Nome: Ajin 1° – Temporada | Ano: 2016 |
Episódios: 13 (~24min cada) | Criador: Tsuina Miura e Gamon Sakurai |
Estúdio: Polygon Pictures | Gênero: Ação, Mistério, Terror, Seinen. |
Sinopse de Ajin
Lançado em 2016, Ajin é uma história que conta sobre um mundo onde existem seres imortais que revivem sempre que são mortos. Seus corpos são regenerados por uma partícula preta, estes seres são chamados de Ajin e assim o mundo todo os teme. Nagai Kei, após sofrer um acidente é descoberto um Ajin e passa a fugir por todo japão. Enquanto busca um lugar onde possa viver como um humano comum ele lida com a perseguição, além de outros Ajins.
A história
A história é surpreendente pelo caminho que toma ao longo de seus 13 episódios. Por uma falha de informação, eu acreditava que era uma única temporada enquanto assistia, então acompanhei com a expectativa que tudo se encaminhasse para um fim que não veio em momento algum. Até aquele momento, o roteiro pareceria forçado, mas no fim das contas fui surpreendido.
Três frentes
Apesar da história ser protagonizada por Nagai Kei, o grande mérito de Ajin é fazer a roda girar sem que seu protagonista esteja no centro de tudo. Mesmo sendo o ponto de partida da história, ele, pelo menos até o fim da primeira temporada, é uma mera peça do tabuleiro. Um simples peão, que observa de longe na maior parte do tempo. Com isso, a história se resume ao confronto entre o vilão Satou e Tosaki, ambos do lado “errado” da história.
Como é comum em história com seres diferentes do resto, o pano de fundo é o preconceito. Apesar de algo batido, sempre faz sentido, a humanidade costume temer o desconhecido, o diferente e os Ajins são assim. Com isso, passamos a acompanhar três vertentes. Os vilões que buscam a liberdade de sua raça da maneira mais drástica. Os vilões que defendem a humanidade destes seres, mas para isso cometem insanidades com os Ajins. E os que querem viver em paz sem que um dos lados precise ser subjugado ao outro.
O legal de Ajin é o fato de Nagai Kei não estar evolvido com nenhum destes três pontos. O protagonista possui uma personalidade bem comum a personagens de Seinen, extremamente frio e egoísta. Porém, este aqui é um pouco mais realista, tendo a comum atitude de “não me importo desde que esteja longe de mim”. Ou seja, mesmo alegando ser neutro quanto a maioria das coisas, ele costuma se envolver com as pessoas e é afetado pelo que acontece com elas, liberando um lado mais humano e tornando as atitudes de Kei menos batidas.
Os dois vilões
Satou e Tosaki, acabam sendo os grandes protagonistas deste primeira temporada, fazendo um embate maravilhoso. Principalmente no espetacular 12° episódio, que é o auge de tudo que foi trabalhado ao longo dos 11 anteriores. Mesmo com algumas incoerências do roteiro, o clímax é salvo pela câmera e pela trilha sonora. A todo o momento somos pegos pela tensão de descobrir o que vai acontecer e como não há envolvimento do protagonista, sabemos que qualquer um pode vencer e o roteiro toma cuidado para garantir sempre que quem quer que vença, os inocentes são quem saem perdendo. Isso gera maior surpresa na hora do resultado, já que qualquer coisa poderia acontecer. É uma situação rara e precisa ser muito bem trabalhada, como foi, mas principalmente executada.
Animação
Além do roteiro e trilha sonora, que colaboram juntos para causar os sentimentos que devem, a animação também faz seu trabalho. Com um 3D que pode causar estranheza a principio para o público de animes, mas colabora muito para o realismo de várias cenas. Principalmente nas expressões dos personagens. Fica meio estranho durante as lutas, que são confusas naturalmente pela natureza dos combatente e a movimentação parece meio travada, mas a direção corrigi esses problemas com os ângulos certos para que não fiquemos perdidos durante os combates.
Conclusão de Ajin
Com algumas estranheza no 3D, mas um roteiro extremamente bem amarrado e cheio de vertentes além da pura aventura do protagonista, que flui com uma naturalidade incrível e crível, Ajin é uma bela história para se acompanhar. Se decidir acompanhar a segunda temporada, confira nossa análise dela aqui!
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