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Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (Filme) | Análise

Após dois bons filmes, Harry Potter precisava de um tom diferente em suas histórias. Com A Pedra Filosofal e A Câmara Secreta seguindo uma estrutura e conceitos muito parecidos, O Prisioneiro de Azkaban veio com uma missão de dar um ar de novidade para que a saga de filmes não soasse repetitiva.

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Fica nítido desde o início as mudanças que o Prisioneiro de Azkaban tráz. Primeiramente, logo na introdução do filme vemos mudanças na personalidade de Harry, entrando na adolescência. Estas mudanças se estendem à Hermione ao longo do filme – Rony, por outro lado, está mais apagado do que nunca. Fica aqui uma lamentação pessoal em relação ao sotaque britânico que vai se perdendo mais a cada filme.

Já aproveitando a menção aos personagens, professor Lupim representa a principal repetição em relação aos outros dois filmes, já que é o novo professor que movimenta a trama, assim como havia um nos dois primeiros. Além disso, J. K. Rownling – aqui parto do principio que a base do roteiro é a mesma nos filmes – trabalha novamente um plot twist para ser revelado ao final da história. É uma estrutura parecida com a dos outros dois, porém este filme acaba dependendo menos destes elementos.

Seguindo em relação aos personagens, a atuação de Emma Watson finalmente entra em sintonia com o resto do elenco, justamente no filme em que foi mais exigida devido ao aumento de complexidade de sua personagem. Daniel Radcliff também introduz certa raiva e seriedade partindo de Harry, abandonando um pouco a inocência do protagonista. É um bom trabalho de crescimento dos atores junto a seus personagens.

Sirius Black

Aqui entramos no grande diferencial do filme em relação aos dois primeiros. Há um aprofundamento no universo de Harry Potter para além dos créditos – seja os iniciais, ou os finais. Há uma sensação de movimentação da história independente de Harry, o que dá uma vida e veracidade muito maior ao mundo bruxo. Tudo isso devido ao personagem de Sirius, que surge como uma grande ameaça trabalhada ao longo de todo filme, sempre carregada de mistério.

Os dementadores, apesar de criaturas visualmente clichês, também trazem uma sensação de perigo ao longo de toda obra, o que falta nos dois primeiros. Junto com as criaturas, a fotografia do filme traz sempre um tom mais cinza, acompanhada de um tempo constantemente nublado e até meio melancólico. Ironicamente, tais elementos acompanhados com as roupas mais casuais dos personagens, causam uma sensação de um filme “menos magico”, ainda que ele tenha expandido consideravelmente o universo bruxo.

Em conclusão

Pode soar repetitivo, pois disse o mesmo nas análises anteriores, mas por não ter lido os livros – pretendo lê-los assim que sobrar money -, sou incapaz de avaliar a obra como adaptação. Todavia, como filme, O Prisioneiro de Azkaban foge um pouco da fórmula utilizada nos dois anteriores.

Não só a viagem no tempo, mas a ameaça e o clímax do filme finalmente trazem a sensação de estarmos acompanhando histórias contínuas e conectadas. Se trata de uma mudança de clima, visual e de amadurecimento, não só para a saga Harry Potter, mas também para seus personagens. Uma pena que Rony acaba destoante do resto do filme, sendo seu rato mais importante para trama do que ele próprio.

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