Nova pesquisa da Abragames revela que Brasil possui mais de mil estúdios de desenvolvimento de jogos

Levantamento foi feito em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil) e divulgado nesta quarta-feira durante o BIG Festival; entre outros dados, estudo apresenta o mapeamento dos estúdios por região, informações sobre participações em eventos internacionais, tecnologias utilizadas, diversidade, capacidade de produção, fontes de receitas e expectativas

Abragames

Nova pesquisa da Abragames revela que Brasil possui mais de mil estúdios de desenvolvimento de jogos

Exatamente! Nova pesquisa da Abragames revela que Brasil possui mais de mil estúdios de desenvolvimento de jogos! Cerca de quatro anos atrás, o Brasil possuia 375 estúdios de desenvolvimento de jogos eletrônicos. Mas agora a nova pesquisa da Abragames mostra que esse número subiu para 1.009, um aumento de 169%! Isso então reflete o excelente momento do setor no país.

Os dados fazem parte da 1ª Pesquisa Nacional da Indústria de Games, realizada pela Abragames (Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil). Divulgaram as pesquisas nessa quarta-feira (6 de junho), em painel promovido pela Abragames no BIG Festival! BIG Festival é o grande festival de jogos, criação e negócios da América Latina.

Da esquerda para a direita: Eros Ramos, gestor de projetos setoriais da ApexBrasil; Carolina Caravana, vice-presidente da Abragames; Eliana Russi, diretora de operações da Abragames/Brazil Games, e Rodrigo Terra, presidente da Abragames, durante o anúncio da 1ª Pesquisa Nacional da Indústria de Games, no BIG Festival 2022.
Da esquerda para a direita: Eros Ramos, gestor de projetos setoriais da ApexBrasil; Carolina Caravana, vice-presidente da Abragames; Eliana Russi, diretora de operações da Abragames/Brazil Games, e Rodrigo Terra, presidente da Abragames, durante o anúncio da 1ª Pesquisa Nacional da Indústria de Games, no BIG Festival 2022.

O estudo traz um mapeamento inédito da indústria brasileira de desenvolvimento de games e apresenta dados que colocam o país como um importante hub do setor na América Latina, além de um celeiro de talentos para o mercado global de jogos eletrônicos. O aumento significativo na quantidade de estúdios, de 2018 para 2022, tem muito a ver com o amadurecimento da nossa indústria e hoje temos quase 20% dessas empresas em atividade por um período entre 10 e 15 anos.

Rodrigo Terra, presidente da Abragames, sobre a nova pesquisa da Abragames

O mapeamento dos estúdios brasileiros por região

Outro dado da 1ª Pesquisa Nacional da Indústria de Games que chama a atenção é a distribuição geográfica dos estúdios por todo o Brasil. O ambiente de produção está cada vez mais digitalizado e conta com a presença de estúdios em todos as regiões do país. Contudo, o Sudeste concentra a maioria dos desenvolvedores (57%), seguido do Sul (21%), Nordeste (14%), Centro-Oeste (6%) e Norte (3%).

Temos um cenário cada vez maior e mais rico no Brasil, e o levantamento nos ajuda a compreender quem são esses estúdios, onde estão, o que estão fazendo e o que precisam para se desenvolver. Portanto, é mais uma ferramenta para que a Abragames possa apoiá-los da melhor forma possível a fim de gerar desenvolvimento como empresas, negócios e cases de sucesso.

Eliana Russi, diretora da Abragames

Qualidade e diversidade

O levantamento mostra que há cerca de 12.441 brasileiros trabalhando com desenvolvimento de jogos, sendo 29,8% mulheres. Nas pesquisas de 2018 e 2014, contudo, as mulheres representavam apenas 20% e 15%. Além disso, mais da metade das empresas brasileiras (57%) afirmam ter uma força de trabalho diversa! Dessa forma, contam com pessoas de diversas etnias e gêneros, assim como idosos, estrangeiros, refugiados, portadores de deficiência.

Para qualificar a indústria, portanto o Brasil conta com mais de quatro mil cursos de graduação de Jogos Digitais e de Design de Games cadastrados no Ministério da Educação. Infelizmente, até o momento poucos cursos são oferecidos pelo setor público.

Nova pesquisa da Abragames mostra talento internacional

Já se esperava que muitos estúdios brasileiros revelassem negócios com empresas do exterior. Contudo, o resultado foi acima do esperado! Afinal, 57% das desenvolvedoras tiveram grandes vendas a empresas de outros países somente em 2021.

Os principais mercados consumidores das produções brasileiras são Estados Unidos e América Latina. Respectivamente, fizeram negócios com 55% e 53% dos estúdios brasileiros, conforme a nNova pesquisa da Abragames.

Participação dos principais eventos da indústria

A presença brasileira também se estende à participação em eventos internacionais, seja acompanhando sessões de conteúdo, ou então expondo produtos ou atuando em rodadas de negócios e missões comerciais.

