Ragnarok (Netflix) – Resenha

Na onda de diversas outras obras sobre mitologia nórdica, com Ragnarok, a Netflix traz uma série original norueguesa abordando os seres mitológicos em meio aos homens nos dias atuais.

Resenha da série Ragnarok, original Netflix

Ano: 2020
Título Original: Ragnarok
Criado por: Adam Price
Avaliação: ★★★☆☆ (Bom)

As diversas obras sobre os Vikings e a mitologia nórdica vem se espalhando pelo mundo do entretenimento. O último lançamento agora é parte de uma produção de um país realmente nórdico, a Noruega. Isso se deu por conta da grande expansão da Netflix, que agora com produção norueguesa, estreou a série Ragnarok.

A trama gira em volta das relações entre os humanos e alguns seres sobrenaturais presentes na cidade de Edda, na Noruega. Depois de certo tempo longe, Magne (David Stakston) volta para a cidade com sua mãe Turid (Henriette Steenstrup) e seu irmão Laurits (Jonas Strand Gravli), devido a uma oportunidade de emprego para Turid.

A estória começa de fato logo quando eles chegam a cidade, e Magne interage com um senhor de cadeira de rodas e tapa olho e uma senhora misteriosa que passa o dedo na testa do jovem e ele começa a ter suas percepções e sentidos aflorados.

A partir daí em Ragnarok, a cidade de Edda começa a apresentar diversos mistérios, principalmente por uma das famílias mais poderosas da cidade, os Jutul. Mais tarde nos é apresentado que, os Jutul, na verdade são gigantes que vivem com os humanos a vários anos. Vidar (Gísli Örn Garðarsson), o “pai” da família é o dono das Indústrias Jutul, que é acusada por ser a responsável pela poluição das águas de Edda. Essas acusações partem principalmente de Isolde (Ylva Bjørkaas Thedin), uma ativista que mais para frente se torna amiga de Magne.

O resto da família são: Ran (Synnøve Macody Lund), a mãe e diretora da escola de Edda, e os filhos e alunos populares da escola Saxa (Theresa Frostad Eggesbø) e Fjor (Herman Tømmeraas). Os gigantes dominam a cidade com sua influência em diversos âmbitos, seja na escola, na política e até mesmo na polícia, e com isso eles fazem o que querem com a cidade, inclusive a poluição aberta.

Com o passar da série, Magne começa a aflorar seus sentidos e ficar mais forte. A virada da série acontece quando Magne se envolve com Isolde e passa a pesquisar sobre os efeitos climáticos na cidade que ameaçam a cidade. Magne torna-se então uma ameaça para os Jutul e a partir daí os gigante e o próprio jovem percebem que ele não é um ser normal. Magne é a reencarnação do deus nórdico Thor. A partir daí os gigantes fazem diversas investidas ao jovem, enfrentando-se em diversos momentos.

Alguns fatos interessantes da série é a relação dos gigantes com os humanos. Em diversos momentos eles se policiam e se cobram pela proximidade com os próprios. Um dos grandes exemplos é Ran se envolver com os alunos e Fjor se envolver com Gry (Emma Bones).

Em Ragnarok, é aproveitado mesmos elementos que algumas outras ficções que misturam deuses e os tempos atuais, como é o caso de Percy Jackson. Magne tem dislexia que lhe causa problemas na escola, isso se reflete muito na leitura, onde ele não consegue ler direito. Em outros momentos Magne consegue entender a língua nórdica antiga e isso torna-se um ponto para os gigantes desconfiarem do jovem.

Praticamente quase todos os personagens foram baseados em seres da mitologia na série, e isso abre espaço principalmente para que o irmão de Magne, Laurits, seja o deus nórdico Loki. Isso porque a personalidade melindrosa dele se assemelha muito ao deus da trapaça. Além disso, em uma cena de uma dança ritualística de Saxa e Fjor, Laurtis começa a sentir-se diferente e passa a participar da dança junto aos gigantes (lembrando que Loki também é considerado um gigante na mitologia nórdica).

Em Ragnarok, sendo um dos principais plots da série, o ambiente e a flora da Noruega é muito explorado na série, principalmente falando de um tema atual como a crise ambiental no planeta. Com isso a fotografia torna-se um grande a mais para a obra, isso junto a trilha sonora que aborda algumas músicas pop’s em um estilo mais antigo e um pouco de rock. As últimas cenas da série abre muito espaço para uma segunda temporada. Só resta saber quando chega.

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Análise Crítica
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Nota do Autor
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ANÁLISE CRÍTICA - NOTA
Ragnarok
ragnarok-netflix-resenhaApesar de aproveitar bem o cenário atual de crise ambiental com seres da mitologia, Ragnarok parece ainda não entregar de fato um sério e grande conflito entre estes seres e os humanos.

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