais, destaca-se pela sua singularidade e impacto emocional.
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