Ninguém Tá Olhando (Netflix) – Resenha

Se aventurando pelo mundo e experiência dos humanos, os Angelus começam a se questionarem sobre o que é o sistema em que vivem.

Resenha da série brasileira, Ninguém Tá Olhando, original Netflix

Título Original: Ninguém Tá Olhando
Ano: 2019
Criação: Daniel Rezende | Nº de Episódios: 08

Mais uma produção nacional aparece no catálogo da Netflix. Ninguém Tá Olhando utiliza do humor para falar sobre um tema no mínimo muito curioso, anjo da guarda.

Em resumo, a série fala sobre o sistema de anjos da guarda que possui milhares de anjos, ou melhor, Angelus, que se revezam para cuidar dos humanos diariamente. O sistema é divido ao redor do mundo em diversos departamentos. A estória então começa quando, depois de 300 anos sem gerar nenhum Angelus, o criador nomeado de “O Chefe”, cria um e o coloca no 5511º Distrito. Ele ganha o nome de Ulisses, ou Uli (Victor Lamoglia).

Quando um angelus nasce, ele é instruído a ler todo o código de conduta do sistema e seguir quatro leis: Cumprir a ordem do dia, não aparecer para os humanos, não proteger os humanos fora da ordem do dia e jamais entrar na sala do Chefe. Uli, desde o princípio muito questionador de todo o Sistema Angelus e como os próprios agem acaba sem demora quebrando todas as regras.

Seus supervisores de trabalhos iniciais, Chun (Danilo de Moura) e Greta (Júlia Rabello) acompanham tudo de perto e quando observam que não acontece nenhuma punição imediata naquelas quebras das regras (como prometido no código), começam juntos a Uli, se aventurar pelos dramas e dilemas da humanidade.

É nessas interações e aventuras com o mundo dos humanos que em Ninguém Tá Olhando os Angelus conhecem a produtora de eventos, Miriam (Kéfera Buchmann), e passam a se envolver ainda mais com esse novo universo, principalmente Uli. É essa forma que a série utiliza o humor para discutir temas muito mais complexos e profundos como a própria fé.

Esses questionamentos presentes na série mostram-se em diversas formas, e de certo modo até simples. Os Angelus são ruivos e utilizam um uniforme (uma gravata vermelha, camisa branca e calças pretas), Uli mesmo questiona o porquê daquilo, mas ninguém responde e a série continua normalmente. Isso se repete em vários outros momentos com outros questionamentos de Uli.

Diversas outras coisas presentes no nosso mundo atual são exploradas e de forma cômica, criticada em Ninguém Tá Olhando. A obsessão pelos signos e pelo coach e pessoas que se dizem possuir de grandes conhecimento e salvação é exibido nisso. Principalmente os signos quando se trata da personagem Miriam.

A forma com que os Angelus principais se relacionam e a comédia em volta disso funciona muito bem, as críticas por trás de todo o roteiro também são muito boas. Apenas em alguns pequenos momentos o romance presente na série parece remeter a um lance muito juvenil e pouco questionador, como se é citado na série como um todo.

Ao final da série, chegamos em um grande pensamento dos Angelus sobre o que é o sistema e o que é a punição e até mesmo quem é O Chefe e porque tudo aquilo acontece. Tudo parece se encaixar, até que as últimas cenas nos jogam um outro grande mistério, dando uma ótima premissa para que a série ganhe continuidade.

Além dos já citados acima, o elenco também conta com a participação de Leandro Ramos, Projota, Augusto Madeira e Telma Souza. Confira outras resenhas de séries aqui. Siga o Meta Galáxia nas redes sociais!

Análise Crítica
Data
Título Original
Ninguém Tá Olhando
Nota do Autor
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