A tão aguardada série The Witcher (Netflix) chegou e atendeu a todas as principais expectativas. A série baseada nos livros e nos jogos estreou no serviço de streaming dia 20 de dezembro com 8 episódios de quase 1 hora de duração cada um.
A saga do bruxo Geralt de Rívia (Henry Cavill) teve um belo início na Netflix, com mais acertos do que erros. A Netflix investiu muito nessa série e nos resta esperar que seja o suficiente para garantir que novas temporadas sejam confirmadas.
The Witcher começa seu primeiro episódio já apresentando uma luta entre Geralt e uma Quiquimora no meio de um lago. A animação gráfica desse primeiro monstro já mostra que a Netflix fez um investimento pesado na série, pois é um CG muito bem feito. Legal observar também que se preocuparam em manter os monstros e apesenta-los ao público, muito importante para a construção do universo.
A partir daí vamos ficar intercalando entre 3 núcleos: Yennefer, Ciri e Geralt.
Yennefer de Vengerberg – The Witcher (Netflix)
Yennefer (interpretada por Anya Chalotra), como no jogo, é uma das personagens mais cativantes da série. Ela é a apresentada como uma pessoa frágil, mas que logo se torna uma das magas mais temidas e poderosas da guilda dos magos.
Para quem não conhecia a história a impressão que se tinha era que Yennefer seria uma vilã, muito graças a excelente atuação de Anya Chalotra que trabalhou muito bem o lado sombrio da personagem.
Ciri – The Witcher Análise Crítica
Ciri (interpretada por Freya Allan) ainda é uma personagem que está sendo construída devido a sua importância para a trama como um todo. Na série da Netflix, Ciri não tem um desenvolvimento tão coerente e além da inconstância da personalidade devido ao roteiro, algumas coisas incomodam e fogem ao controle do direção. O núcleo de Ciri acaba sendo o mais desinteressante, talvez exceto pelo episódio 8.
Geralt de Rívia – The Witcher Resenha
O protagonista foi bem interpretado por Henry Cavill. Apesar de alguns trejeitos do ator incomodar um pouco, a minha visão é de que ele caiu muito bem no papel de Geralt. É um personagem difícil de ser interpretado, não por exigir muita interpretação mas sim por exigir pouca, é um personagem frio e de uma difícil leitura e isso torna a interpretação complicada.
Achei muito legal o fato do ator não ter usado dublês nas cenas de combate armado.
Ainda falando um pouco sobre personagens, Jaskier e suas piadas estão sensacionais! O Bardo ficou muito bem na adaptação.
Ação
Geralt protagonizou grandes cenas de ação em The Witcher da Netflix. Esse é um dos pontos altos. Parabéns a Netflix por ter conseguido levar muita realidade as cenas de ação e de lutas. Foi um trabalho muito bem feito, para quem leu o livro mas principalmente para quem jogou The Witcher, a sensação foi muito boa.
Audiovisual
A fotografia de The Witcher está excelente. A série é bem sombria, geralmente com tons pastéis mas que destaca cores em determinadas situações (olhos de Geralt, capa da Ciri, por exemplo). O trabalho na trilha sonora também foi muito bem feito, acho que eles poderiam ter bebido um pouco mais da trilha sonora do jogo The Witcher 3.
CG foi um ponto polêmico. Achei todas as cenas muito bem feitas, exceto uma: as de dragões. E isso foi um ponto negativo que me chamou atenção pois é inevitável colocar um dragão na tela e evitar a comparação com Game of Thrones. O CGI dos dois dragões que apareceram foram muito inferiores à série concorrente, mas devo ressaltar que os outros monstros que apareceram (Quiquimora, Estrige…) foram muito bem trabalhados e se fundiram bem com o ambiente que foram inseridos.
Uma coisa que me chamou atenção foi o figurino. Eu gostei de ter uma fidelidade com relação ao conceito de figurino do jogo, mas a minha percepção é que algumas roupas ficaram um pouco artificiais. Isso me incomodou um pouco. Fazendo um breve comparativo (mas sem querer comparar as séries), o figurino de Game of Thrones é quase impecável, já de The Witcher tem margem para evoluir, deixando as roupas mais reais.
Conclusão
The Witcher (Netflix) é a maior aposta da empresa, desde que ela existe. Posso dizer com 100% de certeza que é uma aposta ganha, pelo menos por enquanto, na primeira temporada. The Witcher é empolgante, instigante, tem muita qualidade e faz você querer assistir até o final. Além disso, ela faz com que você queira conhecer mais sobre esse universo criado pelo escritor Andrzej Sapkowski.
Meu veredito? Assista The Witcher sem medo de ser feliz, e meus parabéns para Netflix pela obra, mal posso esperar pela segunda temporada.
Vou ficando por aqui, confira outras resenhas de séries e filmes da Netflix aqui no Meta Galáxia.
[…] The Witcher (Netflix) – Resenha […]
[…] The Witcher (Netflix) – Resenha […]