Game Of Thrones S08E06 (Final) – Resenha (COM SPOILERS)
Avaliação: ★★☆☆☆ (Regular)
Game Of Thrones se tornou um dos maiores fenômenos da cultura pop e, talvez, não seja nenhum exagero dizer que é o maior fenômeno deste tipo nesta década que está prestes a se encerrar.
Baseado na obra de George R. R. Martin, a série logo caiu nas graças do público não somente pelo enredo fantástico e personagens cativantes, mas também pela superprodução empreendida pela HBO, se tornando o segundo seriado televisivo de maior custo na história. A cada temporada, GoT exigia mais de seus produtores, diretores e elenco, atingindo patamares além-hollywoodianos, mas angariando uma legião cada vez maior de fãs mundo afora.
Dado o contexto, esperava-se da série da HBO um final no mínimo épico, condizente com todo histórico que Game Of Thrones alcançou em nove anos de produção. E o que se viu foi um episódio comum, abaixo mesmo de tantos outros da série em diversos quesitos – previsível e pouco envolvente.
Primeiramente, é quase impossível avaliá-lo de forma isolada. Dadas as escolhas dos episódios anteriores, pouco restou a ser resolvido no capítulo derradeiro. Talvez a maior surpresa tenha sido a coroação de Bran, justamente aquele que – ao menos em teoria – jamais havia objetivado o Trono. O final também foi justo com os Starks, especialmente com Sansa que, merecidamente, se tornou Rainha do Norte. Arya, por fim, firmou-se como uma guerreira desbravadora e independente que irá escrever sua própria história nas crônicas de gelo e fogo.
O episódio acabou por dar mais destaque aos coadjuvantes (e a aparição de personagens sumidos há décadas) – o que não chega a ser um fator negativo e até rendeu boas cenas. Mas o modo como se encerrou soou melancólico e, mais que isso, nada comovente. Algo frustrante para o encerramento de uma temporada, que dirá de uma série. E, levando em conta que estamos falando de Game Of Thrones, eleva-se este sentimento em dezenas de vezes.
Novamente, o series finale de Game Of Thrones não é um problema isolado, mas fruto de uma escolha precipitada em redefinir os rumos da série de forma acelerada nas duas últimas temporadas. Queimar etapas de desenvolvimento é algo de impacto inevitável na experiência que GoT sempre proporcionou, de envolvimento com os personagens e suas circunstâncias, independente de que lado eles sempre estiveram e o que representavam.
Longe de ser a pior coisa do mundo, o final de Game Of Thrones é, no entanto, imemorável. Os fãs se lembrarão do Casamento Vermelho, da morte de Joffrey, da Batalha dos Bastardos e até mesmo da Batalha de Winterfell; mas faltará a lembrança do final marcante. Ainda assim, Game Of Thrones possui seu lugar como uma das maiores séries já produzidas e, sem dúvidas, é um marco na história do entretenimento.
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