Atuações marcantes do cinema em 2022
2022 esteve cheio de grandes atuações, desde estrelas amadas como Brendan Fraser e Ke Huy Quan retornando às telas de maneiras importantes, até grandes nomes como Emma Thompson continuando a fazer um ótimo trabalho. E isso tudo sem mencionar uma série de recém-chegados promissores. Um grande trabalho está por vir ainda em 2023, mas é importante falarmos que 2022 foi um ótimo ano para o cinema. Com tanto talento na tela, decidimos comentar algumas das atuações marcantes do cinema em 2022. Entretanto, é importante lembrar que teve muito mais atuação interessante nos cinemas e que pode ser difícil nos atentar a todas elas. Se acreditar que esquecemos alguma atuação marcante aqui, sinta-se à vontade de deixar nos comentários!
Diego Calva em Babilônia
Há muita coisa acontecendo na Babilônia de Damien Chazelle. Desordem e excesso são uma parte importante da Babilônia, mas toda essa insanidade não funcionaria sem um coração batendo no centro de toda a loucura. Robbie Margot e Brad Pitt estão ambos esperados excelentes neste elenco massivo, mas é Diego Calva como Manny Torres, que se destaca. Como o assistente mexicano-americano que sonha com grandes aspirações na indústria cinematográfica, vemos a maravilha e a beleza do que atrai as pessoas para a indústria cinematográfica por meio de Manny.
À medida que a estrela de Manny sobe, vemos como ele fará de tudo para que seus filmes tenham sucesso! Afinal de contas, a sua paixão só cresce por imagens em movimento. É nos momentos finais de Babylon que realmente sentimos o poder da performance de Diego Calva, quando ele vê sua parte no quadro maior da história do cinema, enquanto Chazelle nos mostra uma montagem dos últimos 100 anos de filme, do mudo em preto e branco curtas para Avatar e Matrix. A reação de Diego Calva a essa percepção é impressionante, pois ele vê a natureza cíclica do filme! Além disso, ele compreende que as histórias das quais ele fez parte viverão para sempre.
Kerry Condon em Os Banshees de Inisherin
A pobre Siobhán Súilleabháin, personagem de Kerry Condon, pode ser a única na ilha de Inisherin com algum bom senso. Entre as reclamações de seu irmão Pádraic, personagem de Colin Farrell, sobre o desentendimento na amizade entre ele e Colm Doherty, vivenciado por Brendan Gleeson. Ela também está esquivando-se das investidas do simplório Dominic Kearney, personagem de Barry Keoghan! Bom, acho que não é à toa que Siobhán quer trabalhar em uma biblioteca fora da ilha e fugir de todas as bobagens exaustivas.
Embora Siobhán tenha todo o direito de ficar frustrada e mostre sua falta de paciência! Contudo, também há compaixão e amor por esses personagens estranhos na atuação de Condon, mesmo em seus momentos mais irritantes. Siobhán é o único farol de sanidade.
Tom Cruise em Top Gun: Maverick
Com o retorno de Tom Cruise como Capitão Pete “Maverick” Mitchell em Top Gun: Maverick, vemos todos os diferentes lados que o tornaram uma estrela inegável, tudo em uma única performance. Claro, há o lado da ação, mas também vemos as capacidades de Tom Cruise em ser um protagonista romântico, sua propensão ao humor e suas habilidades como um grande ator dramático.
Danielle Deadwyler em Till – A Busca por Justiça
A atuação de Danielle Deadwyler como Mamie Till certamente é sensacional! Aqui, mostra uma mãe passando por uma dor indescritível, perdendo seu único filho em circunstâncias horríveis e vendo seus piores pesadelos ganharem vida. Mesmo que seja completamente compreensível para Mamie Till gritar, chorar e explodir a qualquer segundo, em vez disso, a performance de Deadwyler mostra que todo esse terror está dentro de Mamie. Inclusive, ela usará essa incrível raiva e perda que ela sente para tentar e tornar as coisas melhores para os outros.
Brendan Fraser em The Whale
Apesar dos problemas que poderíamos falar sobre The Whale, encontra-se uma atuação maravilhosa no centro de Brendan Fraser como Charlie, um professor de inglês obeso que só quer fazer algo significativo com sua vida. Abaixo das camadas de maquiagem e próteses e da quantidade brutal de abuso que este homem recebe dos outros e de si mesmo, o ator está tendo uma atuação comovente como um homem que ainda acredita na beleza e bondade das pessoas. Este homem, em seu apartamento sujo se comendo até a morte, está em grande parte isolado do mundo ao seu redor. Contudo, devemos dizer que Brendan Fraser faz de Charlie um personagem que pode encontrar a luz em meio à escuridão.
Mia Goth em X – A Marca da Morte e Pearl
Ti West pode ter encontrado sua musa com Mia Goth, que em um grande ano para o terror, deu três das melhores performances do gênero. Em X, Goth interpreta tanto a jovem atriz pornô Maxine Minx quanto a idosa Pearl, uma transformação incrível graças a uma maquiagem verdadeiramente impressionante.
E é em Pearl, onde Goth interpreta a jovem Pearl na década de 1910, que Goth fez desse personagem uma estrela. Enquanto X era mais uma homenagem aos slashers sujos da década de 1970, Pearl se torna um surpreendente estudo de personagem de uma mulher que quer mais do que sua vida presa na fazenda de sua família.
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Keke Palmer em Não! Não olhe
Quando Keke Palmer está na tela no recente filme de Jordan Peele, ela torna sua presença conhecida. Desde sua entrada em cena explicando a história de sua família até sua motocicleta deslizando por Akira para fugir de um alienígena voador gigante, Palmer está absolutamente arrasando em todas as cenas. É impossível não se divertir quando Palmer está por perto, já que Emerald Haywood é um raio de energia em todas as cenas e um equilíbrio perfeito para o estóico Otis Haywood de Daniel Kaluuya. Essa é uma narrativa alienígena com uma atuação charmosa de Palmer que realmente dá vida ao filmea.
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Daniel Radcliffe em Weird: The Al Yankovic Story
A comédia é muitas vezes ignorada em termos de melhores performances do ano, e isso é uma pena. Especialmente considerando o quão verdadeiramente grande Daniel Radcliffe é em Weird: The Al Yankovic Story. Sua interpretação de “Weird Al” Yankovic pode ser sua atuação mais selvagem até agora. Mesmo quando Weird leva Yankovic por alguns caminhos malucos, a performance de Radcliffe mostra um amor verdadeiro pelo trabalho e carreira de Yankovic, e uma verdadeira apreciação por essa lenda cômica. O verdadeiro Yankovic nunca teve um romance maluco com Madonna ou morreu em uma tentativa de assassinato, mas Radcliffe dá a esta paródia biográfica uma atuação séria e hilária.
Michelle Yeoh em Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Por último, mas certamente não menos importante, está o desempenho nesta lista que recebeu mais atenção no ano passado – e por boas razões. Como esposa/mãe/proprietária de lavanderia ao mesmo tempo que viajante do universo Evelyn Wang, Michelle Yeoh nos mostra tudo o que a torna uma grande atriz que não recebeu tanto crédito quanto merece ao longo dos anos.
Enquanto Evelyn abre seus olhos para as possibilidades do mundo e quão pouco suas decisões podem significar no escopo maior do mundo, Yeoh nos dá um papel que abrange tudo o que podemos ser. Há muita coisa acontecendo em Everything Everywhere All at Once, e a atriz fundamenta esse papel maluco em uma performance muito honesta e realista, apesar da insanidade acontecendo ao seu redor. O filme está disponível para alugar em Prime Video.