
Game Review: Pivot of Hearts é bonito, emocional, mas ideal para fãs de narrativas sem ação
Olá, gamers de plantão! Hoje estou aqui com a game review de Pivot of Hearts! Esse jogo é do estúdio Dragonroll Studio e fiquei super empolgada quando vi que era brasileiro! Afinal, sempre dá aquele orgulho quando vemos produções nacionais ganhando espaço no mundo dos games. A única questão que posso avisar logo de começo: No fim das contas, talvez acabe soando um pouco parado para quem não curte muito Visual Novels. Para os fãs, já fica a recomendação!
Como um bom Visual Novel, o jogo é totalmente focado em narrativa, o que não seria um problema se a execução fosse mais envolvente. Eu, pelo menos, esperava algo no estilo de Affogato: também centrado em diálogos, onde a gente passa um bom tempo lendo, mas que em alguns momentos deixa a gente andar por conta própria e fazer cafés, o que já ajuda a quebrar o ritmo e deixar a experiência mais dinâmica. Já Pivot of Hearts parece mais uma sequência de diálogos em imagens estáticas, com pouquíssima interação.
Por um outro lado, eu devo destacar desde já que o estilo artístico dele é muito fofinho (meus parabéns à ilustradora Lívia Santos!), com personagens bem desenhados e cenários agradáveis de ver. Além disso, não constatei bugs ou qualquer outro problema similar que afetasse minha experiência no jogo. Isso vale muito e é o que me fez dar uma nota boa ao jogo! Apenas sendo a chata mesmo, fã de ação, acreditando que seria mais interessante se logo de início a gente pudesse fazer mais escolhas, em vez de só ficar assistindo à história se desenrolar sem muita participação nossa.
Ficha técnica
- Data de lançamento: 21 de maio de 2025
- DESENVOLVEDOR: Dragonroll Studio
- DISTRIBUIDORA: Dragonroll Studio
- 8 horas de gameplay
- Mecânica de cartas baseada em Tarô
- 5 finais diferentes
- Não-monogamia saudável!
- Trilha sonora original por Livia Maki Yoshikawa
- Ilustrações originais por Lívia Santos
- Disponível em português e inglês
Sobre o que é Pivot of Hearts?
Em Pivot of Hearts, acompanhamos Wén Xiàn, um programador talentoso que está prestes a lançar seu tão aguardado jogo, mas que, para sua frustração, ainda apresenta alguns bugs complicados. Enquanto tenta equilibrar prazos apertados, pressão profissional e autocobrança, Wén também se vê diante de uma inesperada segunda chance no amor. No entanto, nem tudo acontece como ele imaginava. Será que ele está pronto para se abrir a novas possibilidades, desafiar convenções e seguir por um caminho menos tradicional em busca da verdadeira felicidade?
Desenvolvido pelo estúdio brasileiro Dragonroll Studio, Pivot of Hearts é uma visual novel que quebra padrões ao explorar relacionamentos queer e não-monogâmicos de forma sensível e realista. A narrativa é ambientada em São Paulo e se desenrola por meio de múltiplos caminhos e escolhas que impactam diretamente o desfecho da história. O jogo oferece cinco finais únicos, um sistema interativo de Tarô que guia decisões importantes e um elenco de personagens diversos e profundamente representativos, com histórias que fogem dos estereótipos e abraçam a complexidade das vivências LGBTQIA+.
Para quem curte um romance que se constrói aos poucos, fica o aviso: aqui, a conexão não acontece da noite para o dia. Primeiro vemos Wén reencontrar Etsuko, sua antiga amiga dos tempos de escola, reviver memórias, compartilhar momentos e, só então, descobrir um novo tipo de afeto surgindo entre eles. O mesmo vale para Caio, seu colega de trabalho, com quem a convivência diária vai aos poucos revelando sentimentos mais profundos. Pivot of Hearts nos convida a repletir sobre intimidade e autenticidade, muito além dos clichês românticos. É um dos pontos positivos do jogo.
Experiência cuidadosamente construída
A experiência de Pivot of Hearts foi cuidadosamente construída para oferecer muito mais do que uma simples visual novel: ela propõe uma trama profunda, emocional, sensível e altamente envolvente. Composta por quatro capítulos e cinco finais distintos, a narrativa se ramifica de acordo com as decisões do jogador, totalizando mais de 100 mil palavras de diálogos ricos e significativos. Cada escolha abre novos caminhos, permitindo uma imersão que valoriza tanto os detalhes quanto a complexidade das relações humanas.
Ao longo da história, Pivot of Hearts nos convida a explorar dinâmicas relacionais que fogem das convenções tradicionais. Aqui, vínculos românticos, platônicos e não monogâmicos ganham espaço para se desenvolver com autenticidade e nuance, sempre guiados pelas escolhas do jogador. O jogo trata esses temas com delicadeza e realismo, oferecendo uma visão contemporânea e inclusiva dos afetos e das formas de se conectar com o outro.
Essa proposta ganha ainda mais força graças à representatividade presente em seus personagens. Longe de estereótipos e moldes repetitivos, o elenco é formado por pessoas com diferentes orientações sexuais, identidades de gênero, origens étnicas e tipos de corpo. Cada personagem traz uma história própria, um olhar único sobre o mundo e, com isso, contribui para tornar uma experiência mais empática e diversa. Pivot of Hearts é um convite à empatia, à escuta e à experimentação de novas formas de se relacionar. Uma experiência singular que mistura introspecção, afeto e escolhas significativas.
Jogabilidade quase nula
A jogabilidade aqui é quase nula, por seguir o gênero visual novel. Não podemos fazer confusão com títulos como Affogato e The Quarry que também são focados em narrativa, com a diferença que nos trazem mais decisões e algumas raras porradarias. Pivot of Hearts é o clássico visual novel que a gente mais lê do que qualquer outra coisa. Algumas vezes, a gente apenas clica mesmo com o mouse para fazermos algumas raras decisões; a gente também clica no ESC para abrir a janela de salvamento e não muito mais do que isso por aqui.
Um dos elementos do jogo é o sistema interativo de Tarô, que atua como uma camada simbólica nas interações entre os personagens. As cartas surgem em momentos-chave e influenciam o rumo das conversas e decisões, funcionando como um espelho dos desejos, medos e necessidades que movem cada personagem. Esse recurso adiciona profundidade à mecânica narrativa, mas senti falta de termos mais escolhas relacionadas às cartas É tudo muito limitado nesse sentido, ou seja, o jogo pouco nos convida a interagir de verdade.
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