As Consequências da Pressão Sobre Funcionários da Indústria do Entretenimento

Imagem de Sammy-Sander por Pixabay
As Consequências da Pressão Sobre Funcionários da Indústria do Entretenimento. / Imagem de Sammy-Sander por Pixabay

As Consequências da Pressão Sobre Funcionários da Indústria do Entretenimento

A indústria do entretenimento é uma das mais lucrativas do mundo, com produções que variam desde filmes e séries até jogos e animes. Contudo, por trás do glamour e das grandes obras-primas, esconde-se um lado sombrio que muitas vezes passa despercebido: a pressão sobre os funcionários para entregarem projetos em prazos impossivelmente curtos. No ano passado, um exemplo notório foi o lançamento da série Mulher-Hulk, que gerou polêmica após os fãs reclamarem dos trailers. Logo em seguida, notícias vieram à tona sobre as condições de trabalho dos funcionários dos estúdios, revelando um problema recorrente na indústria.

Prazos Impossíveis e Baixos Salários: Um Problema Alarmante

A série “Mulher-Hulk” serve como um exemplo impactante das pressões enfrentadas pelos funcionários da indústria do entretenimento. Após os fãs manifestarem descontentamento com os trailers, surgiram relatos de funcionários denunciando seus empregadores, alegando baixos salários e prazos insustentáveis. Muitos se perguntaram como estúdios milionários poderiam pagar tão mal a seus trabalhadores, especialmente quando se tratava de produções de grande escala. Roteiristas, por exemplo, estavam recebendo meros 300 dólares por roteiro, apesar de trabalharem para estúdios multimilionários. Claro, isto não é algo exclusivo Marvel. Pedro Pascal ficou milionário com The Last of Us. Contudo, Bella Ramsey intepreta a protagonista Ellie e não obteve o mesmo salário.

A situação chegou a um ponto crítico no início de 2023, quando roteiristas e atores de diversos estúdios se uniram em uma greve, exigindo melhores condições de trabalho. A pressão intensa para produzir conteúdo de alta qualidade em prazos tão curtos estava levando a um esgotamento generalizado e prejudicando a criatividade.

Vejo pelos comentários nas redes sociais que muitos ainda estranham que a greve tenha durado tanto tempo, mas acho justo. No portal Jovem Nerd, podemos ler a notícia mostrando que Tatiana Maslany, de Mulher-Hulk, critica falas do CEO da Disney sobre greve: O executivo Bob Iger havia afirmado que os sindicatos “não estão sendo realistas” em suas demandas. Ela lembra que quem trás os espectadores e o dinheiro é justamente os trabalhadores:

[Com as falas] Ele foi completamente fora da realidade. Ele está sendo insensível com as pessoas que fazem as séries acontecerem, que fazem as pessoas assistirem a esses seriados, que trazem telespectadores e dinheiro para ele. Como trabalhei em uma série da Disney, eu sei quando as pessoas falham e quando as pessoas são exploradas e é ultrajante a quantidade de riqueza que não é compartilhada com quem realmente faz todo o trabalho. Isso é, com a equipe, elenco, escritores.

Tatiana Maslany em entrevista à revista The Hollywood Reporter

Eu fui uma das pessoas que não gostou da série Mulher-Hulk, pois alterou muito o material de origem. Contudo, não podemos esquecer que, nós gostando ou não de uma produção, ela existe porque alguém estava ali trabalhando para o projeto acontecer. Lembram-se de Van Helsing – O Caçador de Monstros, de 2004, com efeitos especiais perfeitos? Pouco provavelmente houve um pagamento ou um prazo tão desproporcional à sua equipe.

Consequências na Qualidade das Obras

A pressão por entregas rápidas tem um impacto direto na qualidade das obras. Quando os prazos são curtos e os recursos são limitados, os funcionários frequentemente são forçados a cortar cantos e comprometer a qualidade. Isso pode resultar em produtos finais que deixam a desejar, desapontando tanto os fãs quanto os próprios artistas envolvidos no projeto. A série “Mulher-Hulk” não foi a única a sofrer com essa problemática. A segunda temporada de “Jujutsu Kaisen” também experimentou problemas em sua animação devido à pressão constante sobre a equipe de produção. Decidi trazer esse texto graças a uma notícia que li no X (antigo Twitter):

Mudanças Necessárias na Indústria do Entretenimento

Diante dessas revelações e greves, a indústria do entretenimento está sendo forçada a enfrentar a questão da pressão sobre os funcionários. Os estúdios precisam reconhecer que a criatividade e a excelência artística não podem ser alcançadas sob condições de trabalho prejudiciais. É imperativo que sejam tomadas medidas para melhorar os salários e garantir que os prazos sejam realistas, de modo a permitir a criação de obras de alta qualidade.

Os fãs, por sua vez, desempenham um papel importante ao apoiar as demandas dos funcionários e ao fazer escolhas conscientes em relação ao consumo de conteúdo. Apoiar estúdios que valorizam seus funcionários e proporcionam condições de trabalho justas é essencial para induzir mudanças positivas na indústria do entretenimento.

Conclusão

A pressão sobre os funcionários da indústria do entretenimento para criar obras-primas em prazos impossivelmente curtos e com salários inadequados é um problema que está sendo cada vez mais exposto. A série “Mulher-Hulk” e a segunda temporada de “Jujutsu Kaisen” são exemplos recentes de produções que sofreram devido a essa pressão. Para garantir a sustentabilidade e a qualidade da indústria do entretenimento, é essencial que os estúdios adotem práticas de trabalho mais justas e realistas, proporcionando aos funcionários as condições necessárias para criar obras que encantem os fãs em todo o mundo.

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Austra Caroline
Come to the Dark Side. We have coffee with cookies! ☕ Sou Arqueóloga e estudante de História, com atuação como Educadora Patrimonial, onde busco preservar e compartilhar o valor do nosso patrimônio cultural. Além disso, sou redatora em sites voltados para conteúdo nerd, Geek e cultura pop, sempre explorando o universo da cultura geek com entusiasmo. Sou apaixonada por jogos de Hack & Slash, com destaque especial para a série Devil May Cry, que alimenta minha paixão pelo gênero. Nas horas vagas, também me dedico à escrita, onde expresso minha criatividade e amor pela narrativa.

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