Desde 2013, o Brazil Games, projeto setorial de exportação realizado pela Abragames em parceria com a ApexBrasil, tem levado comitivas brasileiras aos principais eventos da indústria global. Além de proporcionar uma importante experiência com desenvolvedores de culturas diversas e ampliar os contatos comerciais, a iniciativa tem sido um grande facilitador de projetos e, consequentemente, um impulsionador de novos negócios.

Carolina Caravana, vice-presidente da Abragames

Conforme a ,ova pesquisa da Abragames, 39% dos estúdios brasileiros que estão em atividade e responderam a pesquisa já participaram de eventos internacionais de negócios como visitantes ou ouvintes. Além disso, 33% estiveram em rodadas internacionais de negócios, 17% foram a eventos internacionais como expositores ou palestrantes e 13% fizeram parte de missões comerciais em outros países.

Indústria tecnológica

O alinhamento dos brasileiros com a indústria internacional também pode ser analisado sob o ponto de vista técnico. Atualmente, entre os estúdios nacionais, 83% da amostragem utiliza o motor gráfico Unity em seus projetos. Em segundo lugar, aparece a utilização da Unreal Engine, da Epic Games, com 23%, seguida de Blender Engine (13%), Construct (11%) e Game Market (7%).

Capacidade de produção

A pesquisa também mostra que a imensa maioria dos estúdios (93%) participantes do levantamento desenvolve suas próprias PIs (propriedades intelectuais). Já 18% licenciam projetos de outras empresas, 17% estão envolvidos com projetos transmídia e 13% licenciam suas PIs.

Entre os serviços oferecidos pelos estúdios brasileiros a terceiros, encabeçaram a lista em 2021: protótipo do jogo (49%), assim como game design (42%), design de aplicativos (28%), gamificação (28%), desenvolvimento de softwares (26%) e construção ou design de níveis (25%).

Fonte de receita por tipo de jogo

Por fim, a pesquisa levantou as fontes de receita dos estúdios por tipos de jogos. Embora seja comum que uma desenvolvedora atue em mais de uma área, para efeito de levantamento foi levada em conta apenas a indicação da maior receita. Entre os respondentes, destacaram-se: jogos de entretenimento (76%), jogos educacionais (12%), advergames (6%), treinamento corporativo (4%) e simuladores com uso de hardware específico (1%).

Os dispositivos mobile (38%) são a principal plataforma tecnológica utilizada! É seguida pelos PCs (20%), consoles (17%), web (13%), realidade virtual/ realidade aumentada (9%) e redes sociais (0,4%).

Nova pesquisa da Abragames mostra expectativas e potencial de crescimento

O presidente da Abragames acredita que, apesar dos desafios impostos pela pandemia e pela crise econômica dos últimos anos, a indústria brasileira segue em plena ebulição e constante evolução.

Além dos números e fatos apresentados nessa pesquisa, nossas expectativas são ainda mais otimistas por fatores como a presença oficial no Brasil de diversas multinacionais da indústria e seus planos de incentivo ao desenvolvedor local, excelentes resultados dos nossos estúdios na área de desenvolvimento externo (XD) e até mesmo pelo crescimento do trabalho remoto, que fez com que muitos profissionais brasileiros passassem a trabalhar diretamente para empresas de outros países.

No setor privado, a Abragames espera uma intensificação das atividades, investimentos e publicações internacionais! Além disso, também aguarda um ganho de escala em oportunidades de negócios de áreas emergentes e um aumento ainda maior da relevância dos eventos brasileiros no cenário internacional. Já no setor público, é esperado um aumento quantitativo e qualitativo de ações que apoiem as empresas de acordo com sua localização, porte e foco.

Sobre a Abragames

A Abragames, Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais, surgiu em 2004 como uma entidade sem fins lucrativos. O seu objetivo era de fortalecer a indústria nacional de desenvolvimento de jogos. A missão da Abragames é coordenar, fortalecer e promover a indústria brasileira de jogos digitais.

Sobre o Brazil Games

O Projeto Setorial de Exportação Brazil Games é um programa sem fins lucrativos, criado pela Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Digitais) em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). O seu objetivo é fortalecer a indústria brasileira de jogos digitais. Além disso, deseja capacitar e crianr novas oportunidades de negócios para as empresas brasileiras no mercado internacional.

Sobre a ApexBrasil

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior. Além disso, também atrai os investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. A Agência realiza ações diversificadas de promoção comercial.

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Austra Caroline
Come to the Dark Side. We have coffee with cookies! ☕ Sou Arqueóloga e estudante de História, com atuação como Educadora Patrimonial, onde busco preservar e compartilhar o valor do nosso patrimônio cultural. Além disso, sou redatora em sites voltados para conteúdo nerd, Geek e cultura pop, sempre explorando o universo da cultura geek com entusiasmo. Sou apaixonada por jogos de Hack & Slash, com destaque especial para a série Devil May Cry, que alimenta minha paixão pelo gênero. Nas horas vagas, também me dedico à escrita, onde expresso minha criatividade e amor pela narrativa.

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