Resenha da quarta temporada de Club de Cuervos, da Netflix
Ano: 2019 |
Título Original: Club de Cuervos |
Produção: Netflix | Nº de Episódios: 12 |
Avaliação: ★★★★★ (Excelente) |
Após dois anos, a quarta temporada de Club de Cuervos (e também a última, infelizmente) finalmente veio ao ar na Netflix, encerrando com chave de ouro a saga dos irmãos Iglesias e seu problemático clube de futebol.
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A temporada segue exatamente do gancho deixado pela terceira: Chava e Isabel se veem diante de um impasse com o empresário Armando Cantú, ficando à sua mercê e passando a ficar, praticamente, obrigados a vender os Cuervos de Nuevo Toledo.
Os irmãos conseguem uma manobra para se livrar da dívida imposta por Cantu. No entanto, a forma como conseguem segurar o clube e se manter na primeira divisão esbarra nos manda-chuvas da federação mexicana de futebol, cujos principais mandatários monopolizam também o sistema de transmissão de jogos do país.
A quarta temporada de Club de Cuervos aborda equilibradamente e com ainda mais afinco as duas questões centrais que permeiam a trama: a política do México, o poder dos monopólios e o favorecimento aos grandes empresários; e o aspecto futebolístico, tanto dentro de campo quanto nos bastidores, com as relações diretivas e motivacionais de atletas, dirigentes e treinadores.
Esta temporada, em particular, é o auge da série, o que se prova em diversos pontos. Primeiro, mostra um enredo completamente atual, abordando temas como a Copa do Mundo de 2026 na América do Norte e também o poder das transmissões via streaming – algo que já é realidade em todo mundo, inclusive no Brasil.
Em segundo, a quarta temporada de Club de Cuervos eleva ao máximo os seus personagens – não somente Chava e Isabel, mas mesmo os demais coadjuvantes, explorando seus dramas e trazendo a resolução que cada personagem atingiu após quatro incríveis temporadas. Traz também de volta alguns personagens que marcaram os arcos anteriores e fecham o clico da série com perfeição.
Club de Cuervos se mostra uma produção extremamente criativa e bem dosada, conseguindo falar com diversos públicos e possuindo um tom muito particular, que mescla o aspecto novelesco a uma narrativa com forte drama e também muito humor. Alguns episódios são capazes de nos fazer chorar – seja de emoção ou de rir. Nesta quarta temporada, em especial, cada episódio possui seu próprio desenvolvimento e clímax, sempre encerrados com forte apelo dramático.
Mais do que recomendada, Club de Cuervos é, de longe, uma das melhores produções originais Netflix, embora seja muito pouco divulgada em nosso país. Uma ótima pedida para uma série que foge de qualquer estereótipo, valoriza as produções latinas e envolve e diverte o espectador do início ao fim. Adendo: vale conferir os spin-offs A Balada de Hugo Sánchez e Eu, Potro antes de iniciar esta temporada (ambos estão na Netflix).
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