Dragon Ball Super: Super Hero – Resenha

Com apelo nostálgico e sem perder rumos mais modernos da franquia, Dragon Ball Super: Super Hero é feito para todos os fãs de Dragon Ball

Com apelo nostálgico e sem perder rumos mais modernos da franquia, Dragon Ball Super: Super Hero é feito para todos os fãs de Dragon Ball

Estreou, no último dia 18, Dragon Ball Super: Super Hero, mais novo longa da consagrada franquia criada por Akira Toriyama – umas das maiores febres da cultura pop no mundo (e de um modo especial aqui no Brasil).

Porém, apesar do impacto que toda nova produção de Dragon Ball é capaz de gerar, o novo filme – vigésimo segundo da franquia como um todo – teve pouquíssimo alarde; muito em virtude de uma divulgação baixa, de modo geral. Mas, embora ainda não esteja lotando as salas de cinema do país, Dragon Ball Super: Super Hero é um prato cheio para qualquer fã de Goku e cia, especialmente por resgatar um pouco da essência da franquia.

Sinopse de Dragon Ball Super: Super Hero

Há muitos anos, o exército Red Ribbon havia sido destruído por Son Goku, até então apenas um garoto. O tempo se passou, Goku cresceu, teve filhos, e seguiu se tornando um lutador poderoso para proteger a Terra.

Mas certos indivíduos decidiram levar adiante sua missão. Anos depois, os herdeiros de Red e Dr. Gero se unem para criar os andróides supremos Gamma 1 e Gamma 2. Estes dois andróides – que se intitulam “super-heróis” – decidem atacar Piccolo e Gohan com um único objetivo: eliminar o mal.

Mas que mal? A resposta é só uma: a perigosa organização comandada por Son Goku!

Brincando com as perspectivas

red ribbon sendo derrotada por goku. cena de dragon ball super: super hero
(Reprodução: Dragon Ball Super: Super Hero)

Dragon Ball Super: Super Hero já inicia sua trama com um plot no mínimo interessante. Após um resgate de tempo desde os primórdios de Dragon Ball até Dragon Ball Z, relembramos a história da Red Ribbon, a primeira grande ameaça que o então pequeno Son Goku enfrentou. O grupo criminoso que ficou conhecido pela criação dos andróides foi o primeiro grande vilão da franquia e, durante muito tempo, a grande pedra no sapato do protagonista.

Com a passagem do tempo, Dragon Ball evoluiu seu escopo de vilania e poderes: Goku descobriu-se alienígena, enfrentou adversários a níveis galáticos e interdimensionais e se tornou cada vez mais poderoso, assim como seus amigos. Vieram Freeza, Cell – obra-prima do Dr. Gero, dissidente da Red Ribbon – Majin Boo, Bills, Broly, Jiren e tantas outras ameaças.

Durante toda essa escalada, no mundo das pessoas comuns, a Red Ribbon definhou. Enquanto Goku se tornou um adulto, guerreiro e cada vez mais cercado por amigos e inimigos ultrapoderosos, a companhia entrou em decadência e seu dono morreu. Seu herdeiro, então, tramou a vingança contra aquele então garoto que acabou com o sonho de seu pai. Para ele, Goku e seus amigos são a verdadeira grande ameaça.

A forma como Dragon Ball Super: Super Hero mostra essa discrepância entre tudo que aconteceu a Goku e os outros e o que sucedeu-se a Red Ribbon é hilária e curiosa. Magenta, filho de Red, e Dr. Hedo, neto do Dr. Gero, não fazem ideia do que Goku e os outros realmente são e que tipo de coisa de fato enfrentaram durante todo esse tempo – e nos é mostrado que essa é a perspectiva da maior parte da população da Terra, algo até então pouco trabalhado na franquia e que gera momentos muito divertidos durante o filme.

Resgate da relação de Piccolo e Gohan

piccolo e gohan. dragon ball super: super hero
(Reprodução: Dragon Ball Super: Super Hero)

Este talvez seja o ponto alto do filme. Não é exagero dizer que Piccolo pode ser considerado o protagonista; além de liderar o maior tempo de tela, é muito sobre seu ponto de vista que se desenrola a maior parte da trama. Piccolo, que quase não envelhece, agora treina Pan, filha de Gohan e Videl.

