Nome: Code Geass: Lelouch of the Rebellion | Data: 2006 (R2 em 2008) |
Estúdio: Sunrise | Criador: Goro Taniguchi, Ichiro Okouchi |
Diretor: Goro Taniguchi | Episódios: 50 (~20 minutos cada) |
Numa mídia dominada por um única gênero, poucas são as obras que recebem a atenção que merecem. Enquanto para todos os lados somos apresentados a Shounens e mais especificamente – nos últimos anos, pelo menos – a Isekais, alguns Seinens se destacam. O mais famoso dele, sem duvidas, é Death Note, mas temos outros como Parasite Maxim e, aquele que falaremos hoje, Code Geass.
Mais do que uma premissa
Por se tratar de uma anime antigo, não darei detalhes do roteiro, vamos ser bem diretos em suas qualidades e defeitos – que são poucos. Pra começar, assim como Death Note, Code Geass não cai no erro de se basear em uma única premissa. O Geass, poder de Lelouch, é um gatilho para o começo de tudo, mas somos apresentados a um mundo bem particular da história. A guerra política e a Revolução que consta no nome do anime, ocupam 90% da história, sendo autossuficiente e a história não fica tão dependente do Geass.
É importante a história ser capaz de criar elementos e personagens suficientes. Death Note possui uma grande premissa através do livro que poderia gerar infinitas ramificações, mas seu grande atrativo não envolve o livro e sim o conflito entre L e Kira. Aqui, Lelouch possui carisma objetivos suficientes para carrega a história. É incrível, também, como diversos personagens são introduzidos de maneira orgânica e todos são capazes de ter seus momentos. O trabalho em cima do protagonista é perfeito, apresentando todas as faces de Lelouch, seja através da máscara de Zero ou de um simples estudante. O personagem é humano, se vê em desespero, conta com a sorte quando necessário e tem duvidas, comete erros, assim como todos os demais ao seu redor.
Nem tudo é perfeito em Code Geass
A história acaba caindo em alguns clichês, como todas as personagens femininas se apaixonando pelo protagonista, mas vale também o ótimo destaque que elas recebem, algo difícil de se ver em animes mesmo hoje em dia. Da maioria das grandes obras dos animes que ganham sucesso mundial, sem duvidas Code Geass é a mais equilibrada nesse sentido – que eu vi, pelo menos.
A história também tinha um grande desafio em encerrar bem, após boas reviravoltas e o plano Requiém de Zero. Pra mim, o final foi satisfatória e condizente com o que veio antes, mas senti uma certa decepção com a utilização de Schneizel, que parece ser vilanizado de repente em nome do plano do protagonista não ser contestado pelo telespectador. Isso incomoda, pois diversas vezes o enredo discute as ações de Lelouch através de Suzaku, e com a união dos dois no final, só restou aceitar que Lelouch era o único certo naquilo tudo. A história acabou ficando sem uma de suas melhores características logo em seu final.
Ah, antes de encerrar, há filmes que resumem a história e aparentemente mudam diversas cenas, indicando um novo final para o filme ‘A ressurreição de Lelouch’. Ainda não os assisti para mencionar aqui, mas talvez assista para uma outra análise separada. Quem sabe…
Code Geass está disponível na Netflix, Crunchyroll e Funimation.