Liga da Justiça – Resenha

Resenha do filme da Liga da Justiça!

Um dos filmes mais aguardados do ano enfim chegou as telonas. Liga da Justiça estreou nessa semana aqui no Brasil e o filme tem sido um dos assuntos do momento. E não é para menos, já que devido toda a trajetória da DC no cinema, muita expectativa foi criada.

Na verdade, uma mescla de esperança com desconfiança, devido a todos os rumores envolvendo o filme. Depois do alvoroço que envolveu Batman vs Superman: A Origem da Justiça  onde boa parte do público/críticos rejeitaram o filme, restava agora a questão: A DC “acertou” a mão dessa vez com Liga da Justiça?  Dá para dizer que sim.

A trama já mostra logo de cara o vilão, o Lobo da Estepe, um dos arautos de Darkseid. Ele está em busca das caixas maternas, que outrora estiveram em seu poder. E nessa busca ele vai dizimando que estiver pela frente. E com uma ameça desse nível, e sem o Superman (Henry Cavill), cabe ao Batman (Ben Affleck) e Mulher-Maravilha (Gal Gadot) recrutarem outros heróis para impedirem o fim do mundo.

Após o sucesso de Mulher-Maravilha a DC parecia ter achado o tom ideal para o seu universo cinematográfico. E pelos trailers da Liga da Justiça já se notava que o clima sombrio havia sumido, dando lugar a algo um pouco mais leve. E dá para dizer que é o que realmente acontece aqui, mas essa mudança é um pouco brusca. E isso pode causar um certo “estranhamento” para quem gostou dos outros filmes como BvS e Homem de Aço. Já que por exemplo o Batman aqui é um personagem bem diferente, devido a essa mudança de tom.

Quanto aos personagens, esse é o ponto forte do filme. Como eles se juntam e as interações são bem bacanas de acompanhar. Os novos integrantes não decepcionam. Flash (Erza Miller), Aquaman (Jason Momoa) e Ciborgue (Ray Fisher) são ótimos acertos. Cada qual tem o seu tempo e sua origem apresentada brevemente, mas é o suficiente para situar o público.

Liga da Justiça tem um ritmo muito bom, intercalando as ótimas cenas de ação (mesmo com um excesso de CGI) com o desenvolvimento dos personagens.  A trama não esconde muita coisa. Logo na Intro já somos situados como o mundo sente a falta da figura do Superman. Mas se o filme tem todas essas qualidades, por que ele não foi épico?

Como dissemos acima, a mudança de tom é um pouco brusca, e isso afeta um pouco o clima do filme. A necessidade de apresentar a Liga da Justiça se formando em um único filme sem a apresentação individual dos heróis, fica um pouco corrido. Mas a principal falha são as soluções apresentadas durante a trama. São bem rasas e sem muito impacto. Digamos que a construção delas não tem o peso que deveriam quando precisam.

Isso acaba refletindo no parte onde deveria emocionar, como por exemplo quando um personagem muito importante volta. (Todo mundo já sabe quem é, certo? rs) Esse momento deveria ser triunfal, mas não é épico. É como se faltasse alguma coisa. Tipo, o fato em si é muito, muito legal mesmo, mas como isso é construído, nem tanto. E isso se aplica a outras situações, como por exemplo o vilão. Que não é ruim, mas também não é bom. É aquele “ok”.

Em suma, Liga da Justiça é um filme bem divertido. Ele é um autentico filme de super-herói. Toda a essência dos heróis, está lá e muito bem representada pelos personagens. Mesmo que não tenha sido perfeito, Liga da Justiça apresenta algo promissor que pode render bons frutos em um futuro próximo, ainda mais pelo o que foi apresentado nas duas cenas pós créditos. Mas que ficou aquela sensação de que o filme poderia ter se arriscado um pouco mais, ter tido um pouquinho mais de ambição, isso ficou. Que venham novas aventuras da Liga da Justiça