Em um período de notória paz, Gohan, por outro lado, se enfiou cada vez mais nos estudos e quase não lembra mais aquele que foi considerado pelo próprio Piccolo como o guerreiro com maior potencial entre todos. O namekuseijin demonstra no filme um lado mais sensível, que sente a falta de seu antigo discípulo. E Dragon Ball Super: Super Hero resgata a essência dessa relação de “pai e filho” que se desenvolveu ainda em Dragon Ball Z, quando Goku morreu e coube ao alienígena verde treinar o filho de seu então grande rival.

Com Goku e Vegeta mais coadjuvantes nesta trama, sobra espaço para que Piccolo e Gohan – que foram extremamente relevantes durante DBZ e caíram na graça do público – voltem ao palco dos principais personagens de toda franquia. E ainda, como grande acerto, outros coadjuvantes que andavam relativamente desaparecidos da obra também têm seu espaço, garantido aquele quentinho no coração dos fãs.

Equilíbrio entre nostalgia, humor e ação

Dragon Ball Super: Super Hero agrada por uma proposta capaz de cair nas graças de fãs mais diversos da saga. O filme faz uma enorme homenagem ao legado de todos os Dragon Balls: celebra o passado de seus personagens e como tudo começou, resgatando também o humor que marcou boa parte da franquia, especialmente no primeiro Dragon Ball.

Por outro lado, não deixa também de conectar-se com os fãs mais atuais, especialmente no que diz respeito a Dragon Ball Super. A ação e as poderosas transformações também se fazem presentes – inclusive apresentando algumas novas possibilidades muito interessantes para a série. Os novos personagens apresentados também são carismáticos e podem muito bem ser reaproveitados num futuro próximo.

Em termos de ação, pode-se dizer que o novo filme fica aquém de Dragon Ball Super: Broly – que elevou as batalhas da saga a outro patamar; o 3D também acaba por tornar as famigeradas lutas da série um pouco menos dinâmicas. Ainda assim, Dragon Ball Super: Super Hero possui uma sequência final eletrizante e um desdobramento da última batalha um tanto surpreendente (e emocionante).

É preciso assistir Dragon Ball Super: Broly antes?

Há sim conexões diretas da trama do filme anterior a este, com a aparição de personagens remanescentes. Entretanto, essas participações não possuem impacto direto na trama central, que se passa majoritariamente na Terra e em torno da Red Ribbon.

Mesmo em relação ao próprio anime de Dragon Ball Super, para o longa-metragem a conexão principal é a de saber em que lugar da cronologia os eventos do filme se situam. Dragon Ball Super: Super Hero possui, na realidade, muito mais relação com o primeiro Dragon Ball e com Dragon Ball Z.

Dragon Ball Super: Super Hero tem cena pós-crédito?

Sim! Vale a pena aguardar os créditos e ficar uns minutos a mais na cadeira do cinema. A cena apresentada no pós-crédito traz um fato histórico e inédito na franquia!

Veredito

androides gamma 1 e 2 em dragon ball super: super hero
(Reprodução: Dragon Ball Super: Super Hero)

Dragon Ball Super: Super Hero é certamente um dos filmes mais criativos e divertidos de Dragon Ball. Se por um lado o filme poderia desenvolver melhor sua ação e a contribuição de alguns personagens, o destaque para o humor, a relação familiar e os laços criados e revividos por seus demais personagens – que formam um dos panteões mais queridos da cultura pop – mostram o quanto Dragon Ball é rico e possui um legado inestimável.

Vale ressaltar, também, que a dublagem (como de costume na franquia) está impecável! Aliás, não deixe de conferir nossa matéria sobre o elenco de dublagem do filme, e assista Dragon Ball Super na Crunchyroll!

E você, já assistiu? O que achou? Não deixe de comentar!

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ANÁLISE CRÍTICA - NOTA
Dragon Ball Super: Super Hero
Diego Betioli
Escritor, publicitário, louco por esportes e entretenimento. Autor de A Última Estação (junto com Rodolfo Bezerra) e CEP e um dos fundadores do Meta Galáxia.
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