Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (Birds Of Prey) – Resenha do filme estrelado e produzido por Margot Robbie
Ano: 2020 |
Título Original: Birds Of Prey: and the Fantabulous Emancipation of One Harley Quinn |
Dirigido por: Cathy Yan |
Divertido, alucinante e visualmente impecável. Aves de Rapina é um grande acerto da DC Films/Warner Bros., uma produção encabeçada e estrelada por Margot Robbie, cuja Arlequina se tornou um verdadeiro fenômeno na cultura pop recente.
O filme se passa após os eventos decorridos em Esquadrão Suicida, sem entretanto tornar necessário ao espectador relembrar a estória do filme dirigido por David Ayer. Na trama, Arlequina acaba de separar-se do Coringa, e ao tornar o fato público, começa a ser perseguida por um sem número de desafetos, uma vez que não conta mais com a proteção do maior criminoso de Gotham.
Em meio a diversas perseguições e conflitos, Arlequina busca sua autoafirmação, e em uma de suas desventuras, se vê envolvida no roubo do diamante de Ronan Sionis, o Máscara Negra (Ewan McGregor), o que a leva a cruzar o caminho de Dinah Lance, a Canário Negro (Jurnee Smollett-Bell), Helena Bertinelli, a Caçadora (Mary Elizabeth Winstead), e a detetive Renee Montoya (Rosie Perez). Tais conflitos acabam por unir os caminhos destas quatro mulheres, sobreviventes das mazelas e do jogo social da metrópole sombria.
Aves de Rapina é um filme incrivelmente gostoso de assistir. Com uma narrativa leve e muito bem elaborada, o longa amarra suas pontas de uma maneira criativa e pouco convencional. Conta com ótimas sacadas de humor, coreografias fantásticas – proporcionando algumas das melhores cenas de ação do universo cinematográfico DC – e, sobretudo, um verdadeiro festival de cores, apresentando uma estética única e fascinante de se ver nas telonas.
É inegável que Margot Robbie é o grande trunfo do filme. Sua Arlequina protagoniza a trama com um carisma imenso e, além disso, é a responsável pela narração e condução do enredo, inclusive quebrando a quarta parede em determinados momentos. Uma protagonista incrível e cativante, que neste longa se consolida como uma personagem com muita vida própria.
Entretanto, o elenco de apoio não deixa nem um pouco a desejar, embora algumas personagens, como a Caçadora, pudessem ter sido melhor exploradas. A Canário Negro, ainda que inserida em um contexto bastante diferente das HQs, funciona muito bem dentro da trama; os vilões Victor Zsas (Chris Messina) e Máscara Negra – mais uma excelente atuação de Ewan McGregor – também se mostram carismáticos e ótimos antagonistas. Mas o maior destaque fica por conta da pequena Ella Jay Basco como Cassandra Cain, que se torna o ponto central da trama.
Mas, sobretudo, Aves de Rapina é um filme que fortalece a figura feminina, apresentando heroínas fortes, sagazes, independentes e que fogem aos estereótipos sexualizados sob os quais a grande maioria das super heroínas foram construídas nas últimas décadas. O longa toca na ferida do machismo estrutural e mostra que não é necessário apelar ao sexismo para se ter protagonistas mulheres.
Quem espera apenas um spin-off de Esquadrão Suicida vai se surpreender com um filme muito mais divertido e bem produzido, mostrando que um supergrupo de heroínas merece todo espaço possível no universo cinematográfico. Aves de Rapina é um ótimo longa-metragem e, quem sabe, o início de uma nova franquia de sucesso?
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