Finalmente, após meses de espera, foi lançado no dia 3 de abril o Resident Evil 3 – Análise, a reimaginação da Capcom para a saga de Jill na sua fuga de Raccoon City.
Após o lançamento de RE2, tivemos o anúncio do Project Resistance que acabou se revelando no RE3, trazendo novamente Jill Valentine que após os acontecimentos nas montanhas da Arkley começa uma investigação própria para desmascarar a terrível corporação Umbrella. Os acontecimentos passados afetaram o psicológico da nossa heroína que agora tem um medo constante de estar ou ser infectada pelo terrível T-Vírus dando uma boa profundidade de background para nossa querida Jill.
Resident Evil 3 – Análise
No início da nossa última jornada por Raccoon City, somos apresentados aos membros da UBCS (Umbrella Biohazard Countermeasure Service), que é um pelotão formado por condenados contratados pela Umbrella para resgatar sobreviventes da pandemia, (parece irônico, mas o jogo mostra a cidade no caos do T-Vírus no momento em que estamos de quarentena devido a pandemia pela Covid-19).
Os membros da UBCS são bem mais explorados. Mikhail Victor, ex-soldado do exército vermelho russo, está à frente da equipe de resgate que contava com 30 soldados, porém com os eventos da cidade, assim como no clássico de PSOne, a equipe é dizimada. Entre eles está Carlos Oliveira, primeiro membro da UBCS que conhecemos, e, que com o desenrolar da história, se torna fundamental para salvar a vida de Jill e na fuga da cidade. Outro membro da UBCS que tromba o nosso caminho é Nicholai Ginoveaf, mais um agente Russo da UBCS que parece estar preocupado com outros assuntos, além de salvar os pobres civis de Raccoon City.
Apresentado o enredo de RE3, não podemos deixar de comparar o jogo reimaginado com o seu antecessor RE Nemesis. O jogo de 1999 contava a história 24 horas antes e 24 horas depois de RE2, mostrando algumas lacunas da história para fechar a trilogia de Raccoon. Se você estava esperando que o jogo realmente seria um remake do original, pode acabar se decepcionando um pouco. O jogo trás de volta algumas áreas e personagens do original, mas apresenta outras e tem um aspecto mais linear dos cenários muito diferente do jogo do PSOne, no qual era comum passar várias vezes pelo mesmo cenário para progredirmos na história.
Outro fato que pode desagradar bastante os fãs do jogo original é a história de Brad Vickers que é mostrada de outra forma em RE3. Ele fica bem mais próximo de Jill, aprofundando muito mais a relação dos membros da Stars. Assim como no original, teremos a possibilidade de jogar com Carlos que além de ter que fabricar a vacina para salvar a Jill, acompanharemos outra missão dele em um lugar bem conhecido da cidade e que faz o link entre os dois jogos reimaginados da Capcom.
O tom do novo jogo é mais de ação e traz a sensação de realmente estarmos em fuga do caos no qual estamos inseridos. As fugas e batalhas contra o temível Nemesis, que está extremamente agressivo em RE3, são muito boas, porém não tem como não compararmos ele com o Mr. X em RE2 que incrivelmente traz uma sensação maior de estar sendo perseguido do que por Nemesis, afinal ouvir os passos do Mr. X se aproximando em RE2 é realmente angustiante e desesperador. Vocês devem estar se perguntando: “Ah, mas então o Nemesis é ruim ou mal aproveitado?”. E a resposta é não. Acredito que nessa versão reimaginada ficou muito mais claro que ele foi projetado para cumprir o seu objetivo de destruir os Stars. As batalhas com ele são desafiantes e obrigatórias para conseguirmos melhorias para nossos equipamentos assim como no jogo original.
Quanto a fluidez dos comandos vemos a RE Engine da Capcom se destacar outra vez assim como em RE2, os comandos são fluidos e respondem muito bem. A esquiva adicionada em RE3 também agrada muito e com certeza será bastante usada por vocês assim como foi por mim. Outro ponto alto de RE3 é a sua trilha sonora que traz a belíssima obra do game original e adiciona novas trilhas, principalmente para nossos encontros com Nemesis.
Para concluir, RE3 realmente vale a pena e entrega o que promete: uma fuga alucinada pelas ruas de uma Raccoon City caótica. A campanha tem aproximadamente 5 horas de jogo sem speedrum, mas para os mais aficionados na modalidade é possível terminar o jogo em menos de 2 horas. É um belo jogo totalmente reimaginado, lembremos sempre disso. Agora ficamos na espera do próximo remake/reimaginação… será que teremos um RE4 remake ou finalmente veremos Dino Crises?
Pontos Fortes:
- Trilha Sonora.
- Jogabilidade.
- Jill – mais overpower do que nunca.
Pontos Fracos:
- Poderia explorar mais alguns cenários do jogo original
- Falta de alguns monstros do jogo original.
Versão utilizada para Análise: PC Adquirida via Steam