Ano: 2004 |
Título Original: Hikari No Machi / City of Light |
Arte e Roteiro: Inio Asano |
Avaliação: ★★★★☆(Ótimo) |
O autor Inio Asano (Sonalin) nos traz neste mangá um compilado de histórias que se passam na Cidade da Luz, que é uma área residencial que fica aos arredores de Tóquio. A narrativa segue diversas histórias de pessoas que moram nesta cidade comum. Temos aqui pessoas normais: um autor de mangá, um casal, uma criança, um criminoso, um policial e etc. Asano nos mostra o quão banais, fantásticas, sombrias e felizes podem ser essas pequenas histórias. A obra acaba de chegar ao Brasil pela Editora Panini.
Ao folhearmos as páginas do mangá, já podemos notar o nível de detalhe quanto a arte, os personagens e principalmente os cenários, que são extremamente caprichados. Só pela arte já valeria dar uma olhada na obra, mas sua maior qualidade é sem dúvida o roteiro. A maneira simplista mas ao mesmo tempo fantástica em contar a história é algo que cativa o leitor logo no prelúdio. Asano tem uma narrativa ágil e consegue construir diálogos de alto nível com diversos temas. Ora temos momentos tristes e dramáticos e conseguimos sentir o que os personagens estão passando. Em outros, um breve sorriso escapa dos lábios ao vermos um momento de calmaria e felicidade. Temas como suicídio, abandono, desemprego, romance, amizade, sonhos, são alguns dos pontos que são tocados com bastante relevância e fazem a obra ganhar ainda mais impacto, não por serem estes temas, mas sim por conta da maneira que eles são trabalhados.
O leitor deve ficar bem atento e apreciar o mangá ao máximo, pois tem muita coisa nos detalhes, já que muitas das histórias acabam se entrelaçando conforme vamos avançando. É simplesmente um mangá incrível. Os personagens e suas passagens acabam por marcar significativamente o leitor. É bem possível que depois de você ler isto, fique um pouco reflexivo e associe algo que foi questionado no mangá a sua própria vida. Inio Asano é sempre um nome que deve ser observado, pois aqui ele mostra o seu poder de narrativa, ao nos proporcionar uma visão extraordinária e atenta da vida comum.